quarta-feira, 29 de agosto de 2012

The Mortal Instruments – Os Instrumentos Mortais– City of Bones – Cidade dos Ossos - Cassandra Clare


Sinopse: Clary testemunha um assassinato. Ela não sabe como reagir porque não existe um corpo para provar, além disso, outras pessoas não conseguem ver os assassinos. Os Caçadores das Sombras tem a missão de libertar a terra de demônios e Clary pode estar mais envolvida nessa história do que gostaria.

Qualificação: Muito bom!!

Resenha: Comecei a ler meio desconfiada, bocejante até, mas logo estava intrigada querendo entender um pouco mais. Meu interesse só aumentou consideravelmente quando começaram a acontecer umas reviravoltas surpreendentes e lances mais ousados. Terminei a leitura com a sensação de que muita coisa boa ainda vai rolar!

Comumente às sagas, este primeiro livro tem a missão de introduzir. Partimos daquilo que conhecemos para recantos cada vez mais escusos e estranhos, especialmente sob o olhar de Clary. O começo é meio lento e confuso, com acontecimentos sem sentido que só posso acreditar terem como objetivo construir as personalidades dos personagens e apresentar conceitos e criaturas próprios à mitologia proposta. Pouco a pouco vamos tecendo uma imagem cada vez maior e mais rica sobre todo o mundo invisível que se descortina sob um forte glamour. Tendo cumprido essa proposta positivamente, estou apostando que tende a crescer ainda mais e entregar uma saga muito emocionante.

Demorei a me envolver realmente e não me animei com alguns dos primeiros desafios enfrentados. Estava quase desapontada quando os acontecimentos começaram a se relacionar e seguir caminhos inesperados.

A mitologia é um ponto forte, bem amarrada e convincente. A idéia é que “todos os mitos são verdadeiros”, então a qualquer momento podemos esbarrar com demônios, fadas, vampiros, lobisomens, bruxos e seja lá o que mais a autora achar conveniente. Não dá para saber o que se esconde atras de cada porta, em cada sombra... #MEDO!

Os Caçadores das Sombras estão aqui para destruir os demônios e proteger a humanidade destes parasitas interdimensionais (viajei nesse conceito!). A maior parte deles herda suas características e recebe treinamento para desenvolver sua atividade. Suas habilidades decorrem do uso de runas, equipamentos especiais e técnicas antigas que lhes são concedidas pela divindade para proteção do mundo humano.

A traição está em alta e os romances em baixa. Cheio de amores não correspondidos, ressentimentos mútuos e uma relação (aparentemente?) impossível. Quero ver onde isso tudo vai dar, porque até agora não ficou nada muito definido e as possibilidades estão todas em aberto.

SPOILERS!!

Nossa!! Ainda não sei se acredito na fraternidade entre Clary e Jace. Depois do beijo na estufa, as coisas estavam indo tão cute que eu certamente não esperava por isso. Fiquei impressionada com a ousadia da autora, afinal, não estamos lendo uma obra de fantasia adulta como As Crônicas de Gelo e Fogo! Mas... pegando o embalo desta outra obra, será que a relação vai pra frente? Assustador é pensar que eu torcia por Simon, mas depois mudei de idéia e agora não me conformo porque ainda quero os dois juntos!!


São tantos os desencontros amorosos, né não? Simon gosta de Clary. Clary gosta de Jace, que corresponde, só que não pode, porque são irmãos! Então Alec gosta de Jace também e Isabelle é só uma bitch que não ama ninguém (ainda!). Então temos Lucian que ama Jocelyn, mas ela acaba se apaixonando por Valentine e depois foge dele porque é um louco da pá virada e fica sozinha, mas a amizade com Lucien, agora um lobisomem, continua.


Achei um tanto exagerado o número de pessoas supostamente mortas voltando. Esse Valentine me transmite uma certa vibe Voldemort, não sei explicar bem isso, mas veio à minha mente inúmeras vezes. Talvez pela forma como se tornou um fanático purista e se levantou contra os seus semelhantes junto com um grupo de desajustados aliados.

O grupo dos desajustados. Valentine usou sua lábia para angariar seguidores, valiosos aliados para sua causa. Acabou por causar dissidência e destruição dentro de um grupo já muito restrito, o dos Caçadores de Sombras.

Hodge um traidor, foi outra coisa inesperada que me deixou um tantinho triste. Ele representava a única figura realmente adulta que servia de referência para os jovens Caçadores, então foi muito estranho quando revelou seus verdadeiros interesses. Saiu do Instituto somente para morrer, aff.

Curti bastante o esconderijo da taça e toda idéia de poder dar vida aos desenhos ou esconder objetos neles. Espero que este recurso tenha novas funcionalidades mais para a frente. De qualquer maneira, ficamos conhecendo o primeiro dos instrumentos mortais.

Luke tinha uma história bem mais trabalhada e acaba se revelando um aliado importante. No entanto, achei válida a observação de Valentine sobre o fato dele usar a lealdade da alcatéia para seus próprios interesses.

Bem, só conhecemos a pontinha do iceberg. Mal posso esperar para estar circulando por Idris e ter maior contato com a Clave (que deve se mostrar uma instituição terrível e contraproducente, daquelas de dar nos nervos, ou não!)


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