Sinopse: Meghan é prisioneira da Corte
Winter. Isolada, solitária, desprezada e sem poderes, precisa encontrar forças para
sobreviver aos seus gélidos habitantes. Então os Iron Fey fazem uma jogada inteligente
e ela precisa encontrar uma maneira de evitar que os reinos Seliee e Unseliee
se enfraqueçam numa guerra que os tornaria presas fáceis para os verdadeiros inimigos
à espreita.
Qualificação: Excelente!!!
Resenha: Amei!! Um desses livros que
não consegui parar de ler até chegar ao final porque queria saber tudo que
acontece a cada instante! Muito dinâmico, as coisas vão se sucedendo sem muito
espaço para respirar.
A mitologia
continua riquíssima, sempre acrescentando novas criaturas e situações, mas sem
perder de vista os personagens que já moram no coração e mexem com nossas
emoções. Acontecimentos surpreendentes e inesperados vão construindo uma trama
bem coesa, assustadora, divertida, romântica e, - por que não dizer? - romântica!
A
característica principal de Meghan é justamente a capacidade de se importar com
o bem de tudo e todos - a vulnerabilidade emocional herdada por sua porção
humana. Isso fica evidente em muitos momentos, inclusive fazendo com que suas
escolhas fujam do esperado e acabem cativando a todos ao seu redor. No entanto,
essa característica também gera momentos de imensa ingenuidade, fragilidade e
insegurança em que dá vontade de dar um safanão transparece a
imaturidade adolescente na garota.
Os Iron Fey
perderam Machina, mas continuam existindo e traçando objetivos. Desta vez
contam com atitudes mais discretas, planejadas e aliados fey que podem fazer a
diferença.
SPOILERS!!!
Fiquei
surpresa com o final! Não achei que Ash fosse enfrentar toda corte e se recusar
a perder Meghan. Acho que nem ela acreditou quando ele fez isso depois de entender
o que significava. A idéia da morte dos fey como um inexistir absoluto permeou
todo o volume nos preparando para a compreensão dessa escolha final. Confesso
que, apesar de shippar totalmente o casal,
esperava que Ash recuasse, mas a autora optou em nos oferecer um outro patamar
de acontecimentos, nos deixando no escuro. Sinto muito medo e excitação diante
das possíveis conseqüências.
Coitado do
Ash!! Já não consigo mais imaginar a extensão dos machucados a que tem sido
submetido. Sei que Puck quase morreu ao tomar um tiro no volume anterior, mas
de maneira geral, Ash sofre com ferimentos torturantes e doenças agonizantes,
enquanto Puck ri e solta penas pra todo lado sem maiores problemas.
Até agora
ainda me pergunto como não torcer por Ash? O príncipe é muito fofo!! A cada
instante revela um cuidado e atenção inesperados que nenhuma máscara de frieza
ou indiferença consegue sustentar. Que dizer de um bicho-papão amigo cuidando
de Ethan? Ou da enxerida Tiaothin de olho em Meghan? Ou da lágrima congelada
quando ele estava sob o domínio de Vírus? Mas principalmente, que dizer de
quando ele diz a Mab que ama Meghan e não está disposto a perdê-la? Poderia
citar muitos outros momentos cute,
mas nem precisa porque os sentimentos de ambos são cristalinos. Só a princesa
para não entender a frieza dele na Corte Winter, mesmo ele tendo avisado.
Puck se
resigna a esperar que a tradição separe os amantes para que ele tenha uma
chance. Quando Ash está por perto, não existe qualquer competição, ele fica de
escanteio, à espreita, aguardando. Nem esperava que ele se declarasse tão
abertamente e tão rápido. Mas é mesmo do feitio dele ser exatamente o oposto do
príncipe, com seu riso fácil, companheirismo fiel e um jeito de encarar tudo de
peito aberto, sem reservas, sem mistérios, sem complicações. Fiquei com pena de
sua surpresa no final, afinal foi ele quem mais apostou contra.
Ironhorse,
hein!! Revelou-se um aliado não só forte e poderoso, mas fiel e honrado! Fiquei
triste com seu fim, mas acho que se era pra sacrificar alguém melhor ser o de
ferro. Sem falsos pretextos ou demagogias, mas simplesmente é mais fácil ver
como uma máquina que quebrou ou deixou de funcionar.
Tenho que
falar de Leanansidhe! Ela divou totalmente reinando no impossível Meio e dando
um trato na figura da princesa! Tem coisa melhor que um dia de beleza em meio à
guerra? Saltos altos são poder, Megah Chase!!
Fiquei
desapontada com Charlie. Esperava que o pai de criação de Meghan aparecesse,
mas achei que seria mais interessante essa volta. Claro que não foi mistério
nenhum perceber quem era ele e que era a memória retirada, agora nos resta
esperar que a descoberta leve a coisa toda a outro patamar, mesmo que ela
esteja quase convencida de que não vale mais a pena.
Choquei um
pouco com a morte de Sege. O herdeiro não era nada do que seria de esperar e,
apesar de aparecer bem pouco, conseguiu ser bastante cativante. No fim, Mab
ficou sem nenhum de seus filhos!
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