Sinopse: Grace Divine, filha do pastor
local, sempre soube que algo terrível aconteceu na noite em que Daniel Kalbi
desapareceu. Agora que ele está de volta, ela não consegue manter distância,
mesmo sabendo que isso transtorna a sua família e a coloca no centro de
sombrios acontecimentos.
Qualificação: Muito bom!!!
Resenha: Sabe aquela sensação de que as
coisas se encaixaram suave e perfeitamente como um clic? Foi o meu sentimento em relação a este livro. Tanto o romance
quanto a mitologia foram bem desenvolvidos, com certa dose de mistério,
suspense e drama que me surpreenderam. Só faltou ao livro me tirar da zona de
conforto, abalar minhas emoções, pois fiquei muito tranqüila durante toda
leitura.
Sabemos que
tipo de situação sobrenatural está acontecendo praticamente desde o começo, mas
não deixa de ser interessante em momento algum. A mitologia vai se construindo
gradualmente com capricho e coerência até que as pontas estejam bem fechadinhas
e a gente fique com aquela sensação de que ele cumpriu seu objetivo.
Gosto do fato
de Grace levar a sério seu nome e ter o desejo de ser um instrumento da graça
divina para as pessoas, especialmente porque a construção da personagem não foi
surreal, nem caricata, afinal, ser filha de pastor influencia toda sua
percepção de mundo. Ela é uma boa cristã, com dúvidas e constatações normais de
um ser humano e que se depara com coisas que fogem à sua compreensão.
Daniel não é “o cara mais bonito do mundo por quem todas
suspiram”, mas o companheiro de aventuras e primeiro amor de Grace, ainda
latente no seu coração e esperando uma oportunidade para explodir. Portanto, é
natural que a volta dele desperte sua curiosidade e seus sentimentos de forma
que ela não consiga resistir.
Spoilers!!!
Meu repertório
de livros sobre lobisomem é bem limitado, mas do pouco que conheço muito foi
contemplado aqui. Talvez eu seja meio conservadora, mas gostei da abordagem
meio à moda antiga, em que a prata ainda pode ser fatal, a lua cheia exerce
grande poder e a mordida pode transmitir a maldição. Por outro lado, também
gostei dos elementos menos tradicionais como a pedra da lua e a “cura”.
Boa solução
para a sobrevivência de Daniel! No fim, ele está salvo e nós ficamos com certa
pena porque agora ele não tem mais aquele poder de cura!!! É estranho constatar
como ficamos divididos, como no fundo nós gostamos dele com todas as
“habilidades”, como diz a Grace.
Daniel ainda é um grande mistério. Não fica muito claro tudo que ele viveu e aprendeu todo tempo que se voltou para o mundo sobrenatural. O pouco que aparece dá uma impressão de submundo do tipo sarjeta, cheio de criminalidade, bebida e violência. Acredito que vamos saber mais agora que Grace foi mordida e Jude se transformou.
Daniel ainda é um grande mistério. Não fica muito claro tudo que ele viveu e aprendeu todo tempo que se voltou para o mundo sobrenatural. O pouco que aparece dá uma impressão de submundo do tipo sarjeta, cheio de criminalidade, bebida e violência. Acredito que vamos saber mais agora que Grace foi mordida e Jude se transformou.
E, no fim, Don
era um dos mocinhos e Pete um dos vilões, maior prova de que quem vê cara não
vê coração. Achei uma pena a morte de Don, esperava que as descobertas sobre
ele ainda rendessem muita coisa interessante. Sobre Pete só achei tudo muito
estranho, juro que achei que ele também fosse um ser sobrenatural e tivesse
algum interesse escuso por insistir tanto com Grace, mas era só um cara idiota,
daqueles que superabundam pelo mundo afora.
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