Sinopse: O Príncipe Ash aprendeu há
séculos atrás na corte Unseliee que o amor era uma fraqueza, mas foi cativado
pela garota meio humana que salvou toda Faerie da destruição Iron. Agora ela é
a rainha num reino em que ele não pode sobreviver, tendo sido banido de sua
convivência para sua própria segurança. Mas a sua determinação e o voto solene
de descobrir uma maneira de voltar, o leva a empreender uma jornada fantástica
junto com seu arquiinimigo Puck e o gato sith Grimalkin, embora ele não tenha
ideia do que está buscando.
Qualificação: Excelente!!!
Resenha: Continuo apaixonada pela série
e por Ash, que agora segue como protagonista desvendando os segredos escondidos
sob sua gélida fachada. O conto anterior ao volume já havia dado uma gostinho
daquilo que estava por vir e, embora minhas expectativas estivessem elevadas,
posso afirmar que voltei a me envolver e aproveitei bastante o reencontro com
estes bons companheiros.
Que o gelo
estava derretendo, não havia sombra de dúvida, mas não dava para imaginar
quantas emoções me aguardavam neste delicioso volume. Foi ótimo sair um pouco
do ponto de vista de Meghan novamente e ter outra visão sobre a mitologia e
todos os acontecimentos que permeiam a saga. Isso já havia acontecido no conto apresentado
por Puck e, da mesma maneira, a autora consegue traduzir a personalidade do
personagem na narrativa e conduzir sua trama cercada de elementos familiares
sob uma nova perspectiva.
Ash e seus
companheiros de aventura são do universo Fey e estão relativamente
familiarizados com a presença de seres místicos e lugares encantados, no que,
após três volumes e dois contos, me senti confortável de acompanhar sem tanto
deslumbramento, como o olhar de Meghan constantemente exige. Não quer dizer que
não teve seus momentos de grandiosidade capazes de deslumbrar mesmo a eles, mas
a abordagem foi bem diferenciada e acolhedora.
Foi
fundamental conhecer a estória sob o olhar de Ash. Acompanhar as transformações
do personagem, suas reflexões e dúvidas ao longo da jornada, conseguiu
transmitir a dimensão daquilo que estava sendo buscado. Foi possível também, fazer
uma conexão com os reinos como um todo, marcando a importância da jornada no
contexto geral, embora aparentemente estivéssemos lidando com uma busca pessoal
e passional, pouco relacionada com o futuro de Nevernever, realmente à parte.
A mitologia
continua incrível, pude me perder tecendo cenas imaginárias capazes de tirar o
fôlego e fiquei muito, muito feliz com o rumo dos acontecimentos. O final foi
lindo e digno, mas tenho a nítida sensação de que ainda voltaremos a nos
encontrar antes de encerrar esse verdadeiro caso de amor.
SPOILERS!!!
Depois de
tudo, o garoto-gelo não parece ter se tornado um humano comum (ninguém queria
isso, né?). Acredito que ele tem tudo para se transformar no oposto de Meghan,
quem sabe uma perfeita mistura entre Iron e Winter? E se isso acontecer, que
esperar então de um filho deste casal?
Me partiu um
pouco o coração que Puck tenha ficado de fora ao final, sem poder nem mesmo
adentrar ao reino Iron. Gosto demais do personagem mesmo não tendo desejado que
ele ficasse com Meghan. E, mesmo correndo o risco constante de provocar a fúria
do príncipe, ele seria uma presença divertida e bem vinda ao lado de nossos
heróis.
Gente, como
Ash é apaixonante!Ele exala uma seriedade, uma lealdade, tão profunda!! Por
esta mesma razão fiquei em choque quando Ariella volta do além toda trabalhada
nas artes mediúnicas. Tipo assim, como ele iria lidar com a volta de seu
primeiro e grande amor? Um amor perdido e reverenciado por séculos?
Não vou
mentir, cheguei a detestar a volta da garota mesmo achando que ela não teria a
menor chance de reconquistar Ash, simplesmente por fazer algo impossível como
abalar a convicção dele. Não se tratava de uma garota nova despejando charme e
sedução, mas a volta de alguém que já era detentora de sua lealdade, seu apego,
seu amor. Pior ainda, ela tinha uma justificativa contundente para permanecer
oculta todo este tempo e eu me detestei por compreender e aceitar sua posição.
Passada a
raivinha, percebi o valor contido nessa volta. A chance concreta de dar um fim
à eterna disputa com Puck e, ainda mais, a oportunidade de afastar de vez os fantasmas
do passado e libertar o coração para viver plenamente o presente e construir o
futuro ao lado de sua amada.
É
compreensível que Ash tivesse um lado negro extremamente poderoso. Sua presença
na Corte Unseliee certamente alimentaria essa força negativa, pois ele se veria
obrigado a permanecer sob os jogos da nobreza e julgo de Mab. Conhecer melhor
esse filho mais novo que precisava se defender, o apelo irresistível de Ariella
e sua inocência diante da corte, a máscara de frieza que cobria qualquer emoção,
qualquer sinal de fraqueza, foram enriquecedores, deram uma dimensão enorme ao
personagem. Mesmo que o Campo de Testes tenha feito brotar uma consciência
enlouquecedora, me recuso a acreditar que ele fosse esse ser tão insensível.
Ele tinha dúvidas e hesitou muitas vezes diante da injustiça, ele precisou se
moldar como o garoto-gelo para sobreviver em seu mundo.
Falando no
Campo dos Testes, foi uma experiência maravilhosa!!! A humanização acontecendo
em etapas. A descoberta do verdadeiro significado daquilo que ele estava
buscando foi colocada de maneira magnífica! Ao final ele sabia realmente o tipo
de escolha que precisava fazer, bem como todas as dificuldades envolvidas.
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