Sinopse: A paixão de Zin pela dança
cativou Nicole desde o início. Tudo que ela deseja é estar com ele, mas ele
guarda um antigo segredo que pode virar seu mundo de ponta cabeça.
Qualificação: Regular.
Resenha: No começo achei que estava se
desenhando uma grande porcaria que eu iria odiar, mas não é que fiquei curiosa
e ele acabou melhorando?
A narrativa
segue pobre, direta, com frases curtas, muitos diálogos e forma simplista,
portanto não é minha favorita (sim, sempre menciono isso quando acontece). Não
prima pela descrição intuitiva, não emite um olhar poético, nem contemplativo, apenas
diz o que quer dizer.
Não estava
familiarizada também com essa mitologia, ponto que mais despertou o meu
interesse e sustentou o livro evitando um desastre fenomenal. Proporciona
alguns questionamentos sobre a existência de alma e chama atenção para o fato
de que existe todo um universo desconhecido entre os mitos e fábulas do oriente
(se daqui ainda encontro novidade, imagina de lá?!).
Nicole é uma
garota marrenta, que faz parte de um grupo de dança de rua, estuda e trabalha
como garçonete. Seus melhores amigos são os garotos do grupo, com quem passa
boa parte do tempo treinando e falando sobre competições. Sua paixão pela dança
também faz com que se apaixone por um cara extremamente misterioso, que é o líder
do grupo. Ela ainda precisa administrar a relação com a família em conflito por
causa do seu irmão, que é viciado em drogas.
SPOILERS!!!
Não sei o que
pensar sobre esse final. Havia mesmo uma chance ali, ou no fim ele acabou
morrendo? O livro vai ter continuação? Tem toda pinta, com a divisão do grupo e
tudo o mais. Ainda não descobri, mas também não chega a estressar.
Tive a
sensação de que o livro estava num certo ritmo e começou a acelerar no final
vomitando uma porção de informações novas e decisivas. Foi como se estivesse
focado no romance até a história chegar num ponto em que a mitologia precisava
de elementos para poder prosseguir. Uma pena porque a mitologia poderia ter
caminhado mais em paralelo, contribuindo muito com o desenvolvimento da trama
geral.
Um buraco na
alma. Essa expressão é muito usada para tentar explicar sentimentos profundos e
insondáveis de vazio. O livro torna literal algo figurativo e constrói uma
relação de causa e efeito entre as duas formas. Gostei da abordagem, da idéia
apresentada e as implicações sugeridas, mas teria apreciado mais se a narrativa
fosse melhor trabalhada.
Fica um
tantinho asqueroso o romance quando colocado nos devidos termos, né não? Que
tal namorar com um cadáver ressuscitado sugador de alma?!
Por fim, fica
a pergunta de um milhão de dólares para nossa reflexão:
“Qual a alternativa para alma danificada?”
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