Sinopse: Prequel da série Os Instrumentos
Mortais. Na Londres vitoriana, Tessa Gray conhece o mundo dos Caçadores de
Sombras enquanto procura por Nathaniel, seu único parente vivo. A busca a
coloca no centro de uma guerra entre os Nephilins e o misterioso Magistrado,
atual comandante das forças do submundo.
Qualificação: Ótimo!!
Resenha: Correndo para a continuação
assim que terminar esta pausa para reflexão! Talvez parte da minha empolgação
seja decorrente da série Instrumentos Mortais. O fato é que to in love,viu?
Peguei o livro
muito em função da autora e da idéia proposta, relacionada a autômatos, mas a
grande verdade difícil de explicar é que eu não tinha a menor idéia de que
existisse uma conexão com a outra série da Cassandra. Até notei que fazia
referência na capa, mas achei que estivesse apenas citando, não relacionando
efetivamente e pulei a parte em que leria qualquer coisa a mais exceto autor e
título, partindo direto para o texto.
Tendo tentado
explicar, posso efetivamente dizer que fui totalmente surpreendida e entrei
numa espécie de crescente empolgação ao me dar conta de tudo que estava
acontecendo. Cada referência que pipocava eu precisava abafar os gritinhos de
alegria, contentíssima, como se passasse a compartilhar algum segredo realmente
picante por ai.
Quando acabou
só senti um alívio enorme por ter a continuação à minha disposição! Mal posso
esperar para começar e se me demoro um pouco é para que a leitura dele não
acabe influenciando na minha percepção sobre este primeiro livro.
Acredito que
pode ser lida como uma série totalmente independente da outra, especialmente
porque está situada no passado, com eventos anteriores àqueles vividos no
presente entre Clary, Jace e todos os outros. Pode até fazer com que algumas
pessoas fiquem curiosas e sigam o fluxo invertido, embora cronologicamente mais
correto.
No entanto, quem
já estava totalmente envolvido com os Caçadores de Sombras vai sentir arrepios
de prazer quando identificar sobrenomes familiares e passar parte do tempo
tentando descobrir possíveis conexões entre as tramas. Num universo mítico em
que mortais e imortais coexistem, a probabilidade de esbarrar com alguns nomes e
figuras seculares é bem grande.
Foi fácil me
conectar com Tessa, Will e todos os demais personagens. Mesmo para quem não
está familiarizado, tudo foi conduzido de forma tranquila e coerente, sem
muitas repetições ou explicações cansativas. Tive a impressão de encontrar uma
narrativa mais elaborada e planejada, talvez fruto da experiência da autora.
Amei a
ambientação em Londres. Deu aquele clima de época!!!! E a ação corre solta em
meio a espartilhos, carruagens e muito chá!!!
SPOILERS!!!
Vou logo
avisando que se você não leu a série Instrumentos Mortais, pode encontrar
spoilers cruzados nesta parte do texto.
A cada nome,
um sobressalto. Ler Herondale me causou altas conjecturas e a certeza de que os
eventos fatalmente trarão esclarecimentos sobre o passado de Jace. Também desejei
ansiosamente conhecer mais sobre Magnus e Camille tão logo foram citados. Adoro
sentir as engrenagens se movendo e as pecinhas de encaixando!!
Cassandra deve
ter algum sério problema familiar. Mais especificamente com algum irmão
pentelho destruidor de lar!!! Depois de Sebastian, temos Nate, criaturinhas
abomináveis com inclinações perversas imperdoáveis!!
Dava para
sentir que Nate era um imbecil mimado, mas também o subestimei. Depois de
descobrir a natureza sobrenatural de Tessa, ele descartou a sua humanidade,
passando a tratá-la como uma das aberrações do submundo. Uma saída fácil para
um covarde ambicioso. Fiquei com a impressão de que ele se vê num grupo de
humanos que está desenvolvendo poderio sobre os seres do submundo, mas não
estou bem certa de que Mortimer seja apenas um cara comum. Talvez essa
característica tenha sido tão ressaltada que me deixou em dúvida sobre sua real
aparência.
Uma vez que
fingiu a própria morte, fiquei imaginando que agora Tessa acabaria assumindo
outra identidade física, pelo menos fora do Instituto. Até cogitei que alguém
poderia morrer para ela assumir a identidade, mas também não é nada que a
chegada de um novo membro não resolva, algo muito simples de ser arranjado (ou
não!).
Depois de
tamanha traição, Jessamine certamente está furiosa com Nate. O engraçado é que ao
invés de dar o romance por encerrado, tenho dúvidas a respeito. Acredito que
raios e trovões podem ribombar quando eles voltarem a se encontrar.
Quero saber
mais sobre os autômatos, mas especialmente sobre o anjo que Tessa possui. Algo
que remonta seus pais e talvez tenha relação com sua natureza. Talvez ela seja
um autômato realizado com sucesso por seu pai? Uma loucura, mas eu não consigo
descartar esta possibilidade.
Dá muita pena
de Henry, mas ainda acredito que alguma invenção vai ser fundamental no meio
disso tudo. Talvez no momento crucial, ninguém esteja muito disposto a contar
com suas inovações, mas os autômatos são um desafio compatível com suas
habilidades e deve proporcionar espaço para que ele consiga provar seu valor.
No entanto, Charlotte ficar acobertando tudo não é muito legal. Dá uma certa
raiva de ver tudo indo por água abaixo por causa dele e Will é bem eficiente em
demonstrar o desagrado geral.
Tessa teve
alguns momentos bem irritantes também. Na festa, quando fica hesitante em sair
da sala e depois acaba ficando no olho do furacão ao se deparar com o irmão no
meio do show de horrores, foi de arrancar os cabelos!!! Se redimiu um pouco ao
final, por reconhecer que no fundo ela sabia a verdade sobre o caráter do irmão,
mas não se permitia aceitar.
Posso afirmar
que Tessa está apaixonada por Will, mas todo o resto ainda está sob análise.
Tem momentos em que acredito no amor de Will por ela, só para ficar em dúvida
se os sentimentos dele são mesmo por ela ou por Jem. Talvez ele esteja
resistente porque Jem parece interessado em Tessa? Seu passado está muito
misterioso e aquele encontro com Magnus me deixou super curiosa. Qual é o
grande segredo macabro que atormenta Will e faz com que mantenha todos a uma
distância segura?
Todo drama vivido
por Jem parece uma fonte de inspiração para os planos de Valentine, não?
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