Sinopse: Sebastian e Jace estão
desaparecidos. Enquanto a Clave se preocupa com os possíveis danos que
Sebastian pode causar e se prepara para contê-lo, Clary e seus amigos correm
contra o tempo pra salvar Jace.
Qualificação: Ótimo!!!!
Resenha: Mal acabei e já quero mais!!!!
Depois de sofrer um ataque de ansiedade com o final do volume anterior, cheguei
aqui afoita e o consumi como se não houvesse amanhã (no clima do final do
calendário Maia). Entre familiaridade, surpresas e vícios, continuo super fã da
saga pois o livro continua ágil, contemplando seus diversos personagens e
tramas paralelas sem deixar de correlacionar tudo e abrir espaços inusitados
para novos desafios.
Existe muita
relação de causalidade e continuidade no contexto geral das coisas, mas podemos
fazer uma divisão didática da série até aqui em dois ciclos, sendo o primeiro a
ascensão e queda de Valentine e o segundo centrado em Sebastian, seguindo a
mesma lógica aparente. Partindo deste raciocínio, Sebastian cresce em poder e destaque
estabelecendo os contornos de um novo confronto de grandes proporções, talvez
uma guerra definitiva.
Com o fim de
Valentine, Sebastian se tornou uma incógnita difícil de definir, uma caricatura
do mal encarnado sem maior profundidade. Por esta razão achei totalmente fantástica
a maneira com que ele foi trazido para o centro dos acontecimentos, passando a
interagir com os outros personagens de maneira tão próxima e particular que
pude enxergar nele um indivíduo dotado de personalidade e motivações próprias
como nunca antes.
Uma coisa bem interessante
neste volume foi acompanhar os relacionamentos entre os casais, até porque
estão ficando deliciosamente íntimos. Ao invés de triângulos, quadrados ou outras
formas geométricas cada vez mais complexas, temos a oportunidade de acompanhar
casais relativamente formados em diversos graus de intimidade e amadurecimento.
Com essa abordagem, fomos agraciados com alguns trechos mais calientes, outros
super fofos, todos rumo a uma definição.
SPOILERS!!!
Estará Jace se
tornando um anjo, ou pelo menos uma espécie de ser celestial intermediário? O.o
A Cassandra
deve ter alguma fixação por amor fraterno!! Depois de toda aquela tensão entre
Clary e Jace por acreditarem ser irmãos, Sebastian segue a sina de desejar a
irmã para nosso desespero. Não consigo ficar indiferente à sugestão oscilando
entre o asco supremo e certo interesse perverso de ver o circo pegar fogo!
Uma sacada muito
legal a ligação entre Sebastian e Jace nos deixar sem saber até que ponto um
estava influenciando nas atitudes do outro. Sebastian consegue plantar a
dúvida, nos fazer cogitar a possibilidade de estar lutando por algo válido. Em
parte por causa da situação subserviente de Jace, noutra por estar trabalhando pela
confiança de Clary, ou talvez tenha sido apenas minha boa fé me traindo. De
qualquer forma, a constante conexão com os demônios foi o que mais o traiu,
pois nada de bom poderia advir dessa associação.
O povo das
fadas ainda é o mais misterioso, ardiloso e imprevisível. Embora pareça ter
definido um lado neste volume, não é como se isso fosse definitivo, mas como se
pudesse mudar de acordo com a maré ou simplesmente manipular todo mundo para
conseguir fazer valer a sua vontade no fim. De qualquer maneira tenho impressão
de que ele terá um papel maior nos eventos por vir.
Entre evocar
um anjo ou um demônio, este segundo sempre parece a pior opção. Logicamente que
a escolha pelos demônios só é feita em razão da facilidade, mas parecia tão
ruim que a solução encontrada fosse por este caminho que fico feliz por não ter
dado resultado. Por outro lado, gostei da reverência necessária para lidar com
o anjo, afinal não poderia ser algo corriqueiro, simples de fazer.
