quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Serie Trylle 03 - Ascend – Amanda Hocking

Sinopse: Último volume da trilogia Trylle. O destino de Wendy parece levar a uma terrível guerra, mas tudo que está disposta a sacrificar será em vão se não puder salvar aqueles a quem ama.

Qualificação: Ótimo!

Resenha: Fico tão animada quando uma série consegue crescer e desenvolver sua proposta adequadamente. Tive dúvidas no começo, mas depois me envolvi completamente em mais esse conto de fadas moderno cheio de aventura, mitologia e romance cativante.

Extinção. Este quadro já vinha se descortinando e logo fica muito claro que o sistema de sociedade adotado pelos trolls estava decadente e contra-produtivo. As inúmeras guerras, o estilo de vida e as relações sócio-econômicas estavam minando qualquer possibilidade de crescimento. Era preciso encontrar novas maneiras de administrar e relacionar as tribos tanto internamente quanto externamente, umas com as outras.

A tradição é realmente uma barreira muito grande quando se deseja promover mudanças substanciais, então os primeiros obstáculos encontrados por Wendy, estavam dentro de sua própria tribo. Havia uma desigualdade econômica enorme entre eles e uma hierarquia praticamente impossível de ser alterada. É nesse ponto que Finn e Wendy começam a traçar caminhos distintos. Enquanto ela deseja lutar pelas mudanças que acredita serem justas e benéficas para todos, ele se prende às tradições e trabalha para mantê-las. A passividade de Finn faz com que Wendy aceite os argumentos de sua mãe e se case com Tove pelo bem do reino.

Envolver Willa, Matt, Duncan e todos os outros foi uma coisa excelente. Wendy sabia que algumas coisas só poderiam ser realizadas por ela, mas também soube formar equipes e trabalhar com toda força física e mental disponível. Era engraçado como ela invertia a situação entre ela e Duncan tentando protegê-lo quando essa era a função dele para com ela. Na verdade, ela observou que os membros da corte eram muito mais poderosos do que aqueles que os protegiam e a inversão dos papéis gerou o enfraquecimento das habilidades e a morte de muitos indivíduos indefesos e considerados descartáveis. Assim, era chegada a hora de adequar os papéis e lutar com novas armas e estratégias.

Não achei que Wendy e Tove chegassem a casar, mas aconteceu e era muito claro que tendia a um final infeliz. Afastada de Finn, Wendy se aproximou ainda mais de Loki, o cara que nunca se cansava de flertar com ela na frente de quem quer que fosse, por mais inadequado que parecesse. Ele sabia que seus sentimentos eram correspondidos e continuou observando e investindo, recuando e avançando. Logo todo mundo estava comentando quão estranha era a relação da princesa com esse inimigo.

Por mais que as coisas não estivessem consumadas com Tove, choquei total quando ela decide aceitar os avanços de Loki e consumar o ato sexual. Gente! Isso saiu totalmente dos parâmetros esperados e definiu o final do intrincado jogo amoroso que estava em embate. Que coisa linda a imagem que Tove traçou depois, sobre as auras dourado e prata que se uniam para formar um entrelaçado rosa. Antes mesmo que ele abrisse a boca para perguntar eu já estava antecipando: OMG! Ele vai ler tudo nas auras!

Não apostava na relação com Loki, achei que ele tinha chegado mais para bagunçar tudo, mas foi realmente muito boa a maneira como as coisas acabaram se desenvolvendo. Era evidente que as coisas iniciaram de maneira forçada, então foi apenas necessário que isso viesse à tona diante de Oren.

Que coisa louca Tove batendo na esposa! Ainda bem que isso ficou restrito a um momento isolado e apenas serviu para que ele tomasse uma atitude sobre o casamento. Claro, também serviu para colocar Wendy nos braços de Loki de maneira definitiva.

O acerto de contas final entre Finn e Wendy também foi bem emocionante:

“Mas você não está fazendo nada para mudar isso! Você apenas aceitou e achou que eu o faria também. Você está disposto a simplesmente aceitar seu destino e esperava que eu fizesse o mesmo, mas eu não tenho estômago, Finn. Eu quero mais. Eu preciso de mais.”

Ela coloca seu ponto de vista e tudo que ele pode fazer é admitir e se arrepender. Deu pena dele, mas me deu alegria pela maneira como a autora conseguiu virar esse jogo de maneira convincente e me fazer vibrar por todo o desfecho.

Algumas barreiras invisíveis sobre relacionamentos começam a cair. Willa de Relações Públicas, Matt de arquiteto, ambos diferentes e juntos nessa luta por igualdade e liberdade. Enfim, falando nele, foi fundamental levantarem a questão no final sobre a reconstrução da sua família, com Rhys, Maggie e a mãe deles!

Na verdade faltou fechar uma ponta: quem seria a amada misteriosa de Tove?

2 comentários:

  1. Eu acho que era "amado", e não amada. Sinceramente"

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    1. Pode bem ser, Lilian. Você tinha algum candidato? Eu boiei nessa!

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