sexta-feira, 26 de julho de 2013

Delirium Trilogy 2 – Pandemonium – Lauren Oliver

Sinopse: Eu estou deixando de lado a memória do meu pesadelo. Deixando de lado as memórias de Alex. Deixando de lado as memórias de Hana e de minha antiga escola. Deixando, deixando, deixando... como Raven me ensinou a fazer. A vida antiga está morta. Mas a antiga Lena está morta, também. Eu a enterrei. Eu a deixei do outro lado de uma cerca, atrás de uma parede de fumaça e chamas.

Qualificação: Ótimo!!

Resenha: Lauren como é que você faz isso?? Surtada, dividida e ávida por mais. Masoquismo rules!

É muito sofrimento! Só avisando!! Mas você já sabe, não é? Junte então uma tensão constante, uma aflição. Porque depois de perder Alex, vim toda disposta a praticar o desapego, e ficava nervosa toda vez que começava a gostar de algum personagem! Já andava mesmo me perguntando se Lauren andou tendo umas conversinhas com G. R. R. Martin, mas se bem me lembro, não é de hoje que ela me deixa à beira das lágrimas (vide Before I Fall)...

Faz um tempinho que havia lido o primeiro volume, mas ainda fui capaz de sentir a enorme tristeza com o resultado da fuga. Quando Alex ficou para trás possibilitando que Lena escapasse, deu aquele aperto!! Assim como ela, só conseguia me perguntar o que viria agora, se poderia remotamente valer a pena sem que ele estivesse ali ao lado dela. Até fiquei com medo do que poderia encontrar e, embora estivesse muito querendo saber, acabei adiando a leitura incontáveis vezes.

É o momento de conhecer melhor quem são, onde vivem e como se organizam os Inválidos sexta feira no Globo Repórter. Perceber que há diferentes grupos, com variados objetivos, que a Resistência é apenas um deles e que o sistema anti-delíria esconde segredos ainda mais obscuros.

A sinopse é um perfeito resumo do livro. Com a perda, fica um vazio impossível que faz Lena apenas seguir em frente. Por mais que se agarre às lembranças do amor, dos amigos e familiares perdidos, procurando motivos para continuar vivendo, tudo é novo, diferente, difícil, carregado e o passar dos dias só faz com que as memórias comecem a desvanecer.

Em seu favor, Lena deseja que o sacrifício de Alex não tenha sido em vão e luta para sobreviver a cada dia, diante desse novo mundo fora das fronteiras e das dificuldades que ele apresenta, mas também de volta, junto à Resistência, na luta pelo direito de amar.

SPOILERS!!!

Não acredite nela.”

Quanto mais o final se aproximava, mais medo eu sentia. Depois da morte de Alex, eu não sabia o que esperar, mas sentia que viria algo bombástico e inquietante. A cada momento eu me perguntava se alguém mais iria morrer, ou se acabariam capturando Lena e realizando o procedimento, de modo que no próximo volume ela tivesse que reencontrar o caminho do amor, como sua mãe. Enfim, quase não sobrariam unhas para contar sobre minha aflição (se eu as roesse, lógico!).

Meu coração chega parou uma batida quando Alex ressurgiu das cinzas todo amargurado! Saber que ele ficou preso como Annabel, não torna as coisas mais fáceis. Ô dó!!!!!! Eu havia ficado totalmente inconformada com sua morte e alimentei a expectativa de que ele retornasse durante boa parte do tempo, mas fui desapegando junto com Lena e estou totalmente cativada por Julian!! E agora, comofas?

Não sei como as coisas devem ficar daí para frente, mas sei que agora a situação é de uma nova Lena e um novo Alex e que Julian está lá, inteira e irremediavelmente, sem culpa de nada do que aconteceu. Não é justo que ele a acuse daquele jeito!! Veio na garganta a vontade de mandar ele... calar a boca! Não podia ser ele, certo?? Agora que ela estava tão feliz e conformada!! Só espero que Julian não acabe sendo vítima do tumor cerebral, pois de certa maneira seria uma solução tão covarde, previsível e... somente iria odiar!!

Não foi difícil perceber que o sequestro havia sido planejado pela Resistência. Primeiro porque era realmente estranho que os dias se passassem com ambos presos ali juntos, sem que ela sofresse nenhum tipo de dano, mas as pistas no livro realmente foram a gota d’água que pôs fim às minhas dúvidas neste quesito.

A relação construída entre Lena e Julian foi muito lindinha!! Depois de se apaixonar e ver seu mundo e suas crenças ruírem, Lena não tem mais ilusões sobre o delíria, mas se recorda da garota que foi um dia e de como Alex foi conquistando espaço em sua vida. Ela entende as dúvidas, os medos e questionamentos vividos por Julian e percebe como Alex teve paciência e cuidado ao lidar com ela nas suas próprias atitudes nesta nova situação. No entanto, Alex se foi e nada como um novo amor para curar um antigo. Quando percebe que está amando novamente, Lena se entrega, revive a alegria e decide que desta vez não vai seguir em frente enquanto seu amado é condenado à morte. Gostei e amei e to shippando!

Uma das partes mais surpreendentes e chocantes foi a descoberta daquele povo todo vivendo nos esgotos, não somente pela precária condição de vida, mas pela constatação de que todas aquelas pessoas ferem a concepção do sistema apenas por existir! Num mundo em que a doença é a causa de todas as imperfeições, não há espaço para pessoas deficientes, diferentes, aleijadas! Sem sentimentos, não há quem se importe com elas!

Falando em sentimentos, já ficou muito evidente que não é somente o amor que é retirado das pessoas, mas todo potencial emocional. Tudo que faz a pessoa se exaltar, angustiar, ter raiva. Não existe paixão, portanto não existe expressão artística, fé, nem tantas outras coisas!

Além de tudo isso, os Carniceiros são frutos de procedimentos mal feitos. Dada a sua aliança mercenária com a ASD, fico até na dúvida se não existe algum grau de propósito na criação de aberrações humanas, propensas à violência, sadismo e loucura.

A trilogia se aproxima do fim e mal posso me conter de expectativa!


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