Sinopse: Num instante tudo muda. Num
piscar de olhos o alegre passeio em família se transforma num trágico acidente
e Mia, uma musicista de 17 anos, encontra-se em coma. Agora ela precisa decidir
se vale à pena lutar pela vida.
Qualificação: Ótimo!
Resenha: Tão simples que você só
percebe o impacto quando já está à beira das lágrimas.
O livro é
curtinho e possui uma carga emocional enorme! Numa linguagem extremamente
acessível e passagens que transcorrem sem maiores pretensões, consegue tocar lá
no fundo. O amei por isso.
Existe espaço
para a construção de um romance muito concreto, para a exploração de sonhos,
pitadas de humor e explosões de amor e amizade. Existe tamanha perfeição na
imperfeição que me senti muito próxima da personagem, seus medos, suas birras e
anseios.
Confrontamos-nos
com escolhas, motivações, aquilo que importa. É fácil decidir viver quando a
vida oferece todas as oportunidades. Quando se está cercada por um ambiente
saudável, com muito amor. Mas o que fazer se a base de sua vida desmorona e
você já não tem idéia de como fará para viver?
Num instante Mia
está no carro com seus pais e irmão, no seguinte está na rua tentando entender
como se deu aquela transição. Não demora para que perceba o acidente ao seu
redor, nem para que saiba que perdeu alguém. Enquanto procura desvendar o que
realmente está acontecendo, ela observa o presente, relembra o passado e
imagina o futuro.
Acompanhei a viagem
atemporal e conheci esta garota, sua família, seus amigos, sua paixão pela
música e pelo namorado. O peso das perdas e o impacto do acidente em sua vida
atingem picos de uma dor aguda e desnorteante, daqueles que talvez fosse melhor
não querer sentir. Por outro lado, existem coisas pelas quais talvez valha a
pena suportar a dor, para as quais se possa dedicar uma vida, algum novo tipo
de vida. Quem sabe? É uma aposta... mas a vida não é sempre isso?
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