Sinopse: Desde pequena Nell escuta de
sua avó uma história assustadora sobre a névoa que envolve o bosque próximo à
sua casa. No entanto, isso não a impede de seguir fascinada o misterioso Evan
River e descobrir que pode existir alguma verdade naqueles contos. Assim,
quando sua irmã desaparece, ela percebe que pode ser a única pessoa capaz de salvá-la.
Qualificação: Bom.
Resenha: Aqueles livros que tem uma boa
premissa, mas deixam a desejar na sua evolução.
A escrita é
agradável e flui com tranquilidade. O volume é pequeno e acaba rapidinho. A
mitologia é bem construída e foi a parte que mais gostei.
A autora
consegue despertar curiosidade e trazer elementos bem interessantes para embasar
a trama. Toda mitologia envolvendo a névoa e o conto do Elfo Rei teve muitos aspectos
positivos, sendo um dos pontos altos da narrativa. Talvez por não me ser
familiar, conseguiu chamar minha atenção.
Os personagens
principais são cativantes e puros em essência. É fácil gostar deles e torcer que tudo dê
certo logo de início, mas ao longo do volume fui perdendo a paciência
consideravelmente. Falta de coerência e sentido transformam a pseudo coragem em
burrice e falta de noção, deixando situações forçadas e pouco críveis. Uma
pena, pois eu realmente queria gostar!!
Quando Gwen
resolve fazer sua festa de aniversário na floresta com os amigos, ninguém
consegue demovê-la da idéia. Assim, mesmo com a pior das sensações na boca do
estômago, Nell decide participar e se certificar de que nada de errado vai
acontecer.
Contando os
segundos para que tudo termine sem incidentes, Nell percebe que sua irmã
desapareceu e segue à sua procura. No entanto, nem toda sua força de vontade é
capaz de impedir o inevitável e trazer Gwen de volta se transforma em seu
objetivo.
SPOILERS!!!
Achei forçado.
Se Nell fosse levada pelos elfos e tentasse buscar maneiras de escapar, até
daria para aceitar. Se seguisse oculta numa missão de resgate, ok. Mas seguir
para dentro da névoa de peito aberto junto com Evan, sem qualquer preparo, sem
a menor ideia do que havia do outro lado, não foi muito coerente.
A cada passo
dado para dentro da névoa, a cada mentira contada para ocultar suas intenções,
mais difícil ficava de acompanhar. Não consegui ter empatia pela missão,
especialmente considerando o pouco tempo disponível para o resgate. Some-se a
isso a distância que percorre no mundo élfico, os lobos que ela já sabia que
encontraria, além de todo um povo que poderia estar do outro lado.
Da mesma forma,
foi difícil aceitar que Evan estava acreditando em tudo que Nell contava. Seu
irmão pode ter adotado atitudes extremas, mas ele vivenciou a traição dos humanos,
viu seus pais serem levados, além de incontáveis situações de confronto direto.
A coisa mais
coerente que aconteceu foi Nell dar de cara com o irmão de Evan e ser logo desmascarada
e presa por ele. Por ser o personagem mais coerente, acabou também sendo o
insano, pois era a única forma de justificar que ele fosse o “mal” na história.
No mundo dos elfos, diante das atrocidades sofridas e necessidades prementes,
consigo ver perfeitamente o sentimento que norteia suas ações. Me parece
estranho é que os demais estejam tão bem com a situação.
O que mais me
atraiu foi a parte mitológica. Queria muito explorar a névoa, saber o que havia
do outro lado, conhecer os elfos e tudo que lhes dizia respeito. Nesse ponto
gostei do que foi apresentado, embora as coisas estejam um tanto incompletas
sem a presença dos adultos.
Bastante óbvio
que a avó estava ciente da névoa, dos elfos e tudo o mais. Nesse ponto, a parte
mais divertida acabou sendo o pai de Nell, que ignorava a verdade e acabou se
revelando um ótimo aliado.
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