Sinopse: Clary testemunha um
assassinato. Ela não sabe como reagir porque não existe um corpo para provar,
além disso, outras pessoas não conseguem ver os assassinos. Os Caçadores das Sombras
tem a missão de libertar a terra de demônios e Clary pode estar mais envolvida
nessa história do que gostaria.
Qualificação: Muito bom!!
Resenha: Comecei a ler meio
desconfiada, bocejante até, mas logo estava intrigada querendo entender um
pouco mais. Meu interesse só aumentou consideravelmente quando começaram a
acontecer umas reviravoltas surpreendentes e lances mais ousados. Terminei a
leitura com a sensação de que muita coisa boa ainda vai rolar!
Comumente às
sagas, este primeiro livro tem a missão de introduzir. Partimos daquilo que
conhecemos para recantos cada vez mais escusos e estranhos, especialmente sob o
olhar de Clary. O começo é meio lento e confuso, com acontecimentos sem sentido
que só posso acreditar terem como objetivo construir as personalidades dos personagens
e apresentar conceitos e criaturas próprios à mitologia proposta. Pouco a pouco
vamos tecendo uma imagem cada vez maior e mais rica sobre todo o mundo
invisível que se descortina sob um forte glamour. Tendo cumprido essa proposta
positivamente, estou apostando que tende a crescer ainda mais e entregar uma
saga muito emocionante.
Demorei a me envolver
realmente e não me animei com alguns dos primeiros desafios enfrentados. Estava
quase desapontada quando os acontecimentos começaram a se relacionar e seguir
caminhos inesperados.
A mitologia é
um ponto forte, bem amarrada e convincente. A idéia é que “todos os mitos são verdadeiros”, então a qualquer momento podemos esbarrar
com demônios, fadas, vampiros, lobisomens, bruxos e seja lá o que mais a autora
achar conveniente. Não dá para saber o que se esconde atras de cada porta, em cada sombra... #MEDO!
Os Caçadores
das Sombras estão aqui para destruir os demônios e proteger a humanidade destes parasitas
interdimensionais (viajei nesse
conceito!). A maior parte deles herda suas características e recebe treinamento
para desenvolver sua atividade. Suas habilidades decorrem do uso de runas,
equipamentos especiais e técnicas antigas que lhes são concedidas pela
divindade para proteção do mundo humano.
A traição está
em alta e os romances em baixa. Cheio de amores não correspondidos, ressentimentos
mútuos e uma relação (aparentemente?) impossível. Quero ver onde isso tudo vai
dar, porque até agora não ficou nada muito definido e as possibilidades estão
todas em aberto.
SPOILERS!!
Nossa!! Ainda
não sei se acredito na fraternidade entre Clary e Jace. Depois do beijo na
estufa, as coisas estavam indo tão cute que eu certamente não esperava por isso. Fiquei impressionada com a
ousadia da autora, afinal, não estamos lendo uma obra de fantasia adulta como As Crônicas de Gelo e Fogo! Mas... pegando
o embalo desta outra obra, será que a relação vai pra frente? Assustador é
pensar que eu torcia por Simon, mas depois mudei de idéia e agora não me
conformo porque ainda quero os dois juntos!!
São tantos os desencontros amorosos, né não? Simon
gosta de Clary. Clary gosta de Jace, que corresponde, só que não pode, porque
são irmãos! Então Alec gosta de Jace também e Isabelle é só uma bitch que não
ama ninguém (ainda!). Então temos Lucian que ama Jocelyn, mas ela acaba se apaixonando
por Valentine e depois foge dele porque é um louco da pá virada e fica sozinha,
mas a amizade com Lucien, agora um lobisomem, continua.
Achei um tanto
exagerado o número de pessoas supostamente mortas voltando. Esse Valentine me
transmite uma certa vibe Voldemort,
não sei explicar bem isso, mas veio à minha mente inúmeras vezes. Talvez pela
forma como se tornou um fanático purista e se levantou contra os seus
semelhantes junto com um grupo de desajustados aliados.
O grupo dos
desajustados. Valentine usou sua lábia para angariar seguidores, valiosos
aliados para sua causa. Acabou por causar dissidência e destruição dentro de um
grupo já muito restrito, o dos Caçadores de Sombras.
Hodge um
traidor, foi outra coisa inesperada que me deixou um tantinho triste. Ele
representava a única figura realmente adulta que servia de referência para os jovens
Caçadores, então foi muito estranho quando revelou seus verdadeiros interesses.
Saiu do Instituto somente para morrer, aff.
Curti bastante
o esconderijo da taça e toda idéia de poder dar vida aos desenhos ou esconder
objetos neles. Espero que este recurso tenha novas funcionalidades mais para a
frente. De qualquer
maneira, ficamos conhecendo o primeiro dos instrumentos mortais.
Luke tinha uma
história bem mais trabalhada e acaba se revelando um aliado importante. No
entanto, achei válida a observação de Valentine sobre o fato dele usar a
lealdade da alcatéia para seus próprios interesses.
Bem, só
conhecemos a pontinha do iceberg. Mal posso esperar para estar circulando por
Idris e ter maior contato com a Clave (que deve se mostrar uma instituição
terrível e contraproducente, daquelas de dar nos nervos, ou não!)
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