Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro
elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome.
Quando as portas se abrem ele se vê num espaço aberto confinado por muros
gigantescos. Cercado por garotos que também não sabem como, ou por quê, foram
parar ali, ele rapidamente descobre que para sobreviver é preciso desvendar os
mistérios do lugar, especialmente do fascinante labirinto, e correr... correr
muito...
Qualificação: Bom.
Resenha: Altas expectativas... não
atendidas.
Era um
daqueles livros que você promete a si mesmo ser o seguinte na lista de leitura,
mas na hora sempre acaba trocando por outro. No entanto, chega o momento em que
não será mais adiado, a sorte foi lançada, chegou a sua vez! Comentários entusiásticos
de amigos ajudaram na decisão, mas acabaram colaborando para uma expectativa
elevada.
Gosto do
mistério, da descoberta junto com o personagem, do conhecimento de coisas e
lugares inusitados, imprevisíveis e o livro certamente tem esse aspecto
positivo. A situação apresentada não apresenta muitos precedentes, não deixa
muitos parâmetros para comparação, então você segue curioso, ansioso por
respostas, por explicações. Mesmo a descrição das formas e ambientes desperta
interesse por fugir do padrão.
O volume
confere algumas respostas, mas é mestre em acumular perguntas. O mistério passa
a outro nível de tal maneira que minhas loucas teorias começaram a apontar para
os eventos como se fossem partes de um jogo. Faria o maior sentido na minha
mente que assim fosse, mas a verdade? Não sei, não tenho uma resposta, então
isso aqui tudo nem pode ser considerado spoiler.
O autor
desenvolve sua mitologia e cria novas terminologias para descrever seu
universo. Inicia a jornada de forma minimalista, quando a escura e apertada de
um elevador é tudo, e vai expandindo seus horizontes gradativamente, nos
colocando em contato com mais elementos, maiores espaços e novos desafios.
Minha decepção
está contida principalmente nas “respostas” obtidas ao longo da narrativa. Não
tinha qualquer ideia das coisas que se seguiriam, mas de alguma maneira ficou
tudo muito aquém do esperado. Existe um desencadeamento, um crescente, um texto
coerente e bem conduzido, mas a trama não conseguiu até então um BOOMMM, uma
sequência de eventos realmente empolgante. Os personagens vão ganhando
contornos, se tornando mais interessantes, mas poucos realmente causaram
empatia.
Em pouco tempo
Thomas domina o cotidiano na Clareira. Logo percebe que existe algum
conhecimento dentro de si apontando para caminhos e decisões que podem afetar a
vida de todos os moradores. Existem muitas dúvidas e pressões, mas a chegada de
uma garota é um sinal definitivo de que algo está prestes a acontecer.
SPOILERS!!!
Acabei com a
sensação de mal ter começado. A implementação da fase 2 é um indicativo de que
a mentira continua e qualquer informação adicional recebida pode ser falsa.
Partindo deste conhecimento, continuamos sem saber muito bem o que esperar,
situação realmente positiva, visto que a curiosidade foi a grande mola mestra
propulsionando a leitura do primeiro volume.
Sério, não sei
o que existe de verdade ou mentira em meio à confusão toda. A peste, o fulgor,
as explosões solares... existem ou fazem parte da nova etapa de manipulação?
Contra o que ou em prol de quem eles estão vivendo esses experimentos? A vida
fora do experimento é tão ruim assim ou tudo não passa de manipulação para que
eles não desejem fugir? Como eu havia mencionado à princípio, o final trouxe
muito mais dúvidas do que respostas.
Super fiquei
com aquela sensação de estar acompanhando um vídeo game! Explorando aqueles
ambientes surreais, procurando itens, recebendo informações aleatórias. E a
volta dos mortos fora do ambiente controlado? Sem falar nos monstrinhos
estranhos do labirinto. Também lembrou levemente a proposta de “Cubo”, por
sinal um filme excelente.
PS: Não to conseguindo upar gifs :(
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