Sinopse: Anna Rogan esconde um segredo:
consegue fazer viagens astrais. Numa dessas viagens presencia a morte de
Taylor, que aproveita o descuido e assume o controle de seu corpo. Agora o
incrível passatempo ameaça se transformar num terrível pesadelo.
Qualificação: Regular.
Resenha: A ideia parece boa, mas a execução
não conseguiu ser.
Faltou
credibilidade. A trama ficou num plano infantil, exagerado e irracional demais.
Assim, não conseguiu me emocionar, nem comover. O maior sentimento que evocou foi
uma tremenda agonia de ver a personagem vagando de um lado para o outro sem
perspectiva de resolver o próprio problema.
Um livro de rápida
e fácil leitura. Trama simples e mitologia pouco desenvolvida que não oferece
espaço a muitos questionamentos, nem respostas concretas para os poucos que
levanta. O que é uma pena, pois trás em si mesma a proposta de apresentar algo
diferente, com muitas possibilidades.
A morte de
Taylor é um infeliz acidente que ela deseja transformar em assassinato para se
vingar do garoto que a rejeitou. A garota é extremamente infantil e irracional,
sendo difícil abrir qualquer linha de diálogo com ela. Segue criando problemas
sem qualquer pudor ou reflexão, agarrada à única forma de sobrevivência que lhe
é possível.
Assim, Anna
precisa encontrar uma maneira de retomar o corpo que lhe pertence. Enquanto
isso não acontece, tem que lidar com as acusações de Taylor contra seu amigo, a
forma com que ela se apropria e utiliza de seu corpo, bem como as ações e
reações que ela começa a provocar em todos ao redor com a sua identidade.
SPOILERS!!!
Considerando
as atitudes de Taylor do ponto de vista de Anna, foi meio tenso! Ver a outra
fazendo o que bem entendia com seu corpo era enervante! Uma agonia ver Anna
seguindo impotente no plano astral, enquanto a outra colocava piercings e
tatuagens no corpo, entre outras coisas.
Só não foi
melhor porque não parecia como se Taylor estivesse se ajustando à nova vida. Não
é como se ela fosse estúpida, pois figurava entre as melhores alunas da escola
por uma razão. Simplesmente não se justificava e deixava as coisas apenas
irritantes, ao invés de interessantes. Parecia que ela estava testando a
paciência e os limites de Anna, e os nossos junto, como leitores.
Rei é um fofo!
O personagem mais centrado, racional e coerente do livro. Tinha preocupações
válidas e buscava soluções práticas para tudo. Um contraponto sem o qual Anna
poderia simplesmente deixar de existir. O romance entre eles foi a parte mais
cativante e bem construída.
A parte da
mitologia foi pouco consistente. Curti a ideia de que no final ela adquiriu
poder de cura atraindo e manipulando energia positiva, mas nem tudo foi
coerente. Ficar visível, tocar nas coisas, por exemplo, parecia muito da
conveniência da autora. Imagine o estrago se cada alma furiosa por aí tivesse
aquele poder todo da Taylor num piscar de olhos?
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