sexta-feira, 6 de julho de 2012

The Dark Devine 2 - The Lost Saint – Bree Despain

Sinopse: Grace Divine fez o sacrifício máximo para salvar Daniel Kalbi, mas acabou perdendo seu querido irmão no processo. Desesperada para encontrar Jude, ela se envolve em perigosas e obscuras situações sem perceber que o lobo começa a despertar e ameaçar todos que a cercam.

Qualificação: Ótimo!!!

Resenha: Parece que a Bree entendeu meus sentimentos e resolveu incrementar a saga com uma pitada deliciosa de emoção!! Isso sem descuidar daquilo que ela já possuía de ótima:  uma mitologia bem construída e boas doses de romance.

A saga continua crescendo e ganhando forma de maneira inteligente e bem cuidada. Sim, tem seus momentos de clichê, mas eles se conectam à trama sem causar náuseas.

Senti certo estranhamento com a inversão de papéis entre Daniel e Grace. Cada um deles tentando se ajustar à sua nova realidade e deixando de perceber que o mesmo acontecia com o outro. Confesso que fiquei desapontada com o distanciamento do casal nesse momento de adaptação, mas (“para noooossa alegria”) boas surpresas me aguardavam e posso dizer que superei isso numa boa.

Como era de se esperar, Grace está bem diferente. Senti falta do lado mais caloroso, desprendido, religioso e humano da personagem. Por outro lado, ganhamos em ação com essa garota à flor da pele saindo pra luta, treinando, enfrentando inimigos, descobrindo mais sobre o mundo sobrenatural ao qual acaba de se incorporar.

Novos e velhos personagens aparecem com maior destaque trazendo consigo diferentes possibilidades de romance e confusão. O alívio cômico ficou por conta de April, que une forças com Grace para encontrar Jude e revela todo seu potencial, nos proporcionando alguns dos momentos mais divertidos do livro.

Spoilers!!!!

Preso. Esse era o nome do capítulo, mas eu nunca imaginei a que se referia! Quando Grace acordou deitada no lobão-travesseiro é que caiu a ficha, o queixo e se vacilar até a baba!!!

A autora é muito feliz em focar as expectativas de se tornar um Cão do Céu em Grace, retratando um Daniel extremamente fragilizado no começo do volume. Como um novo ser, ele vai se fortalecendo em amor e fé até que o seu desejo de proteger quem ama liberta o Cão do Céu, da mesma maneira que o desejo de matar liberta o Cão da Morte. E haja emoção nesse processo!!!

Falando em preso e emoção, que parte mais linda aquela noite acorrentados!! Fiquei desapontada no começo do livro, porque - de forma totalmente clichê - eles acabam se distanciando e pensei que não haveria justificativa, mas estava enganada. Considero o melhor momento do livro aquela conversinha na cela, com os dois acorrentados quase sem poder se tocar, quando resolvem todas as diferenças acumuladas. Amei totalmente!!!

Pouco a pouco o probleminha na cidade foi desenhando os contornos da verdadeira guerra que estava a caminho. O pai de Daniel aparece, junto com a explicação do porque de tanto ódio. Do outro lado Gabriel nos apresenta algumas explicações sobre o geral das coisas. A luta agora é pelo poder do clã e mal posso esperar pelo próximo volume!!

Achei estranho o Daniel não compartilhar suas ações com Grace, mas os argumentos foram incontestáveis, afinal, encontrar com a Akh no motel é de querer fazer cabeças rolarem mesmo!! Quanto a Grace, bem, todos sabemos que suas razões tinham tudo a ver com  covinhas treinamento.

Talbot foi um mistério até o fim. Sempre achei que havia algo errado a respeito dele, mas não conseguia definir o problema. Talvez porque ele acaba dividido e a autora consegue transmitir isso oscilando entre momentos em que ele parece muito sincero com outros em que sentimos que esconde algo. Na hora que ele quer levar Grace embora eu percebi que estava com muitas dúvidas sobre a atitude que ela deveria tomar, não sabia ainda dizer de qual lado ele estava! Sinto que ele me cativou desde o momento que levantou a história de seu parentesco com Don e fico feliz que no final ele tenha optado pelo “caminho do bem”. E Grace ficou balançada iniciando um triângulo que ainda deve movimentar as coisas, que o diga o nosso amado Lobo Branco rosnando diante da aproximação dele!!! Dei boas risadas!!!

O meu lado fashion se divertiu muito com a April. Finalmente a garota ganhou um personagem pra chamar de seu e abalou geral com seus modelitos para ocasiões especiais. Primeiro o disfarce de piriguete - que tinha tudo de piriguete e nada de disfarce - e, para coroar, nossa heroína virou uma Sexy Red Ridding Hood que lobão nenhum quis dispensar, nem mesmo “Seu Caleb”!!

Por fim, preciso tecer um comentário sobre Jude. Eu queria me importar com ele, entender a sua revolta, sentir amor ou ódio, mas o personagem é uma espécie de placebo para mim. Ele só faz a coisa funcionar, mas por si mesmo não desperta nada. Espero que a autora transforme o personagem, revele alguma faceta desconhecida que o coloque na trama de maneira efetiva.

PS: Totalmente esquisito imaginar Gabriel, Talbot e Daniel com aspecto de idade aproximado e realidades tão distintas.


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