quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Serie Faeriewalker 3 – Sirensong – Jenna Black

Sinopse: Dana é convidada para ir a Faerie ser oficialmente apresentada à Corte Seelie. Diante da impossibilidade de uma recusa, ela segue com seus amigos numa viagem cercada de perigos.

Qualificação: Muito bom!

Resenha: Tomei um susto com esse livro! Parecia que eu já havia lido quando escrevi a resenha do livro anterior, pois ele saiu atendendo aos meus anseios e sugestões quase religiosamente!

Senti-me como uma criança sendo consolada pela mãe com a leitura deste volume. Fiquei surpresa de ver quantas de minhas frustrações com o volume anterior foram compartilhadas e me animei porque a saga voltou a crescer.

Tem a maior carinha de final, mas ao mesmo tempo deixa aquela sensação de que existe ainda tanta coisa a ser explorada! Até onde sei, ele realmente finaliza uma trilogia, mas nos tempos de hoje ninguém pode dizer com toda certeza, especialmente com tantas pontas em aberto. O fato é que numa análise geral ficou abaixo das minhas expectativas.

Enfim, Dana saiu do casulo. Mesmo antes de seguir para Faerie, a trama se desenrola fora da caverna-forte, prenunciando a mudança de ares. O convite parece uma grande armadilha, mas Dana repetir isso a cada momento é seriamente dispensável e desgastante, dando a sensação de que o leitor é burro e não captou a mensagem.

A aventura tem a função de redefinir a personagem central, mas não faz disso um elemento transformador em grandes proporções, se limita à personagem e seus anseios pessoais. Por esta razão fiquei um pouco frustrada ao ver que embora Dana tenha opinião formada sobre vários assuntos - especialmente na esfera política e social – e tenha o poder de fazer alguma diferença, acaba preferindo não se envolver em nada.

SPOILERS!!!

Como assim, acabou??!! Quando começava a ganhar contornos mais interessantes encarei o final com a maior cara de “sim, e daí?”. Quero enfatizar que: Dana continua na casa-forte com seu guarda-costas; existe outra faeriewalker solta pelo mundo e em posse de uma rainha faerie; Connor continua sendo um Caçador; Mab ainda é uma incógnita; a eleição para Cônsul nem chegou a acontecer!!! Pobreza define esse final.

De cara, o vilão se apresenta da maneira mais caricaturada possível. Alguém do patamar de Tia Grace, com boa dose de loucura e arrogância para não deixar nenhuma dúvida.

Foi muito bom seguir para Faerie, conhecer um pouco daquele mundo, seus costumes e personagens pitorescos. Uma pena que ficaram tão pouco no castelo e nem tiveram a oportunidade de circular pelos arredores, entre os seres e seus afazeres.

A fuga desenfreada pós bomba serviu basicamente para forçar uma definição nas relações de Keane com Kimber e Ethan. A tensão entre os garotos chegava a ser exagerada, mas no todo foi uma passagem divertida e refrescante (pelo menos foi ao ar livre, pra variar!).

No fim, tudo foi sobre Dana. A adolescente solitária que precisou aprender sobre confiança e companheirismo. Depois de mentir deslavadamente, muitas vezes sem qualquer razão válida, a garota vê a situação se voltar contra ela e começa a traçar uma nova história.

Toda a relação com o Elking foi muito absurda e acabou sendo fechada com um novo e disparatado acordo, que resolveu a situação criada de forma relativamente satisfatória, mas foi totalmente sem razão de ser. Sinceramente, não vi a garota fazer nada para ganhar tanta condescendência do terrível Caçador. O cara deseja poder caçar humanos e seduz virgens indefesas ao longo dos milênios!! Sério que uma adolescente bem intencionada implorando pelo namorado, amigos e familiares o faria tão manso??

Achei muita graça quando Dana ganha a pistola e mais ainda quando recebe aula de tiro (vide resenha volume anterior). Por mais que tenha sido de maneira meio forçada e de última hora, parecia tanto com algo óbvio a ser feito que apreciei a inserção.

Melhor trecho do livro foi o confronto com Titânia, que divou exibindo toda sua beleza, sexualidade, glamour, astúcia, poder e uma dose de amor materno. Se não fosse o Elking Dana não teria a menor chance!!

Ps: A existência e identidade de outra faeriewalker foi algo tão óbvio que nem merece ser mais detalhado.

Ps2: A mãe prosseguir como alcoólatra: muito realista para um final feliz?

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