Sinopse: E se você só tivesse um dia para viver? O que você faria?
Quem você beijaria? E até onde você iria para salvar sua própria vida? Samantha
Kingston tem a chance de reviver seu último dia e entender a intrincada rede de
eventos que culminou em sua morte. Ela só não estava preparada para as inúmeras
descobertas que acabou fazendo no caminho.
Qualificação: Excelente!!
Resenha: Quem nunca desejou uma segunda chance? O pensamento pode
não ser original e já ter inspirado muitas obras artísticas (Being Erica que o diga! Recomendo horrores!!),
mas me gusta encontrar narrativas com
loop temporal e acredito que ainda
rende muita coisa interessante se o escritor souber como contar sua história. Assim,
fico muito animada em comentar como apreciei este livro.
Um convite a uma vida plena. Sobre as coisas que realmente são importantes, aquelas pelas quais vale a
pena viver ou morrer. Sobre auto-descoberta e dar uma chance, não só a si mesmo,
mas a tudo que está ao redor. Sobre aquilo que acontece quando as máscaras caem
- pois já não importa o que as pessoas vão pensar - e a verdade finalmente vem
à tona.
Quando me deparei com a proposta
do livro tudo que pude pensar foi na necessidade de um dia perfeito. Geralmente
associamos uma chance assim com os riscos que não assumimos sem nem mesmo parar
para analisar que sempre existem razões para essas escolhas. Aqui não poderia
ser diferente. Ao perceber o que está acontecendo, Sam resolve explorar todas
as possibilidades, correr os riscos envolvidos, quebrar as regras e ultrapassar
os limites. Cada vez que ela se permite uma atitude não usual acaba por fazer
novas descobertas e desejar novas coisas.
Amei a maneira
como a história é toda construída em retalhos, cada momento revelando mais e se
conectando com outros de forma convincente e emocionante. Tudo sem deixar de
ser inesperado, por vezes radical, extremo, mas se alternando com serenidade e
esperança. Lembrei um pouco de "Efeito Borboleta" também porque pequenas mudanças acabam tendo um impacto substancial e modificando toda cadeia de acontecimentos (isso é tão legal!).
O dia é um dos preferidos de Sam
e tem tudo para ser perfeito. 12 de fevereiro, Dia do Cupido, quando o nível de
popularidade pode ser medido pela quantidade de rosas que a pessoa ganhou. Toda
construção do universo teen é bem
articulada e me impressiona particularmente a forma simplesmente cruel de
pensar e agir em bando sem realmente estar consciente das próprias motivações.
Por fim, é fundamental lembrar a efemeridade
da vida e o poder que temos diariamente de fazer a diferença para alguém, ou
alguma coisa, num mundo que não valoriza as boas ações, mas nos convida a
destruir e passar por cima em função de nossa própria sobrevivência.
SPOILERS!!!
“São as pequenas coisas que valem mais.
É tão bom estarmos juntos
E tão simples. Um dia perfeito.”
É tão bom estarmos juntos
E tão simples. Um dia perfeito.”
(Um Dia Perfeito - Legião Urbana)
No fim, a perfeição está nas
coisas mais simples e verdadeiras, desde o carinho da família até a maneira de
terminar com o namorado idiota depois de entender o que se sente verdadeiramente.
Mas vale ressaltar o sentimento de paz que predomina quando se faz as coisas correta
e conscientemente.
Ela precisou
reviver seis vezes o mesmo dia antes de entender tudo que a circulava e saber
quais as coisas que realmente importavam. Infelizmente (ou feliz?) não temos a
mesma oportunidade de dissecar nossos dias e fico imaginando o quanto seriamos
transformados com uma experiência assim.
Que bebida e direção não combinam, todo mundo sabe (e poucos entendem!). Que comentar então, sobre o acidente que mata Sam no começo? Unir bebida, direção, cigarro, fumaça, chuva, som, algazarra (e à noite!) é um verdadeiro coquetel da morte, né não?! Pior ainda é saber que pessoas realmente se expõem dessa maneira, especialmente os jovens.
Que bebida e direção não combinam, todo mundo sabe (e poucos entendem!). Que comentar então, sobre o acidente que mata Sam no começo? Unir bebida, direção, cigarro, fumaça, chuva, som, algazarra (e à noite!) é um verdadeiro coquetel da morte, né não?! Pior ainda é saber que pessoas realmente se expõem dessa maneira, especialmente os jovens.
Sabemos o
tempo inteiro que ela havia morrido, mas tendemos a esperar que ela encontre
uma saída miraculosa em que todos saem vivos. Por mais que eu entenda e
concorde com aquilo que a autora apresenta, não consigo deixar de desejar que a
segunda chance pudesse significar a salvação para Sam. Fico triste ao pensar em
Kent sozinho, presenciando a morte dela, coitado.
Admiro muito a habilidade da Lauren para descrever
sentimentos e atitudes tão difíceis, como o trecho em que Sam supostamente
seduz o professor. Por mais que ela não tenha idéia do que está fazendo, ele
tem, mas ainda assim se aproveita da situação. É esse choque entre a
expectativa e a realidade, a falta de experiência de Sam, que caracteriza o
crime de sedução tão controverso. Contar sob a perspectiva confusa da garota,
de forma neutra e ingênua, faz com que a construção fique muito mais precisa.
Gostaria ainda de destacar a sutileza do texto. Minha mente ficou imaginando a Sam de pijamas na festa do Kent e comparando com suas outras aparições, percebendo como o traje perfeito deixou de ter importância naquele momento. Isso acontece em várias passagens, colocando e tirando o foco das coisas para mostrar o impacto de todas as descobertas, bem como os sentimentos vividos pela personagem. Absolutamente bem feito.
Gostaria ainda de destacar a sutileza do texto. Minha mente ficou imaginando a Sam de pijamas na festa do Kent e comparando com suas outras aparições, percebendo como o traje perfeito deixou de ter importância naquele momento. Isso acontece em várias passagens, colocando e tirando o foco das coisas para mostrar o impacto de todas as descobertas, bem como os sentimentos vividos pela personagem. Absolutamente bem feito.
PS: Amenizando
o clima (ou não!) quem nunca desejou pegar o cartão de crédito e simplesmente sair às
compras no limits?? Momento Beck Bloom!!!!
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