quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Serie Faeriewalker 2 – Shadowspell – Jenna Black

Sinopse: Como se não bastassem todos os perigos a prendê-la na casa de segurança, Dana agora é alvo do Erlking e seu grupo de seguidores assassinos, temidos até mesmo pelas rainhas fey.

Qualificação: Bom.

Resenha: Este volume faz uma coisa terrível com a saga: cai na mesmice. Ainda não desisti, até porque não chega a ser uma coisa insuportável, mas fiquei bastante desapontada com o rumo dos acontecimentos até aqui. Minha esperança é que tudo contribua para algo maior e melhor daqui em diante.

Tive dificuldade de sentar para escrever tamanha minha frustração. Não queria criticar levianamente, mas os dias passaram e a sensação de desagrado não. Então, trago uma resenha diferente daquilo que esperava ao iniciar a leitura, mas fiel como sempre à minha opinião.

Dana continua presa em sua casa de segurança, agora com mais um perigo desconhecido rondando a área. Estou competindo com ela sobre quem está mais claustrofóbica com essa situação, porque sinceramente não aguento mais compartilhar o martírio de sua prisão, nem acompanhar suas atitudes dramáticas e infantis para ter alguns momentos de “normalidade”.

Espero que a autora encontre uma boa saída para o laço que veio atando, para que finalmente me ofereça a oportunidade de explorar novos horizontes, conhecer a vida em Avalon e Faerie, entrar no cotidiano da Universidade, ter mais personagens fantásticos e interessantes desfilando na minha face, enfim, quero muito mais do que uma caverna bem equipada e túneis escuros (nada contra isso, caíram super bem no livro sobre zumbis).

O pior de tudo é que estou começando a sentir uma grande antipatia pela personagem principal. Todo mundo tem o direito de fazer besteira de vez em quando, mas ela extrapola a cota e ainda fica devendo na praça. Isso sem contar o mimimi quando as coisas dão errado, sendo que obviamente estavam fadadas ao fracasso.

SPOILERS!!!

“Já tínhamos estabelecido que eu fosse um pouco curta de juízo”

Meu problema deve ter sido esse!! Eu ainda não havia estabelecido quão curto era o juízo de Dana, assim esperei que uma moça capaz de assumir as responsabilidades da família desde pequena tivesse algum juízo, senso de auto-preservação, problemas de confiança, enfim, experiências de vida. Ela se coloca em perigo simplesmente para comprar pessoalmente os mantimentos e isso não, não soa razoável.

Quando a visão do Elking despertou em Dana pensamentos como “sexy” e “lindo” fiquei desconfiada dos rumos do personagem, mas tive esperanças de que a coisa fosse ficar na base da admiração, como foi com Finn. No entanto, o personagem chega muito amigável, reforçando minhas desconfianças, até chegar ao ápice da bizarrice com aquele acordo selado com um beijo. Saber a extensão do problema envolvendo o acordo não diminuiu meu desagrado. Achei desnecessário, poderia ter se desenrolado de muitas maneiras, me pareceu uma opção covarde da autora para manter a castidade de Dana diante dos avanços de Ethan.

No começo do volume foi até fofinho, Ethan investindo e Dana resistindo (ou tentando), então ela vê a cena na festa e percebe que ele não vai simplesmente mudar. Ethan é um namorador inveterado, o começo do livro apenas reforça esta tese. Assim, ao invés de provar seu amor e lealdade a Dana a duras penas, ele comete uma estupidez maior que o normal e depois retorna diferente, tocado pela experiência traumatizante, taciturno, enfim, outra pessoa, para a qual uma relação casta parece viável. Achei interessante que sua necessidade de aparecer tenha sido podada, mas não a facilidade com que isso se ajustou ao resto.

Quando Kimber se torna amiga de Dana e a influencia contra o irmão, acreditei que poderia haver um embate interessante pela atenção de Dana, mas, outra vez, as coisas acalmam com uma facilidade enorme e a amiga está logo apoiando o interesse da outra. Pior ainda, Kimber fica interessada em Keane!! Foi um jato de água fria, parecia bastante promissor, mas como manter o interesse dele em Dana com a chegada do Erlking?

A melhor coisa do volume foi descobrir que ela tem o poder de tornar os seres encantados em meros mortais. E o poder veio com o canto, justamente como tive a impressão que seria!

No fim, tia Grace era o alvo da Caça Selvagem. Antes de morrer fez questão de lançar seu veneno e protagonizar momentos memoráveis, cheios de rancor, maldade e ironia, como compete a qualquer vilã que se respeite!

PS: Tenho a impressão de que aulas de tiro seriam muito mais proveitosas para Dana do que as de defesa pessoal. Porque ela não aproveita as poucas vantagens que possui?

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