quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Death Note – Parte 01 – Mangá - Tsugumi Ohba – Yuuko Asami – Takeshi Obat

Sinopse: Raito Yagami logo descobre que o poder descrito no caderno que encontrou é real. Então decide mudar o mundo exterminando todos os criminosos. Ryuuku vai encontrar mais diversão do que poderia imaginar ao deixar o caderno perdido no mundo dos humanos, pois nem todos irão aceitar naturalmente essa onda de assassinatos e uma batalha está prestes a animar ainda mais as coisas.

Qualificação: Excelente!!!

Resenha: Gostei tanto, mas TANTO, que precisei trazer esta crocância para o blog! Sério!!! Se você ainda não leu, super recomendo! Eu sei que também existe a versão anime, mas não é a mesma coisa! Deixa de preconceito e venha se apaixonar também!

Mangá???!!!! De onde veio isso? Por que estamos tocando neste assunto agora?? Pensei uma porção de motivos para não incluir esta leitura aqui, mas foi impossível deixar uma experiência de tal cremosidade sem uma palavrinha amiga. Até a forma de apresentar e contextualizar teve que ser repensada. Como dar créditos aos autores roteiristas e desconsiderar o artista gráfico? Fiquei apaixonada pelos traços, pela caracterização, eles influenciaram muito na minha percepção da obra, então, nada mais justo que dar nome aos bois!

Sendo ainda mais justa, falarei que minha amiga Lu desempenhou um papel fundamental aqui: colocou um lindo exemplar nas minhas mãos e, apesar das recomendações normais de um leitor que se preze, não exerceu qualquer pressão a mais. O bonito é uma obra de arte! Sem nem mesmo ler já senti um certo prazer de tê-lo em mãos e poder admirar as ilustrações, sentir o cheirinho, a textura das folhas. Foi questão de quebrar a barreira das primeiras páginas para não querer mais parar.

O título é composto por um total de 12 volumes. O texto faz referência aos eventos transcorridos até o volume 07, quando encerra determinado ciclo.  Não se assuste, vão passando tão rápido que você nem se dá conta de ter lido tanto!

Folhear de trás para frente pode ser atordoante no começo, mas pessoas inteligentes como nós rapidamente darão conta do recado. Se tornará tão natural que você nem mesmo se dará conta de estar fazendo. Existe um certo charme nessa transgressão à ordem das coisas e você logo se sentirá meio subversivo, com um riso de canto ao observar as pessoas que não entendem a harmonia daquilo.

Transgressão é uma das palavras-chave no que se refere a esta obra. Um texto extremamente inteligente, que vai brincar com conceitos de certo e errado, meio e fim. O desejo de viver num mundo melhor poderia justificar uma série de assassinatos? Até onde o fim poderia justificar os meios? Existe justiça em punir crimes com a morte? Até onde o poder corrompe? Até onde vidas podem ser sacrificadas por um suposto bem maior? Essas são apenas algumas das questões que pipocam a cada momento!

Além de inteligente, o texto é ágil e repleto de reviravoltas surpreendentes. Estamos diante de um gênio e não poderia deixar de ser alguém igualmente fascinante aquele que vai jogar à altura. No entanto, a caça não se limita a jogadas isoladas e solitárias. Quando menos se espera os oponentes estão se medindo e desafiando espetacularmente.

O mangá ainda explora a mitologia do Shinigani, trazendo personagens literalmente de outro mundo para enriquecer ainda mais a trama. Ryuuku não é somente um ser mitológico que dá o pontapé inicial deixando o livro para ser encontrado por um humano. Ele participa ativamente, trazendo novos elementos, fazendo ponderações, interagindo e se divertindo com as confusões causadas.

Não sei quais questões norteiam sua moral, mas te desafio a não ficar minimamente reflexivo com os argumentos de Raito e L, que de lados opostos defendem seu próprio ideal de mundo.


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