Sinopse: Lilly está prestes a renunciar
ao trono quando recebe seu último dever real: fazer Doe perder o ódio pelos
humanos. Como se concentrar nas provas com Doe preocupantemente flertando com
Brody? Para completar, Terllin retorna do seu passado trazendo à tona dúvidas
que ela preferia não encarar...
Qualificação: Bom!
Resenha: Depois de um volume focado na
busca do amor, está na hora de visitar o outro lado da vida de Lilly e entender
tudo aquilo que ela está deixando para trás. Continua sendo bastante
previsível, mas não é nenhum sacrifício prosseguir na leitura, ainda mais
porque já estamos familiarizados com os personagens e dispostos a conhecer
mais.
Quando o
volume anterior terminou, lembro de pensar que a decisão de abandonar as
pretensões ao trono havia sido muito simples e Lilly demonstrava estar
despreparada desde sempre para assumir o reino. Assim, foi natural ver o
enfoque passar justamente para as questões políticas e pessoais envolvidas no
assunto.
Outra coisa
evidente era a dificuldade de Lilly para se adaptar à vida na terra. Sempre
ficou muito claro que ela passava um dobrado com os estudos e agora que seu
futuro poderia depender disso, não seria coerente que tudo mudasse num piscar
de olhos.
A falta de
crédito que Lilly dá a si mesma, nos passa a sensação de que ela não tem
qualquer talento, e que nem mesmo é bonita, mas não poderia ser realmente
assim, certo?
As qualidades
de Lilly vêm à tona principalmente pelo olhar ou comportamento de terceiros. Foram
necessários vários personagens interagindo e evidenciando aspectos positivos
para que pudéssemos formar um quadro mais fiel e completo. Estes personagens
também têm contribuído para fazer florescer toda semente que lá estava até que enxergamos
uma princesa triste por não poder mais exercer tudo para o qual se preparou ao longo
dos anos, porém disposta a viver seu amor acima de qualquer outra coisa.
SPOILERS!!!
Uma das coisas
que surge logo de cara é a esperança de Lilly para solucionar a situação de
Quince em relação a seu mundo Mer.
Ela deseja que ele tenha magia própria e eu acredito que as coisas possam
caminhar neste sentido. O personagem tem sido fundamental no crescimento e
suporte a Lilly e um passo já foi dado, com a descoberta das runas mágicas que
lhe permitem voltar a respirar sob as águas.
Quando Terllin
aparece todo revestido por sentimentos de afeto antigos, cheio de músculos e
fogo na cor dos cabelos, foi como um enorme painel luminoso sinalizando
problemas à frente. No fim, nem foi tanto quanto esperava dele, mas deu um
caldinho, pelo menos deixou as três mais novas vilãs (suponho) roxinhas de
inveja.
Eita moça
gulosa, entre o amor e o dever, ela escolheu... tudo!! A decisão foi
consciente, mas será que a criação de um vínculo entre Lilly e Terllin não vai
criar um maremoto emocional nessa trama toda? Já conhecemos o poder do vínculo
mágico e eu espero grandes desafios, ou ficarei desapontada.
Falando nisso,
Doe e Brody resolveram tudo tão rapidinho que me desapontou. Sei que o enfoque
na ligação havia sido dada no volume anterior, mas as coisas se resolveram tão
fácil depois da explosão de Doe! Esperava que o cara tivesse que provar seu
valor, Quince se desdobrou muito mais, eu devia saber que Doe era muito mais
fácil!
Abrindo um
parêntese sobre Doe, quando ela chega testando todos os limites só da vontade
de mandar a guria pegar a pista, não? Ela chega para infernizar, mas no final tive
a sensação de que ela tem um grande potencial e, por um tempo, achei que isso a
direcionava ao governo do reino. Não foi sem motivo que ela demonstrava maior
aptidão para os estudos, mas relembrando aqui talvez o caminho dela seja o de
galgar uma formação terrena que lhe capacite ajudar da maneira que Lilly
pensava que poderia fazer.
Já estava
pensando o quanto era absurdo Lilly esquecer duas vezes da entrevista (sendo
que eu ficava me perguntando desde a primeira vez porque ela não comentava, se
havia algum furo na história), quando surgiu aquele arremedo de desculpa sobre
uma peça pregada pelo seu subconsciente. Explicou, mas não me convenceu (#MUXOXOAQUI!).
Grandes
mudanças à vista? Para onde estamos nos encaminhando? Sinto que as novidades
poderão incluir sim a revelação ao mundo sobre a existência do povo submerso.
Existem dois prováveis caminhos para a sequência: a coexistência ou uma
experiência ruim em pequena escala seguida de manutenção do segredo. Apostaria
na primeira, mas agora é aguardar para conferir.
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