segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

The Infernal Devices – Book Three – As Peças Infernais – Clockwork Princess – Princesa Mecânica – Cassandra Clare

Sinopse: Tessa está envolvida nos preparativos de seu casamento, mas os planos de Mortmain ainda estão em andamento e devem fazer de tudo para atrapalhar. Enquanto Jem luta pela vida, Will luta contra os sentimentos que podem destruir aqueles que mais ama.

Qualificação: Excelente!!

Resenha: Fechando uma trilogia com chave de ouro!!! *-*

CUIDADO! Se você não quer saber alguns desfechos logo de cara, sugiro que evite a tentadora árvore genealógica que salta aos olhos logo que você pega o livro. Sim, vai ser bem difícil ignorá-la, mas se não o fizer já saiba de antemão que estará antecipando uma porção de coisas do volume.

Eu sou dessas que não conseguiu resistir e trago um pouco dessa experiência sem entrar em muitos detalhes do livro em si (pelo menos na primeira parte deste texto). Assim, espero ajudar você a tomar uma decisão quanto ao tipo de leitura vai preferir usufruir.

Saber o que iria acontecer tirou parte do suspense e das surpresas do volume. Lembrava do que havia visto e meu coração seguia calmo sob passagens turbulentas. Sim, perdeu em emoção, mas não tirou o mérito da trama, nem meu desejo de conhecer cada detalhe do caminho.

O livro segue no ritmo e estilo dos volumes anteriores. A trilogia forma um conjunto coeso, bem escrito, muito mais elaborado do que a série original. O clima de época, a ambientação inglesa e as diversas referências literárias dão um charme a mais, simplesmente irresistível!

A conclusão do prequel foi precisa. Voltamos no tempo para tomar ciência de uma série intrigante de eventos que se relacionam dieta ou indiretamente com tudo que vivenciamos no presente. Sim, os sobrenomes conhecidos não estão ali por acaso, eles constituem a ascendência dos personagens americanos, além de conter indicativos interessantes de possíveis eventos futuros.

A curiosidade pode ter sido o primeiro motivo a atrair atenção para a obra, mas certamente fiquei encantada com o romance, a narrativa, a mitologia, que sempre trás novidades e incrementa os elementos apresentados pela saga. Aqui não foi diferente. As peças infernais têm seu próprio espaço na mitologia introduzindo um conceito de inteligência artificial inovador para a época, sem que isso deixe de se relacionar com o conceito e os interesses centrais dos Caçadores de Sombras.

SPOILERS!!!!

Foi tão perfeito!! Adoro o fato de que Tessa conseguiu viver seus dois amores!!! Também me apaixonei pelos dois garotos e, cada passo em direção a um, deixava uma dor em relação ao outro. Surtei muitoooo!!!! E depois de 130 anos... Tessa e Jem ainda vivem!!!!! OMG! Será que vão aparecer na outra série?

Bem, como havia comentado, ver a árvore genealógica e esmiuçá-la de cara me deu a certeza de vários acontecimentos. Soube que Tessa e Will terminariam juntos, com direito a filhos, cuja descendência chegaria a Jace Herondale. Da mesma forma, antecipei a relação entre Gabriel e Cecily, antes mesmo que qualquer coisa estivesse se passando entre eles, sabendo que Alex, Isabelle e Max seriam frutos deste relacionamento. Estas, entre outras coisas, apenas sentei e acompanhei o desenrolar. Nem mesmo levei a sério a possibilidade de que Gabriel acabasse se revelando um traidor, pois Cecily não perdoaria algo desse tipo.

Logicamente fiquei intrigada com o fato de que Tessa e Jem não tinham uma data de morte. No caso dela foi fácil entender porque, afinal, já sabia que se tratava de uma feiticeira imortal, mas no caso de Jem fiquei curiosa sobre o possível desfecho. Não antecipei que ele se tornaria um irmão do silêncio, muito menos que deixaria a Cidade dos Ossos, curado, tantos anos depois. Agora que acabei de ler não posso deixar de imaginar se eles não virão a tomar parte nas próximas aventuras de Jace & Cia. Me pergunto se ele não veio interferindo como Irmão Zachariah esse tempo todo! Também fiquei intrigada com a presença de Emma Castairs na ponta atual da descendência do tio de Jem. Alguém importante vindo por ai?

