Sinopse: Lilly é metade sereia e está vivendo
entre os humanos com uma missão: conquistar o amor de Brody. Ela tem pouco
tempo, está desesperada e sem muitas opções, assim, resolve aceitar a ajuda de
Quince, mas acaba se metendo numa confusão do tamanho de um Tsunami.
Qualificação: Bom.
Resenha: Um livrinho leve, despretensioso,
divertido e bastante previsível. Bom para relaxar e passar uns momentos agradáveis. Gosto de ler algo assim depois de estar muitos dias mergulhada numa trama mais complexa.
Para uma sereia,
Lilly não tem muita consciência de seus encantos. Confesso esperava uma sereia sensual,
com poderes e encantos especiais que pudessem enriquecer mais a história. Ela é
insegura, tímida e tenta se ajustar à escola como qualquer adolescente, o que nos
entrega um começo bem comum e previsível, que não exigiu nenhum esforço para
acompanhar. Sabe aqueles filmes que você assiste à tarde, jogado no sofá? Bem
por aí.
A linguagem
não tem muitos rodeios, a construção do contexto é bem genérica, mas de maneira
geral a narrativa é fluida, simples e fácil, especialmente na parte inicial.
Tudo segue num
esqueminha básico de romance adolescente até descobrirmos que o beijo de Quince
desencadeou um processo mágico e eles se vêem obrigados a lidar com uma
situação inesperada para ambos. A partir daí os acontecimentos ficam um
tiquinho mais originais, pois somos transportados para o mundo e os costumes de
Thalassina.
O livro entra
numa etapa em que a mitologia se desenvolve e passa a nortear as ações. Nesse
aspecto, não sabemos de que maneira os fatos irão se desenrolar, mesmo tendo
uma boa idéia do resultado, e é inevitável que o interesse aumente um pouco e
acabemos aproveitando ainda mais.
SPOILERS!!
“O amor é a mágica mais poderosa de todas”
Será que
alguém achou que fosse Brody chegando à biblioteca e tascando um beijo na
Lilly?? O coitado do Quince não sabia no que estava se metendo, mas recebeu
todas as novidades de forma bem positiva e encarou os desafios sem pestanejar
ou esmorecer!! E no fim, estava mais certo sobre o poder do amor do que a
sereia e todo seu pobre conhecimento a respeito de si mesma e do mundo que
estava prestes a governar.
O final me
leva a crer que foi proposital o despreparo apresentado por Lilly. Não foi
difícil perceber que a ligação precisava ser rompida para que ela descobrisse
seus sentimentos, o que representaria uma renúncia ao trono. Como ainda teremos
outros volumes da série, ela pode crescer nesse aspecto e tudo é possível no
campo da mitologia.
Super óbvio
que o grande amor de Lilly era Quince, tanto assim que todo mundo tenta evitar
desfazer a ligação mágica, mesmo assim é bem fofinho o desenrolar do romance.
Como comentei antes, esperava uma garota mais confiante, pelo menos dentro d`água,
mas a princesa não é nada disso e deixa de render umas boas brigas, ficando
numa zona mais morna, mesmo quando a irritante Dosinia entra em ação. Falando
nela, me parece agora ela passa a ser herdeira ao trono, problemas à vista? Sim
ou com certeza?
A gente logo
percebe que Brody é uma ilusão que ela insiste em ter como verdade. Por mais
que seja irritante o número de livros/filmes que abordem esse aspecto é preciso
dar o braço a torcer e admitir que seja muito comum garotas fantasiarem sobre o
primeiro amor ou mesmo focarem em alguém que nem mesmo conhecem direito. Eu sei
que os tempos têm mudado muito e talvez seja somente a minha veia romântica
incurável se manifestando, mas de outra forma não sei se teria paciência ou
mesmo aproveitaria um livrinho como este.
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