Sinopse: Dana é convidada para ir a
Faerie ser oficialmente apresentada à Corte Seelie. Diante da impossibilidade
de uma recusa, ela segue com seus amigos numa viagem cercada de perigos.
Qualificação: Muito bom!
Resenha: Tomei um susto com esse livro!
Parecia que eu já havia lido quando escrevi a resenha do livro anterior, pois
ele saiu atendendo aos meus anseios e sugestões quase religiosamente!
Senti-me como
uma criança sendo consolada pela mãe com a leitura deste volume. Fiquei
surpresa de ver quantas de minhas frustrações com o volume anterior foram
compartilhadas e me animei porque a saga voltou a crescer.
Tem a maior
carinha de final, mas ao mesmo tempo deixa aquela sensação de que existe ainda
tanta coisa a ser explorada! Até onde sei, ele realmente finaliza uma trilogia,
mas nos tempos de hoje ninguém pode dizer com toda certeza, especialmente com
tantas pontas em aberto. O fato é que numa análise geral ficou abaixo das
minhas expectativas.
Enfim, Dana
saiu do casulo. Mesmo antes de seguir para Faerie, a trama se desenrola fora da
caverna-forte, prenunciando a mudança de ares. O convite parece uma grande
armadilha, mas Dana repetir isso a cada momento é seriamente dispensável e
desgastante, dando a sensação de que o leitor é burro e não captou a mensagem.
A aventura tem
a função de redefinir a personagem central, mas não faz disso um elemento
transformador em grandes proporções, se limita à personagem e seus anseios
pessoais. Por esta razão fiquei um pouco frustrada ao ver que embora Dana tenha
opinião formada sobre vários assuntos - especialmente na esfera política e
social – e tenha o poder de fazer alguma diferença, acaba preferindo não se
envolver em nada.
SPOILERS!!!
Como assim,
acabou??!! Quando começava a ganhar contornos mais interessantes encarei o
final com a maior cara de “sim, e daí?”.
Quero enfatizar que: Dana continua na casa-forte com seu guarda-costas; existe outra
faeriewalker solta pelo mundo e em posse de uma rainha faerie; Connor continua
sendo um Caçador; Mab ainda é uma incógnita; a eleição para Cônsul nem chegou a
acontecer!!! Pobreza define esse final.
De cara, o
vilão se apresenta da maneira mais caricaturada possível. Alguém do patamar de
Tia Grace, com boa dose de loucura e arrogância para não deixar nenhuma dúvida.
Foi muito bom
seguir para Faerie, conhecer um pouco daquele mundo, seus costumes e
personagens pitorescos. Uma pena que ficaram tão pouco no castelo e nem tiveram
a oportunidade de circular pelos arredores, entre os seres e seus afazeres.
A fuga
desenfreada pós bomba serviu basicamente para forçar uma definição nas relações
de Keane com Kimber e Ethan. A tensão entre os garotos chegava a ser exagerada,
mas no todo foi uma passagem divertida e refrescante (pelo menos foi ao ar
livre, pra variar!).
No fim, tudo
foi sobre Dana. A adolescente solitária que precisou aprender sobre confiança e
companheirismo. Depois de mentir deslavadamente, muitas vezes sem qualquer
razão válida, a garota vê a situação se voltar contra ela e começa a traçar uma
nova história.
Toda a relação
com o Elking foi muito absurda e acabou sendo fechada com um novo e disparatado
acordo, que resolveu a situação criada de forma relativamente satisfatória, mas
foi totalmente sem razão de ser. Sinceramente, não vi a garota fazer nada para
ganhar tanta condescendência do terrível
Caçador. O cara deseja poder caçar humanos e seduz virgens indefesas ao longo
dos milênios!! Sério que uma adolescente bem intencionada implorando pelo namorado,
amigos e familiares o faria tão manso??
Achei muita
graça quando Dana ganha a pistola e mais ainda quando recebe aula de tiro (vide
resenha volume anterior). Por mais que tenha sido de maneira meio forçada e de
última hora, parecia tanto com algo óbvio a ser feito que apreciei a inserção.
Melhor trecho
do livro foi o confronto com Titânia, que divou exibindo toda sua beleza,
sexualidade, glamour, astúcia, poder e uma dose de amor materno. Se não fosse o
Elking Dana não teria a menor chance!!
Ps: A
existência e identidade de outra faeriewalker foi algo tão óbvio que nem merece
ser mais detalhado.
Ps2: A mãe
prosseguir como alcoólatra: muito realista para um final feliz?
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