Sinopse: Sophia é uma Leanan Sídhe, uma
fada-amante, considerada musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e
inspirar uma pessoa a escrever um best-seller ou criar uma canção para se
tornar um hit mundial, mas cobra um pequeno preço no processo...
Qualificação: Bom.
Resenha: Na maior parte do tempo achei boring, mas tem bons momentos
também!!! Demorei muito mais do que esperava na leitura deste livro, pois de alguma
maneira ele impõe uma marcha lenta e arrastada que foi difícil de manter (com
destaque para os instantes de quase cochilo involuntário).
“É tão estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser, quando me lembro de você
Que acabou indo embora, cedo demais.”
Love in the Afternoon - Legião Urbana
Quantos jovens
talentos passam pela terra feito cometas, brilhando ao extremo e sumindo
rapidamente? Em meio a esse tipo de questionamentos surge o mito da Leanan
Sídhe, uma fada que se alimenta da alma daqueles com talentos extraordinários,
antes imortalizando-os em sua expressão artística.
Minha primeira
decepção foi constatar que Sophia não era uma Leanan autêntica. A personagem
sempre foi estranha e cheia de “mimimi” a cerca de sua natureza, o que não me
permitiu usufruir da personalidade sexy e voluntariosa comum a esse tipo de
fada, nem me entusiasmar com seu drama e descobertas ao longo do caminho. Ao
invés de redenção foi meio como se ela nunca tivesse merecido nada de ruim (tédio
traduz?).
É basicamente
uma história de amor, daqueles melosos e chatos de acompanhar (isso está sendo
dito por alguém que já consumiu inúmeros volumes de romance barato do tipo “Júlia”
e “Sabrina”, portanto AMA romances bobos e previsíveis, tenha isso em mente!).
Diria até que se trata mais de um drama do que um romance.
A narrativa,
embora assuma o ponto de vista dos personagens, é muito fria e impessoal. O
poder de sedução, o frio na barriga (único lugar que se fazia necessário) não
me foram transmitidos, nem mesmo nas cenas mais “tórridas” vividas pelo casal.
Apesar disso, é bem escrito, desenvolve a história com coerência e
originalidade, além de trazer inúmeras referências que enriquecem toda a obra.
Algumas coisas
usadas na composição do livro atraíram mais a minha atenção do que a história
propriamente dita, uma delas foi a trilha sonora sugerida. É um detalhe à parte,
não somente por se relacionar perfeitamente com os acontecimentos, mas por dar
o clima adequado a cada capítulo. A trilha completa o livro e eu sugiro
fortemente que a use para manter o interesse e foco na leitura. Se tiver
dificuldade de ouvir a música enquanto lê, dê uma pausa ao final de cada
capítulo e busque as músicas de referência (caso não as conheça, lógico!).
Fazer isso dá uma mexida interessante nos sentidos.
Outro ponto positivo
e divertido foi identificar os artistas que a autora usa como referência para
os diversos amantes que passaram pela vida de Sophia. No começo achei que
estava imaginando coisas. Depois me entreguei à brincadeira e comecei a dar
palpites, embora alguns sejam impossíveis de errar.
SPOILERS!!
A parte que mais gostei foi o
Sonhar, quando William vai ao resgate de Sophia, porque mostrou algo inesperado
e tirou o rapaz da posição de coitado conformado e indefeso, construída ao
longo de todo o texto. A partir daí a coisa toda ganhou muitos pontos comigo, porque
no final das contas a força e a solução acabaram vindo dele, o mortal “inútil”,
quando se esperava que fosse da parte dela.
PS: Na minha
caçada aos famosos, relacionei pelo menos Jonathan James (o hacker), Michael
Jackson, Heath Ledger e Brandon Lee. Lembraram de mais alguém ai??
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