Sinopse: Último volume da trilogia
Trylle. O destino de Wendy parece levar a uma terrível guerra, mas tudo que
está disposta a sacrificar será em vão se não puder salvar aqueles a quem ama.
Qualificação: Ótimo!
Resenha: Fico tão animada quando uma
série consegue crescer e desenvolver sua proposta adequadamente. Tive dúvidas
no começo, mas depois me envolvi completamente em mais esse conto de fadas
moderno cheio de aventura, mitologia e romance cativante.
Extinção. Este
quadro já vinha se descortinando e logo fica muito claro que o sistema de
sociedade adotado pelos trolls estava decadente e contra-produtivo. As inúmeras
guerras, o estilo de vida e as relações sócio-econômicas estavam minando
qualquer possibilidade de crescimento. Era preciso encontrar novas maneiras de
administrar e relacionar as tribos tanto internamente quanto externamente, umas
com as outras.
A tradição é
realmente uma barreira muito grande quando se deseja promover mudanças substanciais,
então os primeiros obstáculos encontrados por Wendy, estavam dentro de sua
própria tribo. Havia uma desigualdade econômica enorme entre eles e uma
hierarquia praticamente impossível de ser alterada. É nesse ponto que Finn e
Wendy começam a traçar caminhos distintos. Enquanto ela deseja lutar pelas
mudanças que acredita serem justas e benéficas para todos, ele se prende às tradições
e trabalha para mantê-las. A passividade de Finn faz com que Wendy aceite os
argumentos de sua mãe e se case com Tove pelo bem do reino.
Envolver
Willa, Matt, Duncan e todos os outros foi uma coisa excelente. Wendy sabia que
algumas coisas só poderiam ser realizadas por ela, mas também soube formar
equipes e trabalhar com toda força física e mental disponível. Era engraçado
como ela invertia a situação entre ela e Duncan tentando protegê-lo quando essa
era a função dele para com ela. Na verdade, ela observou que os membros da
corte eram muito mais poderosos do que aqueles que os protegiam e a inversão
dos papéis gerou o enfraquecimento das habilidades e a morte de muitos
indivíduos indefesos e considerados descartáveis. Assim, era chegada a hora de
adequar os papéis e lutar com novas armas e estratégias.
Não achei que
Wendy e Tove chegassem a casar, mas aconteceu e era muito claro que tendia a um
final infeliz. Afastada de Finn, Wendy se aproximou ainda mais de Loki, o cara
que nunca se cansava de flertar com ela na frente de quem quer que fosse, por
mais inadequado que parecesse. Ele sabia que seus sentimentos eram
correspondidos e continuou observando e investindo, recuando e avançando. Logo
todo mundo estava comentando quão estranha era a relação da princesa com esse
inimigo.
Por mais que
as coisas não estivessem consumadas com Tove, choquei total quando ela decide
aceitar os avanços de Loki e consumar o ato sexual. Gente! Isso saiu totalmente
dos parâmetros esperados e definiu o final do intrincado jogo amoroso que
estava em embate. Que coisa linda a imagem que Tove traçou depois, sobre as
auras dourado e prata que se uniam para formar um entrelaçado rosa. Antes mesmo
que ele abrisse a boca para perguntar eu já estava antecipando: OMG! Ele vai
ler tudo nas auras!
Não apostava
na relação com Loki, achei que ele tinha chegado mais para bagunçar tudo, mas
foi realmente muito boa a maneira como as coisas acabaram se desenvolvendo. Era
evidente que as coisas iniciaram de maneira forçada, então foi apenas
necessário que isso viesse à tona diante de Oren.
Que coisa
louca Tove batendo na esposa! Ainda bem que isso ficou restrito a um momento
isolado e apenas serviu para que ele tomasse uma atitude sobre o casamento.
Claro, também serviu para colocar Wendy nos braços de Loki de maneira
definitiva.
O acerto de
contas final entre Finn e Wendy também foi bem emocionante:
“Mas você não está fazendo nada para mudar
isso! Você apenas aceitou e achou que eu o faria também. Você está disposto
a simplesmente aceitar seu destino e esperava que eu fizesse o mesmo, mas eu não tenho estômago, Finn. Eu quero mais. Eu preciso de mais.”
Ela coloca seu
ponto de vista e tudo que ele pode fazer é admitir e se arrepender. Deu pena
dele, mas me deu alegria pela maneira como a autora conseguiu virar esse jogo
de maneira convincente e me fazer vibrar por todo o desfecho.
Algumas
barreiras invisíveis sobre relacionamentos começam a cair. Willa de Relações
Públicas, Matt de arquiteto, ambos diferentes e juntos nessa luta por igualdade
e liberdade. Enfim, falando nele, foi fundamental levantarem a questão no final
sobre a reconstrução da sua família, com Rhys, Maggie e a mãe deles!
Na verdade
faltou fechar uma ponta: quem seria a amada misteriosa de Tove?
Eu acho que era "amado", e não amada. Sinceramente"
ResponderExcluirPode bem ser, Lilian. Você tinha algum candidato? Eu boiei nessa!
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