segunda-feira, 10 de setembro de 2012

The Mortal Instruments 4 – Os Instrumentos Mortais– City of Fallen Angels – Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare


Sinopse: Caçadores de Sombra estão sendo assassinados, todos eles antigos membros do grupo de Valentine, provocando sérias hostilidades políticas. Vampiros em guerra disputam Simon, que tenta levar uma vida normal. Clary e Jace guardam um segredo com consequências imprevisíveis.

Qualificação: Ótimo!!

Resenha: Considero trilogias as formas mais perfeitas de apresentar uma saga e entro no quarto volume sempre cheia de desconfiança. Assim, é uma grata surpresa que eu realmente tenha gostado desta sequencia e queira ficar a par dos desdobramentos futuros, embora deseje também que a série conclua e todos possam viver um final feliz (ou não!) definitivo. De qualquer maneira, sei que ainda temos 2 volumes na linha de produção e espero que uma hexalogia satisfaça a necessidade de Cassandra de modo que ela nos entregue uma conclusão.

No volume anterior um ciclo se fechou com a morte de Valentine, o que foi um alívio, pois estava se tornando cansativo. A trama prossegue e ainda existe relação com tudo que aconteceu, o livro continua basicamente do ponto em que está, mas também existe uma certa novidade no rumo das coisas.

O centro das atenções agora é Simon e sua vida vampiresca, com toda estranheza e particularidade de suas condições, que o fazem único, especial e cobiçado. O mais interessante de acompanhar foi a reflexão sobre imortalidade. Ele ainda consegue levar uma vida aproximada daquela que tinha enquanto humano, mas logo é confrontado com uma realidade latente: em poucos anos não poderá mais esconder a permanência de suas características físicas, nem deter o envelhecimento e morte daqueles que o cercam. O futuro reserva um lado sombrio e solitário para um vampiro que não constituir laços com outros da sua espécie.

A mesma discussão permeia a relação de Magnus e Alec. Depois de enfrentar seus próprios medos, Alec percebe que será como um cometa passando na vida de Magnus, como tantos outros antes dele, sem poder fazer nada para impedir.

O casamento de Luke e Jocelyn se aproxima e estão todos envolvidos nos preparativos. Entre um compromisso e outro, Jace e Clary investem em treinamento, enquanto Simon não sabe o que fazer com as duas namoradas que arrumou. Como os demônios não respeitam essas convenções, continuam articulando seus planos e complicando a vida de todo mundo.

SPOILERS!!


Este livro não é nada daquilo que eu esperava. Achei que depois do aparecimento de Raziel no volume anterior, os anjos fossem participar mais ativamente de todo o drama terrestre e desenvolver uma mitologia própria. Ou então que Clary e Jace se tornassem anjos, ou fossem parar numa espécie de cidade de anjos mesmo. Só fico cogitando se o nome tem relação com os bebês de Lilith, pois foi a única conexão que consegui fazer.

Final macabro, hein??!!! Sebastian levantando do seu esquife de vidro ao melhor estilo Snow White todo trabalhado na posse do irmãozinho, só que não, Jace. Haja drama quando o povo descobrir!! Tudo porque Clary se sentiu tão egoísta por desejá-lo que foi incapaz de confessar aos outros.

E quem é esse Simon de jaqueta de couro saindo com Isabelle e Maia ao mesmo tempo? Este é o primeiro susto que a gente leva enquanto se dá conta de que aquele nerd tímido que precisava de proteção mudou muito e não tem nada a temer. Como se não fosse suficiente ter se tornado vampiro e poder desfilar sob a luz do sol, tem uma marca que o protege de qualquer intenção maligna.

Clary não está sozinha na sensação de vulnerabilidade referente à Simon. Por três volumes acompanhamos o coitado sofrer intensamente nas mais variadas situações e nos acostumamos a ter medo quando ele se torna alvo de alguém. Esse volume foi desconstruindo isso aos poucos, a cada confronto, quando a marca exercia seu poder vingador e ele saia da situação mais fortalecido diante de inimigos cada vez mais poderosos.

Mesmo a trapalhada amorosa de Simon foi bem construída. As coisas começaram inocentes e ele logo estava numa situação que nunca imaginou estar e sem saber como resolver. No fim, estava relativamente certo sobre o tipo de relação que vivia com ambas, elas só ficaram realmente irritadas porque se conheciam.

Camille ainda é um mistério mal resolvido e sua rixa com Raphael promete novos rounds de uma luta épica entre os vampiros. Engraçado como as crianças da noite sempre ficaram um pouco à parte, com interesse mais voltado para suas questões internas. De qualquer forma, fiquei curiosa sobre a promessa que ela fez a Alec e imagino que a “lôra” volte para cumprir.

A Rainha Seliee continua ansiosa para oferecer uma barganha a Clary. Uma vez que Merlion conseguiu a cadeira no conselho fica bastante evidente que ela tem um interesse especial no futuro de Clary. O que percebo é que quanto mais Clary resiste em fazer o acordo, maior deverá ser o preço a pagar. Achei que ela tocaria o sininho para ser salva de Lilith, mas a garota nem lembrou do objeto, que ainda deve dizer a que veio.

Quem diria que estávamos prestes a conhecer Lilith? Talvez um conhecedor de mitologias como Alec tenha matado a charada logo que Taltos foi mencionada, mas a “leiga eu aqui” demorou um pouco para juntar as informações. A personagem me lembrou Trinity de Matrix e confesso que ela é uma daquelas vilãs totalmente bitch que a gente ama odiar. Vibrei especialmente com a cara que ela fez ao perceber que chicoteou Simon!!!

Esperava a volta de Sebastian desde que foi comentado que o corpo dele não havia sido encontrado no rio depois da batalha. No entanto, não contava que ele realmente estivesse morto, nem com uma mamãe empenhada em trazê-lo de volta. Menos ainda que o desejo de Clary, trazendo Jace de volta desempenhasse um papel fundamental em tudo.

Não tem jeito, depois do terceiro volume tem algumas coisas que começam a soar cansativas e, por mais que toda a coisa tenha sido intrigante e convincente, estou chegando aqui numa impaciência com o romance de Jace e Clary.  Eles podiam se acertar, pelo menos viver na deles por um volume inteiro, e ceder espaço para Maia e Jordan, Isabelle e Simon, mesmo Alec e Magnus.

Por fim, não sei se dormi no ponto, mas este volume não trouxe um instrumento mortal para chamar de seu...

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