terça-feira, 8 de janeiro de 2013

The Mortal Instruments 5 – Os Instrumentos Mortais – City of Lost Souls – Cidade das Almas Perdidas - Cassandra Clare

Sinopse: Sebastian e Jace estão desaparecidos. Enquanto a Clave se preocupa com os possíveis danos que Sebastian pode causar e se prepara para contê-lo, Clary e seus amigos correm contra o tempo pra salvar Jace.

Qualificação: Ótimo!!!!

Resenha: Mal acabei e já quero mais!!!! Depois de sofrer um ataque de ansiedade com o final do volume anterior, cheguei aqui afoita e o consumi como se não houvesse amanhã (no clima do final do calendário Maia). Entre familiaridade, surpresas e vícios, continuo super fã da saga pois o livro continua ágil, contemplando seus diversos personagens e tramas paralelas sem deixar de correlacionar tudo e abrir espaços inusitados para novos desafios.

Existe muita relação de causalidade e continuidade no contexto geral das coisas, mas podemos fazer uma divisão didática da série até aqui em dois ciclos, sendo o primeiro a ascensão e queda de Valentine e o segundo centrado em Sebastian, seguindo a mesma lógica aparente. Partindo deste raciocínio, Sebastian cresce em poder e destaque estabelecendo os contornos de um novo confronto de grandes proporções, talvez uma guerra definitiva.

Com o fim de Valentine, Sebastian se tornou uma incógnita difícil de definir, uma caricatura do mal encarnado sem maior profundidade. Por esta razão achei totalmente fantástica a maneira com que ele foi trazido para o centro dos acontecimentos, passando a interagir com os outros personagens de maneira tão próxima e particular que pude enxergar nele um indivíduo dotado de personalidade e motivações próprias como nunca antes.

Uma coisa bem interessante neste volume foi acompanhar os relacionamentos entre os casais, até porque estão ficando deliciosamente íntimos. Ao invés de triângulos, quadrados ou outras formas geométricas cada vez mais complexas, temos a oportunidade de acompanhar casais relativamente formados em diversos graus de intimidade e amadurecimento. Com essa abordagem, fomos agraciados com alguns trechos mais calientes, outros super fofos, todos rumo a uma definição.

SPOILERS!!!

Estará Jace se tornando um anjo, ou pelo menos uma espécie de ser celestial intermediário? O.o

A Cassandra deve ter alguma fixação por amor fraterno!! Depois de toda aquela tensão entre Clary e Jace por acreditarem ser irmãos, Sebastian segue a sina de desejar a irmã para nosso desespero. Não consigo ficar indiferente à sugestão oscilando entre o asco supremo e certo interesse perverso de ver o circo pegar fogo!

Uma sacada muito legal a ligação entre Sebastian e Jace nos deixar sem saber até que ponto um estava influenciando nas atitudes do outro. Sebastian consegue plantar a dúvida, nos fazer cogitar a possibilidade de estar lutando por algo válido. Em parte por causa da situação subserviente de Jace, noutra por estar trabalhando pela confiança de Clary, ou talvez tenha sido apenas minha boa fé me traindo. De qualquer forma, a constante conexão com os demônios foi o que mais o traiu, pois nada de bom poderia advir dessa associação.

O povo das fadas ainda é o mais misterioso, ardiloso e imprevisível. Embora pareça ter definido um lado neste volume, não é como se isso fosse definitivo, mas como se pudesse mudar de acordo com a maré ou simplesmente manipular todo mundo para conseguir fazer valer a sua vontade no fim. De qualquer maneira tenho impressão de que ele terá um papel maior nos eventos por vir.

Entre evocar um anjo ou um demônio, este segundo sempre parece a pior opção. Logicamente que a escolha pelos demônios só é feita em razão da facilidade, mas parecia tão ruim que a solução encontrada fosse por este caminho que fico feliz por não ter dado resultado. Por outro lado, gostei da reverência necessária para lidar com o anjo, afinal não poderia ser algo corriqueiro, simples de fazer.

