segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Serie Tempest 01 – Tempest – Julie Cross

Sinopse: Jackson Meyer descobre que pode viajar no tempo e resolve fazer umas experiências inofensivas até que sua namorada morre e ele acaba preso em outra linha temporal. Agora ele precisa descobrir como controlar suas habilidades para salvar Holly e consertar o emaranhado de acontecimentos que o cercam.

Qualificação: Bom.

Resenha: Fiquei com a sensação de que havia um universo a ser explorado, mas sequer chegamos ao país vizinho. Quero acreditar que ainda tem muito por vir e dar uma chance à série.

Seguiu um rumo diverso daquilo que eu esperava e não me agradou muito. Entretanto, teve um crescimento ao longo do volume e apresentou bons plots que podem render uma trama mais interessante à partir do próximo volume.

Confesso que já nutria altas expectativas havia algum tempo. Tinha me interessado pela capa, mas principalmente pelo título. Saber que estaria lendo sobre viagem no tempo aumentou bastante minhas expectativas, então é possível que não tenha gostado tanto por já chegar com muita sede ao pote.

O livro é pequeno, com linguagem simples. Super tranquilo de ler. Tem poucos personagens e consegue transmitir alguma empatia. Começa num ritmo lento, que já foi me frustrando de cara, mas apresenta uma evolução gradual de forma bem positiva.

Entre idas e vindas, não chega a confundir a cuca de ninguém, dá para acompanhar com facilidade, especialmente porque o livro é trabalhado em forma de diário, então você sempre tem uma ideia de onde e quando ele se encontra e consegue traçar as relações entre os eventos.

No início, as viagens do tempo não produzem consequências. Entretanto, a morte de Holly causa um choque tão grande em Jack que ele consegue realizar um salto diferente dos anteriores. Numa situação totalmente nova, é preciso cuidado redobrado para angariar aliados, separar inimigos e realizar ações que não causem o caos no novo futuro.

SPOILERS!!!

Fiquei logo frustrada com aquelas experiências por não produzirem qualquer efeito no tempo presente. Não dava para ficar muito animado com isso. Muito menos com o fato de que o corpo ficava “vegetando” no tempo presente enquanto ele estava fora. Dava para pensar nisso mais como um sonho, uma viagem astral, alguma parada fumada qualquer.

Todo o mistério envolvendo a morte de Holly, os agentes secretos e as perseguições deixavam antever que a parada ia ficar séria em algum ponto. No entanto, até que algumas dessas coisas fossem desvendadas, foi apenas um tanto lugar comum, do tipo “o cara preso no passado tentando encontrar uma maneira de salvar a namorada”. Sabe quando você está lendo e é apenas ok, seguindo em frente? Me senti assim quando ele ficou lá stalkeando a namorada antes de sequer conhece-la, se achando o último doce do pacote.

“...mulheres escrevendo romances protagonizados por homens que não existem. Isso cria expectativas irreais.”

Recebi o meu tapa no meio das fuças com essa declaração totalmente verdadeira, mas... quer saber? Ofereço a outra face em nome de um belo romance!! E tenho dito! Que ninguém me tire o direito de sonhar com aquele homem super especial, meigo, fofinho, divohhh, cavalheiro...

Gostei dos encontros com a irmãzinha dele. Acho que ela ainda tem muito potencial e espero que apareça e contribua bastante. Adam também é um personagem que agrega bastante. Esperava mais de Holly, ficou muito com aquela carinha de donzela em apuros e perdeu pontos para a estagiária da CIA, a personagem feminina que realmente marca presença.

Lógico que as coisas ficaram mais animadas quando ele atingiu um novo nível. No momento em que ele realmente consegue viajar criando linhas de tempo alternativas, então a trama ganhou muito mais a minha atenção e respeito. Já deu para perceber que seus poderes estão num patamar realmente excelente mesmo entre os demais viajantes e explorar as possibilidades não é mesmo excitante?

Quando a garotinha mostra aquela visão apocalíptica de futuro meus olhos até saltaram!! Preciso chegar neste ponto, entender como as escolhas de Jackson podem definir aquele final e, apesar de torcer alegremente por um final cor-de-rosa, quero ter o prazer de transitar por aquele momento cinza (sem trocadilhos PELAMOR!), marcado por destroços e opressão. E é assim que eu pretendo embarcar na continuação em breve.

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