quarta-feira, 4 de julho de 2012

The Dark Divine – Bree Despain


Sinopse: Grace Divine, filha do pastor local, sempre soube que algo terrível aconteceu na noite em que Daniel Kalbi desapareceu. Agora que ele está de volta, ela não consegue manter distância, mesmo sabendo que isso transtorna a sua família e a coloca no centro de sombrios acontecimentos.

Qualificação: Muito bom!!!

Resenha: Sabe aquela sensação de que as coisas se encaixaram suave e perfeitamente como um clic? Foi o meu sentimento em relação a este livro. Tanto o romance quanto a mitologia foram bem desenvolvidos, com certa dose de mistério, suspense e drama que me surpreenderam. Só faltou ao livro me tirar da zona de conforto, abalar minhas emoções, pois fiquei muito tranqüila durante toda leitura.

Sabemos que tipo de situação sobrenatural está acontecendo praticamente desde o começo, mas não deixa de ser interessante em momento algum. A mitologia vai se construindo gradualmente com capricho e coerência até que as pontas estejam bem fechadinhas e a gente fique com aquela sensação de que ele cumpriu seu objetivo.

Gosto do fato de Grace levar a sério seu nome e ter o desejo de ser um instrumento da graça divina para as pessoas, especialmente porque a construção da personagem não foi surreal, nem caricata, afinal, ser filha de pastor influencia toda sua percepção de mundo. Ela é uma boa cristã, com dúvidas e constatações normais de um ser humano e que se depara com coisas que fogem à sua compreensão.

Daniel não é “o cara mais bonito do mundo por quem todas suspiram”, mas o companheiro de aventuras e primeiro amor de Grace, ainda latente no seu coração e esperando uma oportunidade para explodir. Portanto, é natural que a volta dele desperte sua curiosidade e seus sentimentos de forma que ela não consiga resistir.

Por fim, devo acrescentar que a capa é muito linda, mas não combina nadinha com o livro. Tão linda que inspirou a confecção de mais dois livros distintos e talvez combine melhor com algum deles. Como praticamente a mesma capa foi utilizada, o difícil agora é dizer quem copiou quem. Uma estranha coincidência, não?


Spoilers!!!

Meu repertório de livros sobre lobisomem é bem limitado, mas do pouco que conheço muito foi contemplado aqui. Talvez eu seja meio conservadora, mas gostei da abordagem meio à moda antiga, em que a prata ainda pode ser fatal, a lua cheia exerce grande poder e a mordida pode transmitir a maldição. Por outro lado, também gostei dos elementos menos tradicionais como a pedra da lua e a “cura”.

Boa solução para a sobrevivência de Daniel! No fim, ele está salvo e nós ficamos com certa pena porque agora ele não tem mais aquele poder de cura!!! É estranho constatar como ficamos divididos, como no fundo nós gostamos dele com todas as “habilidades”, como diz a Grace.

Daniel ainda é um grande mistério. Não fica muito claro tudo que ele viveu e aprendeu todo tempo que se voltou para o mundo sobrenatural. O pouco que aparece dá uma impressão de submundo do tipo sarjeta, cheio de criminalidade, bebida e violência. Acredito que vamos saber mais agora que Grace foi mordida e Jude se transformou.

Por falar nela, será que teremos uma Grace tentando fugir da TPM no próximo volume? 



E, no fim, Don era um dos mocinhos e Pete um dos vilões, maior prova de que quem vê cara não vê coração. Achei uma pena a morte de Don, esperava que as descobertas sobre ele ainda rendessem muita coisa interessante. Sobre Pete só achei tudo muito estranho, juro que achei que ele também fosse um ser sobrenatural e tivesse algum interesse escuso por insistir tanto com Grace, mas era só um cara idiota, daqueles que superabundam pelo mundo afora.

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