sábado, 1 de agosto de 2015

Queen of Hearts Saga – Book 01 – The Crown – Rainha de Copas – Colleen Oakes

Sinopse: Esta é a história de uma princesa que se tornou vilã. Como princesa do País das Maravilhas, os dias de Dinah são uma monotonia sem fim de chás, tortas e uma série de humilhações cruéis nas mãos de seu pai, o Rei de Copas. Conforme a coroação de Dinah se aproxima, uma sequência de eventos suspeitos e sangrentos sugere que há algo errado acontecendo. Cabe a Dinah desvendar os mistérios antes que ela perca a cabeça para o inimigo sagaz e sem rosto.

Qualificação: Bom.

Resenha: Apesar de não atender minhas expectativas, possui elementos que fazem valer a pena e faz uma leitura meio macabra sobre o passado de Wonderland que me deixou bastante curiosa.

Sou uma apaixonada pelo clássico de Lewis Carrol, então fico realmente ligada quando tenho a oportunidade de explorar os arredores de Wonderland e seus personagens emblemáticos. Neste aspecto, apesar de não ser a minha preferida, gostei bastante da construção oferecida neste livro e me sinto tentada a prosseguir na leitura dos volumes que estiverem por vir.

Curti a cadeia de eventos! A princesa tem uma personalidade forte, mas não parte de um coração insensível, nem adota uma postura ensandecida, comuns à sua representação clássica. A ideia é justamente mostrar que tipo de desventuras levaria alguém a terminar daquela forma. Assim sendo, o livro é bastante feliz em criar empatia com a personagem e estabelecer chocantes revelações de maneira que conseguimos acompanhar o desencanto e desespero corroendo a mente e a alma da jovem.

Faltou habilidade para transformar bons argumentos e um grande contexto numa cadeia de frases mais fluidas e empolgantes. Faltou aquele detalhamento que te faz apaixonar por um texto mesmo sem conteúdo. Faltou paixão.

SPOILERS!!!

O maior mérito do livro foi mesmo despertar curiosidade. Criou plots interessantes que vão se mesclando com tudo aquilo que visualizamos no futuro de Wonderland. Quero saber o segredo de Faina, a verdade sobre Vittiore, Cheshire, o Rei de Copas! Estou com o coração partido por Charles, embora tenha esperança de que isso tenha sido algum blefe e ele esteja vivo. Também quero viajar pela Floresta Retorcida, descobrindo lugares impossíveis e criaturas inesperadas.

Dinah é uma garota de temperamento explosivo. É possível entender isso, mas o único momento em que cheguei a sentir junto com ela foi durante o jogo de críquete. Na maior parte do tempo ela parece uma garota mimada e irritante que merece parte da desaprovação geral da nação. No entanto, houve crescimento, o que me deixa com alguma perspectiva.

O Rei de Copas é medonho! Até então parece que existe alguém influenciando sua insanidade e violência e todos os indícios apontavam para Cheshire, mas ao mesmo tempo soa um tanto contraditório por ser justamente ele quem vem ajudando Dinah.

Amei o Chapeleiro! Junto com ele me deliciei com cada referência e cada ponta que a autora amarrava, estabelecendo parentescos, causas e efeitos entre os personagens. A chegada de Vittiore é um sucesso só! Em todo o tempo desconfiei que ela não fosse maldosa, e sim outra vítima do Rei. De qualquer maneira, sua presença, a maneira como foi introduzida à corte, serviram como excelente pretexto para a fúria e desconfiança se desenvolvendo em Dinah.

A ambientação foi boa. Gosto dos túneis secretos, das paisagens exuberantes cheias de significado. As Torres Negras ficaram à altura da fama que lhes foi dada! De causar arrepios imaginar as raízes negras capturando os prisioneiros em todos os sentidos! E as criaturas fantásticas também tem tudo para acrescentar! Aqueles cavalos de guerra foram fenomenais!! A conquista do Morte foi um dos trechos de maior sensibilidade, ganhou muitos pontos comigo!


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