Sinopse: Echo está tentando lidar com o
assassinato de sua irmã Zoe. Um ano após a tragédia, ela recebe o diário de Zoe
das mãos do namorado dela e começa a descobrir os segredos que vão ajudá-la a
entender e superar a tragédia.
Qualificação: Regular.
Resenha: Não me prendeu, emocionou, nem
surpreendeu.
Peguei este
exemplar sem maiores expectativas e me deparei com um drama adolescente que
pretende ser mais impactante do que consegue. Está bem escrito, consegue passar
sua mensagem, mas um drama que não consegue te emocionar carece de alguma
coisa. Talvez apenas não fosse um bom momento para mim, acontece também.
A idéia é
aprender a lidar com a perda, reconstruir as relações depois de um evento tão
arrasador. Trás reflexões válidas, especialmente todo ambiente de desconforto
que as tragédias carregam consigo. No entanto sinto que não é inovadora e já
tive oportunidade de ler títulos mais interessantes, então fiquei um pouco
desapontada. Consegue despertar alguma curiosidade, no entanto, falta sensibilidade
para transmitir os fortes sentimentos narrados.
O diário vai
desvendando o passado, enquanto Echo vai se trabalhando no presente.
Acompanhamos as duas perspectivas e as influências que a leitura vai exercendo
sobre as decisões da garota. Também compreendemos o quanto ela eram diferentes
entre si e o quanto Echo admirava a irmã, ao ponto de desejar poder ser como
ela.
Echo se
intitula “garota tragédia”, pois onde quer que vá sente sobre si os olhares
curiosos ou penalizados e cochichos indiscretos sobre tudo envolvendo a
tragédia familiar. Ela acaba se fechando e permanecendo numa rede de relações
preexistentes, desconfiando de todos que tentam se aproximar um pouco. Numa
tentativa de ousar mais e explorar as possibilidades, ela tenta agir como
acredita que a irmã o faria em determinadas situações, saindo totalmente do esperado
e provocando situações fora do seu cotidiano normal.
SPOILERS!!!
“Odeio quando as
pessoas te colocam numa situação ruim e te dizem como você deve se sentir a
respeito.”
Não gostei
desta abordagem. Achei estranha toda necessidade de Echo se passar por Zoe, mas
até entendo, o pior foi tentar justificar isso afirmando que era uma maneira de
salvar a memória da outra. Desnecessário.
É normal
confundir sentimentos, ficar em dúvida sobre ficar ou não com alguém e a
experiência com Marc ajudou Echo a perceber que não estava gostando de Parker.
MAS, por outro lado, como ela conseguiu sentir por ele sentimentos tão intensos
que não eram seus? Foi como se um personagem de livro ganhasse vida e ela pudesse
interagir com ele assumindo o lugar da protagonista. Seria de esperar que o
contato físico ou a interação entre eles não correspondesse àquilo que ela
imaginou, mas uma vez que correspondeu, não sei como tudo simplesmente mudou de
um momento para o outro. Acho que ela poderia até aceitar que não significava o
mesmo para Marc, mas não ficar bem com isso.
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