sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Trilogia Irmãs Wherlocke - A Vidente – Hannah Howell

Sinopse: Na Inglaterra georgiana, Chloe Wherlocke possui o dom da visão. Ao salvar uma criança da morte, ela envolve toda sua família num perigoso jogo de traições, mentiras e assassinatos e se vê cada vez mais atraída pelo conde Julian Kenwood, o pai da criança.

Qualificação: Ruim.

Resenha: Este livro não conseguiu me empolgar, surpreender ou emocionar. Basicamente um romance, relativamente picante, ambientado no século XVIII. Outros volumes? fora!

Comecei a leitura com toda boa vontade de sempre, mas logo tudo que eu queria era que terminasse de uma vez. A proposta envolve assassinatos, traições, jogos de poder, dando a falsa impressão de que uma trama complexa está em andamento. Por esta razão, fiquei ainda mais desapontada ao constatar que não era nada daquilo e ao final tudo que consegui enxergar foi um pano de fundo para um romance dos mais óbvios.

Tudo é muito fácil e não há espaço para surpresas ou reviravoltas. Minha inteligência foi subestimada várias vezes somente porque ousei esperar algo mais do que estava sendo oferecido. Talvez o meu erro tenha sido não saber de antemão do que se tratava, pois sou capaz de aproveitar um romance quando me proponho a ler um, sem maiores expectativas.

Guiada por uma visão, Chloe salva a vida de um bebê abandonado para morrer. Ciente da identidade da criança, ela envolve seus próprios familiares numa intrincada rede de guarda e proteção à família de origem da pequenina, visando salvaguardar a herança e posição social da mesma.

SPOILERS!!

O conde aceita tudo muito facilmente e nem mesmo desconfia dos interesses de Chloe, afinal, ela poderia estar tão interessada no título e nos bens quanto qualquer um e sua história poderia ser muito bem forjada. Aliás, não somente ele, mas sua mãe e tantos outros, que podem ser rapidamente catalogados em “bom” ou “mal” sem chance de erro. Personagens totalmente rasos, simplórios.

Todo desenvolvimento mais aproveitável gira em torno do romance e dos sentimentos controversos que suscita no casal. Ainda assim, era muito estranho perceber que os momentos de intimidade e sexo vividos entre eles merecessem mais espaço e detalhamento do que boa parte dos problemas que os cercavam. Foi por aí que finalmente concluí se tratar de um romance, sendo todo o resto apenas acessório e parei de procurar explicações para tudo.

Sir Arthur deveria ser um personagem fio, calculista e tão astuto a ponto de não deixar rastros concretos sobre seus crimes, mas logo a incapacidade de manter esta proposta descamba para a apresentação de atos de loucura e torpeza desprovidos de cautela e inteligência incompatíveis com o que era esperado dele, difíceis de aceitar.

Por mais que o primo Leo tenha se deparado com Arthur como um problema de Estado dentro de suas atividades, é um pouco difícil aceitar que todos seus familiares estivessem tão comprometidos com a segurança do conde. É tudo muito simples e conveniente. Além disso, para uma família discriminada por rumores eles não enfrentam nenhum preconceito ou dificuldade que valha a pena mencionar, no mínimo estranho, não?

Para que gostou e deseja prosseguir na leitura, seguem-se a este livro os volumes "A Sensitiva" e "A Intuitiva".



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