Sinopse: Alice tem 29 anos, é
apaixonada pelo marido e está grávida de 14 semanas do seu primeiro filho. Ao
menos isso é tudo o que ela se lembra após um acidente que apagou a memória de
seus últimos 10 anos. As coisas mudaram bastante e agora ela terá que construir
seu futuro apagando os erros de um passado que sequer se lembra ter existido.
Qualificação: Ótimo!!
Resenha: Fiquei surpresa ao me pegar
não somente gostando do livro, mas extremamente cativada por ele.
Estava
procurando algo diferente das últimas leituras e dei de cara com este título.
Comecei a ler sem muita expectativa, vendo a trama ganhar contornos, e fui me
apegando, sem vontade de parar até saber o desfecho de tudo.
A reflexão sob
a perspectiva de Alice é muito interessante de acompanhar. Ela volta a um tempo
em que suas expectativas de futuro não condizem com a realidade e ela não faz a
menor idéia de como tudo acabou tão diferente. Suas escolhas não parecem fazer
o menor sentido e as pessoas ao seu redor também não. Como a gente é capaz de
se tornar justamente aquilo que não desejamos?
É bem verdade
que não temos controle sobre todas as coisas, algumas delas simplesmente nos
empurram para um novo caminho. Assim, gradualmente ela foi absorvendo e se
moldando até que as grandes transformações se solidificaram. Sem contar a falta
de comunicação entre as pessoas criando barreiras sobre assuntos que deveriam
ser compartilhados, esclarecidos e bem resolvidos.
Sem ter a
menor ideia de como está sua relação com as pessoas, ela segue se surpreendendo
com as descobertas e tecendo análises sobre tudo que acontece ou aconteceu.
Também tenta descobrir a verdade sobre assuntos que somente ela poderia ter
conhecimento, tirando conclusões que nem sempre estão corretas. Como uma pessoa
de fora para qual se pede uma opinião, Alice tem a capacidade de analisar com
maior objetividade e frieza sua própria vida, chegando a conclusões diferentes
daquelas esperadas por quem a cerca.
Existem alguns
exageros, mas não me prendi a eles, pois não achei que prejudicaram em nada. A
narrativa é bem divertida de acompanhar e, além da visão de Alice, somos
contemplados com o ponto de vista de sua irmã Elisabeth (que escreve para o
terapeuta) e sua bisavó Frannie (que divide seu cotidiano num blog). Logo
percebemos que o novo estado de Alice promete mexer com todos ao seu redor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário