sexta-feira, 28 de março de 2014

Saving Zoe – Alyson Noel

Sinopse: Echo está tentando lidar com o assassinato de sua irmã Zoe. Um ano após a tragédia, ela recebe o diário de Zoe das mãos do namorado dela e começa a descobrir os segredos que vão ajudá-la a entender e superar a tragédia.

Qualificação: Regular.

Resenha: Não me prendeu, emocionou, nem surpreendeu.

Peguei este exemplar sem maiores expectativas e me deparei com um drama adolescente que pretende ser mais impactante do que consegue. Está bem escrito, consegue passar sua mensagem, mas um drama que não consegue te emocionar carece de alguma coisa. Talvez apenas não fosse um bom momento para mim, acontece também.

A idéia é aprender a lidar com a perda, reconstruir as relações depois de um evento tão arrasador. Trás reflexões válidas, especialmente todo ambiente de desconforto que as tragédias carregam consigo. No entanto sinto que não é inovadora e já tive oportunidade de ler títulos mais interessantes, então fiquei um pouco desapontada. Consegue despertar alguma curiosidade, no entanto, falta sensibilidade para transmitir os fortes sentimentos narrados.

O diário vai desvendando o passado, enquanto Echo vai se trabalhando no presente. Acompanhamos as duas perspectivas e as influências que a leitura vai exercendo sobre as decisões da garota. Também compreendemos o quanto ela eram diferentes entre si e o quanto Echo admirava a irmã, ao ponto de desejar poder ser como ela.

Echo se intitula “garota tragédia”, pois onde quer que vá sente sobre si os olhares curiosos ou penalizados e cochichos indiscretos sobre tudo envolvendo a tragédia familiar. Ela acaba se fechando e permanecendo numa rede de relações preexistentes, desconfiando de todos que tentam se aproximar um pouco. Numa tentativa de ousar mais e explorar as possibilidades, ela tenta agir como acredita que a irmã o faria em determinadas situações, saindo totalmente do esperado e provocando situações fora do seu cotidiano normal.

SPOILERS!!!

Odeio quando as pessoas te colocam numa situação ruim e te dizem como você deve se sentir a respeito.”

Não gostei desta abordagem. Achei estranha toda necessidade de Echo se passar por Zoe, mas até entendo, o pior foi tentar justificar isso afirmando que era uma maneira de salvar a memória da outra. Desnecessário.

É normal confundir sentimentos, ficar em dúvida sobre ficar ou não com alguém e a experiência com Marc ajudou Echo a perceber que não estava gostando de Parker. MAS, por outro lado, como ela conseguiu sentir por ele sentimentos tão intensos que não eram seus? Foi como se um personagem de livro ganhasse vida e ela pudesse interagir com ele assumindo o lugar da protagonista. Seria de esperar que o contato físico ou a interação entre eles não correspondesse àquilo que ela imaginou, mas uma vez que correspondeu, não sei como tudo simplesmente mudou de um momento para o outro. Acho que ela poderia até aceitar que não significava o mesmo para Marc, mas não ficar bem com isso.


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