Depois de me acostumar com o novo Simon intocável voltei a ficar morrendo de medo do que poderá acontecer com ele uma vez que deixou de ter a marca. Foi muito justa a troca, mas o fato é que por conta da marca ele acabou colecionando poderosos inimigos e, embora ele seja um vampiro, consegue ser o mais frágil dos personagens e inspirar essa necessidade de proteção!!! Após sofrer com a rejeição da mãe, ao menos foi contemplado com a aceitação da irmã, que surge de forma tão inusitada a não me deixar dúvidas de que deverá se tornar parte das aventuras. Espero que seja uma personagem legal, embora cheire a donzela em perigo.

Não sei porque ainda me surpreendo com as mais variadas e criativas maneiras encontradas para manter Clary e Jace separados. Uma vez que o casal está convicto de seus sentimentos, é impressionante como consegue ficar no centro da tensão e enfrentar os mais diferenciados tipos de obstáculos de que se tem notícia. Terminamos plenamente conscientes de que esta situação ainda está longe de encontrar um final e, embora preferisse que este casal vivesse uma relação melhor resolvida, não posso deixar de reconhecer que as novidades tem sido eficientes na proposta da narrativa.

Coisa tão cute a insegurança de Isabelle e Simon na construção da relação!! Ela nem se dá conta do que está sentindo e começa a soltar o verbo justamente depois de ficar um tanto alta, quase causando um problema de proporções épicas para Jordan.

Maia e Jordan formavam justamente aquele casal com mais ajustes a fazer e cicatrizes para curar, no entanto foi o primeiro a se resolver e assumir plenamente. Aproveitando a deixa, o Praetor também é um grupo pouco mostrado e o interesse demonstrado na promessa de Maia pelo apoio de Luke no Conselho me faz acreditar que tem alguma coisa estranha vindo aí.

Alec estava tão obcecado com a sua mortalidade diante de Magnus que foi cavando a cova do relacionamento. Quando ele chega a considerar tornar seu amado em mortal não levando em consideração o que ele poderia querer chega prendi a respiração do susto! Convenhamos, ele vai ter que se esforçar muito para consertar apropriadamente a situação. Com o fim do romance o bruxo promete ficar distante de todos... problemas à vista?

Camille sobrevivia com a única função de atormentar Alec, pois seu desejo de retomar o clã parecia cada vez mais distante. Assim, esperava que houvesse algum tipo de desempate entre ela e Raphael e fiquei bem surpresa quando Maureen resolve a questão. Ela sempre foi tratada como um problema menor, uma garotinha boba chamando atenção indevidamente a serviço de Camille. Meu queixo caiu quando percebi que havia um plano pessoal, talvez a formação de um exército com o firme propósito de tomar o domínio do clã! Resta saber se Simon acaba se beneficiando com esta virada.

Que absurdo foi Clary roubar os anéis do Instituto e ninguém sequer perceber?! Era para ser algo bem guardado, trancado e tudo o mais!! Sem contar que Sebastian e Jace estiveram passeando por lá, roubando livros e sua presença nunca foi citada e nenhum dos roubos sequer mencionado!! Ainda que ninguém fosse pego no flagra, seria de se esperar que a falta dos objetos despertasse alguma reação, além disso, Clary deixa sangue no local do roubo, o que facilmente a incriminaria mesmo no mundo dos mortais, não?

Ps: Estou lendo tanta coisa no gênero que fico toda boba quando encontro referências comuns a outros livros! Tive esta reação com a caçada selvagem, abordada na série Faeriewalker, e com o roubo de memórias felizes feito por Azazel, que me recordou a série Iron Fey.

Ps2: Será que as memórias tiradas por Azazel vão provocar algum tipo de reação adversa futura?

Ps3: O pai de Magnus tem ganhado certo destaque, estou ficando curiosa sobre ele também e quase acreditando que possa aparecer em breve.

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