O livro começa com o drama envolvendo a família Starkweather. Já imaginava que o estilo de vida deste Caçador em especial havia sido responsável pela revolta de Mortmaim. Ainda assim, foi tudo bem conduzido à interessante revelação sobre o verdadeiro passado envolvendo Tessa/Adele e sua peculiar condição. Acho fofo como no final ela e Jem possuíam a mesma mistura de anjos e demônios no sangue. De certa forma, a imprevisibilidade deste final, com Tessa e Jem juntos, me fez amar ainda mais o casal. Não havia percebido o quanto torcia por eles até que Will teve seu happy end e partiu, deixando seu legado.

“Você me acendeu, montes de cinzas que sou, e me transformou em fogo.”

Claro, Will era o numero um no meu coração! Foi ele quem apareceu na casa das bruxas para salvar a donzela em perigo, foi ele quem sofreu calado a falsa maldição que não lhe permitia amar e ser amado, foi ele quem se atirou sobre Tessa salvando-a dos destroços da explosão, foi ele quem conseguiu traduzir em palavras perfeitas os sentimentos imperfeitos de amor. Depois de tudo, sua vida foi linda, perfeita, exceto pelo detalhe de que enquanto ele perdia as forças Tessa permanecia a mesma, imutável, sobrevivendo a ele. Muitooo tensoooo!!!! De qualquer forma, impossível não se encantar por ele, nem Magnus foi imune ao seu charme.

Por falar em Magnus, ele certamente ainda possui alguma conexão com Tessa e Jem. Claro, ainda acho estranho que eles não tenham aparecido até agora, mas está valendo. Se apenas neste momento as peças foram dispostas, que possamos utilizá-las daqui em diante. De fato, espero que este final se conecte definitivamente com a série do presente e ficarei na expectativa, me frustrando um pouco se não vier a ocorrer.

Sempre pareceu estranho que o Cônsul apoiasse plenamente Charlotte na liderança do Instituto e este livro veio dar sentido à situação apresentada até aqui. Charlotte provou ser muito mais capaz do que se esperaria dela, portanto um empecilho aos interesses do Cônsul que esperava submissão. Lógico que a Clave seria um entrave, atrapalhando mais que colaborando, mas a forma controversa como aconteceu foi fantástica!

No instante em que Mortmain revelou que sua vida estava ligada aos autômatos demoníacos, acreditei que sua morte seria a única maneira de parar o exército. Lógico que não seria fácil chegar até ele, mas seria a abordagem mais viável diante dos números e do poder destrutivo das criaturas. 

Foi tão supermegapower quando Tessa virou o anjo!!!! Ela ficava tanto tempo sem se transformar que eu até esquecia da habilidade! Entretanto... mesmo lembrando era difícil imaginar que a menina faria este tipo de jogada! Foi muito lindinho quando o anjo se revelou como seu protetor e muito digno que tenha guardado sua vida até o ultimo momento. O mais interessante mesmo foi ver o anjo exercendo seu poder contra os demônios. Gostei muito que o anjo mecânico estivesse ligado a um anjo mesmo e não a um demônio. Me lembrou ainda mais Valentine e tantas coisas subsequentes!

De toda essa passagem com o anjo, só não entendi muito bem qual foi o propósito daquela marca que ele deixa em Will. Parecia haver algum significado maior que me escapou. Até Magnus fez aquela cara de quem entendeu, mas eu não entendi, não captei, me passei, não sei!

Sabia que Henry ainda seria o responsável por alguma invenção incrível!! O portal! Fiquei de cara!!!!!!!!! Uma das coisas mais úteis EVER! Que agonia naquele momento em que ele ativa os autômatos e quase morre! Perder o movimento das pernas não vai detê-lo, apenas fará com que permaneça no Instituto, dedicado àquilo em que realmente é bom. Pelo menos sobreviveu para ver o bebe.

Giedeon e Sophia foi outro spoiler. Ninguém duvidava que ela fosse sobreviver ao cálice e se tornar uma caçadora. Foi uma relação bonitinha, mas bem previsível.

Quando Jem se transforma no Irmão Zachariah fiquei tão espantada quanto todo mundo!! Que dizer então quando ele aparece curado e disposto a viver seu grande amor?? Foi muito lindo!!! E se Will possuía o dom das palavras, Jem possuía sua música, seu violino que tocava a alma e revelava todo seu sentimento. Como não amar??

PS: Até eu queria dar um beijo em Brigitte defendendo Henry e Charlotte! Compensou as cantorias!! (Por sinal, ri muito com elas!)

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