domingo, 19 de janeiro de 2014

What Alice Forgot? – As Lembranças de Alice – Liane Moriarty

Sinopse: Alice tem 29 anos, é apaixonada pelo marido e está grávida de 14 semanas do seu primeiro filho. Ao menos isso é tudo o que ela se lembra após um acidente que apagou a memória de seus últimos 10 anos. As coisas mudaram bastante e agora ela terá que construir seu futuro apagando os erros de um passado que sequer se lembra ter existido.

Qualificação: Ótimo!!

Resenha: Fiquei surpresa ao me pegar não somente gostando do livro, mas extremamente cativada por ele.

Estava procurando algo diferente das últimas leituras e dei de cara com este título. Comecei a ler sem muita expectativa, vendo a trama ganhar contornos, e fui me apegando, sem vontade de parar até saber o desfecho de tudo.

A reflexão sob a perspectiva de Alice é muito interessante de acompanhar. Ela volta a um tempo em que suas expectativas de futuro não condizem com a realidade e ela não faz a menor idéia de como tudo acabou tão diferente. Suas escolhas não parecem fazer o menor sentido e as pessoas ao seu redor também não. Como a gente é capaz de se tornar justamente aquilo que não desejamos?

É bem verdade que não temos controle sobre todas as coisas, algumas delas simplesmente nos empurram para um novo caminho. Assim, gradualmente ela foi absorvendo e se moldando até que as grandes transformações se solidificaram. Sem contar a falta de comunicação entre as pessoas criando barreiras sobre assuntos que deveriam ser compartilhados, esclarecidos e bem resolvidos.

Sem ter a menor ideia de como está sua relação com as pessoas, ela segue se surpreendendo com as descobertas e tecendo análises sobre tudo que acontece ou aconteceu. Também tenta descobrir a verdade sobre assuntos que somente ela poderia ter conhecimento, tirando conclusões que nem sempre estão corretas. Como uma pessoa de fora para qual se pede uma opinião, Alice tem a capacidade de analisar com maior objetividade e frieza sua própria vida, chegando a conclusões diferentes daquelas esperadas por quem a cerca.

Existem alguns exageros, mas não me prendi a eles, pois não achei que prejudicaram em nada. A narrativa é bem divertida de acompanhar e, além da visão de Alice, somos contemplados com o ponto de vista de sua irmã Elisabeth (que escreve para o terapeuta) e sua bisavó Frannie (que divide seu cotidiano num blog). Logo percebemos que o novo estado de Alice promete mexer com todos ao seu redor.


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