Sinopse: Como se não bastassem todos os
perigos a prendê-la na casa de segurança, Dana agora é alvo do Erlking e seu
grupo de seguidores assassinos, temidos até mesmo pelas rainhas fey.
Qualificação: Bom.
Resenha: Este volume faz uma coisa
terrível com a saga: cai na mesmice. Ainda não desisti, até porque não chega a
ser uma coisa insuportável, mas fiquei bastante desapontada com o rumo dos
acontecimentos até aqui. Minha esperança é que tudo contribua para algo maior e
melhor daqui em diante.
Tive
dificuldade de sentar para escrever tamanha minha frustração. Não queria
criticar levianamente, mas os dias passaram e a sensação de desagrado não.
Então, trago uma resenha diferente daquilo que esperava ao iniciar a leitura,
mas fiel como sempre à minha opinião.
Dana continua
presa em sua casa de segurança, agora com mais um perigo desconhecido rondando
a área. Estou competindo com ela sobre quem está mais claustrofóbica com essa
situação, porque sinceramente não aguento mais compartilhar o martírio de sua
prisão, nem acompanhar suas atitudes dramáticas e infantis para ter alguns
momentos de “normalidade”.
Espero que a
autora encontre uma boa saída para o laço que veio atando, para que finalmente me
ofereça a oportunidade de explorar novos horizontes, conhecer a vida em Avalon
e Faerie, entrar no cotidiano da Universidade, ter mais personagens fantásticos
e interessantes desfilando na minha face, enfim, quero muito mais do que uma
caverna bem equipada e túneis escuros (nada contra isso, caíram super bem no livro
sobre zumbis).
O pior de tudo
é que estou começando a sentir uma grande antipatia pela personagem principal.
Todo mundo tem o direito de fazer besteira de vez em quando, mas ela extrapola
a cota e ainda fica devendo na praça. Isso sem contar o mimimi quando as coisas
dão errado, sendo que obviamente estavam fadadas ao fracasso.
SPOILERS!!!
“Já tínhamos
estabelecido que eu fosse um pouco curta de juízo”
Meu problema
deve ter sido esse!! Eu ainda não havia estabelecido quão curto era o juízo de
Dana, assim esperei que uma moça capaz de assumir as responsabilidades da
família desde pequena tivesse algum juízo, senso de auto-preservação, problemas
de confiança, enfim, experiências de vida. Ela se coloca em perigo simplesmente
para comprar pessoalmente os mantimentos e isso não, não soa razoável.
Quando a visão
do Elking despertou em Dana pensamentos como “sexy” e “lindo” fiquei desconfiada
dos rumos do personagem, mas tive esperanças de que a coisa fosse ficar na base
da admiração, como foi com Finn. No entanto, o personagem chega muito amigável,
reforçando minhas desconfianças, até chegar ao ápice da bizarrice com aquele
acordo selado com um beijo. Saber a extensão do problema envolvendo o acordo
não diminuiu meu desagrado. Achei desnecessário, poderia ter se desenrolado de
muitas maneiras, me pareceu uma opção covarde da autora para manter a castidade
de Dana diante dos avanços de Ethan.
No começo do
volume foi até fofinho, Ethan investindo e Dana resistindo (ou tentando), então
ela vê a cena na festa e percebe que ele não vai simplesmente mudar. Ethan é um
namorador inveterado, o começo do livro apenas reforça esta tese. Assim, ao
invés de provar seu amor e lealdade a Dana a duras penas, ele comete uma
estupidez maior que o normal e depois retorna diferente, tocado pela
experiência traumatizante, taciturno, enfim, outra pessoa, para a qual uma
relação casta parece viável. Achei interessante que sua necessidade de aparecer
tenha sido podada, mas não a facilidade com que isso se ajustou ao resto.
Quando Kimber se
torna amiga de Dana e a influencia contra o irmão, acreditei que poderia haver
um embate interessante pela atenção de Dana, mas, outra vez, as coisas acalmam
com uma facilidade enorme e a amiga está logo apoiando o interesse da outra.
Pior ainda, Kimber fica interessada em Keane!! Foi um jato de água fria, parecia
bastante promissor, mas como manter o interesse dele em Dana com a chegada do Erlking?
A melhor coisa
do volume foi descobrir que ela tem o poder de tornar os seres encantados em
meros mortais. E o poder veio com o canto, justamente como tive a impressão que
seria!
No fim, tia
Grace era o alvo da Caça Selvagem. Antes de morrer fez questão de lançar seu
veneno e protagonizar momentos memoráveis, cheios de rancor, maldade e ironia, como
compete a qualquer vilã que se respeite!
PS: Tenho a
impressão de que aulas de tiro seriam muito mais proveitosas para Dana do que
as de defesa pessoal. Porque ela não aproveita as poucas vantagens que possui?
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