Depois de me
acostumar com o novo Simon intocável voltei a ficar morrendo de medo do que
poderá acontecer com ele uma vez que deixou de ter a marca. Foi muito justa a
troca, mas o fato é que por conta da marca ele acabou colecionando poderosos
inimigos e, embora ele seja um vampiro, consegue ser o mais frágil dos
personagens e inspirar essa necessidade de proteção!!! Após sofrer com a
rejeição da mãe, ao menos foi contemplado com a aceitação da irmã, que surge de
forma tão inusitada a não me deixar dúvidas de que deverá se tornar parte das
aventuras. Espero que seja uma personagem legal, embora cheire a donzela em perigo.
Não sei porque
ainda me surpreendo com as mais variadas e criativas maneiras encontradas para
manter Clary e Jace separados. Uma vez que o casal está convicto de seus
sentimentos, é impressionante como consegue ficar no centro da tensão e
enfrentar os mais diferenciados tipos de obstáculos de que se tem notícia. Terminamos
plenamente conscientes de que esta situação ainda está longe de encontrar um
final e, embora preferisse que este casal vivesse uma relação melhor resolvida,
não posso deixar de reconhecer que as novidades tem sido eficientes na proposta
da narrativa.
Coisa tão cute a insegurança de Isabelle e Simon
na construção da relação!! Ela nem se dá conta do que está sentindo e começa a
soltar o verbo justamente depois de ficar um tanto alta, quase causando um
problema de proporções épicas para Jordan.
Maia e Jordan
formavam justamente aquele casal com mais ajustes a fazer e cicatrizes para
curar, no entanto foi o primeiro a se resolver e assumir plenamente. Aproveitando
a deixa, o Praetor também é um grupo pouco mostrado e o interesse demonstrado
na promessa de Maia pelo apoio de Luke no Conselho me faz acreditar que tem
alguma coisa estranha vindo aí.
Alec estava
tão obcecado com a sua mortalidade diante de Magnus que foi cavando a cova do
relacionamento. Quando ele chega a considerar tornar seu amado em mortal não
levando em consideração o que ele poderia querer chega prendi a respiração do susto!
Convenhamos, ele vai ter que se esforçar muito para consertar apropriadamente a
situação. Com o fim do romance o bruxo promete ficar distante de todos...
problemas à vista?
Camille
sobrevivia com a única função de atormentar Alec, pois seu desejo de retomar o
clã parecia cada vez mais distante. Assim, esperava que houvesse algum tipo de
desempate entre ela e Raphael e fiquei bem surpresa quando Maureen resolve a
questão. Ela sempre foi tratada como um problema menor, uma garotinha boba chamando
atenção indevidamente a serviço de Camille. Meu queixo caiu quando percebi que
havia um plano pessoal, talvez a formação de um exército com o firme propósito
de tomar o domínio do clã! Resta saber se Simon acaba se beneficiando com esta
virada.
Que absurdo
foi Clary roubar os anéis do Instituto e ninguém sequer perceber?! Era para ser
algo bem guardado, trancado e tudo o mais!! Sem contar que Sebastian e Jace
estiveram passeando por lá, roubando livros e sua presença nunca foi citada e
nenhum dos roubos sequer mencionado!! Ainda que ninguém fosse pego no flagra,
seria de se esperar que a falta dos objetos despertasse alguma reação, além
disso, Clary deixa sangue no local do roubo, o que facilmente a incriminaria
mesmo no mundo dos mortais, não?
Ps: Estou
lendo tanta coisa no gênero que fico toda boba quando encontro referências
comuns a outros livros! Tive esta reação com a caçada selvagem, abordada na
série Faeriewalker, e com o roubo de
memórias felizes feito por Azazel, que me recordou a série Iron Fey.
Ps2: Será que
as memórias tiradas por Azazel vão provocar algum tipo de reação adversa
futura?
Ps3: O pai de
Magnus tem ganhado certo destaque, estou ficando curiosa sobre ele também e quase
acreditando que possa aparecer em breve.
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