Sinopse: Quando seu meio-irmão é
seqüestrado, Meghan é arrastada para um fantástico mundo que nunca havia
imaginado. Agora, ela viajará às profundezas do mundo das fadas para enfrentar
um inimigo desconhecido…
Qualificação: Ótimo!!!
Resenha: Amei!! Mergulhar nesse universo
fantástico de fadas, elfos, ogros, sátiros e tantos outros seres encantados, costuma
ser muito divertido e inebriante, mas é muito melhor quando não preciso me
sentir uma garotinha de olhos brilhantes e encaro uma trama mais complexa, bem
escrita e cheia de aventuras inusitadas.
A premissa tem
por base a obra de Shakespeare “Sonho de uma noite de verão”, inclusive utiliza
alguns de seus personagens. No entanto, longe de se deter nela ou pretender
plagiar, a autora deixa essa proposta muito clara desde o início e parte na
construção de sua própria história e mitologia com muita propriedade.
Tive medo de
ficar desapontada e comecei a ler cheia de desconfiança. Fui sendo conquistada a
cada página, cada personagem introduzido, cada nuance revelada, até que percebi
estar totalmente envolvida, torcendo e sofrendo junto.
Meghan vive no
tempo contemporâneo e o mundo encantado segue paralelo a ele. Quando seu irmão
é levado, seu olhar fica mais atento e a existência dos feys se revela mais
real e assustadora do que jamais imaginara. No entanto, ela precisa escolher
entre o glamour ignorar a verdade ou aceitar o desafio de abandonar tudo
que conhece em busca de seu irmãozinho.
A jornada
segue cheia de aventuras, perigos, novas descobertas e magia. Claro que encontramos
espaço para romance e fico feliz em dizer que essa parte só acrescenta ao
contexto geral das coisas. O passado vem a tona, o presente descortina um cenário inesperado e o futuro se aproxima com o prenúncio de uma tragédia sem precedentes.
SPOILERS!!!!
“Promessa é dívida”, diz o ditado
popular. Já pensou realmente no que isso significa?
Fiquei aflita
a cada acordo feito por Meghan, com a mesma sensação de não saber exatamente do
que estava falando, ou qual o significado oculto em pedidos de aparência tão inofensiva.
Quando o mero agradecimento vira uma dívida e se faz necessário extremo cuidado
no falar, percebo como vivemos uma realidade contrária, em que palavras não tem
qualquer valor e promessas são quebradas com tanta facilidade.
Confesso que
fiquei tão envolvida com as Cortes Seelie e Unseelie que nem me lembrava mais do
Rei de Ferro. Assim, fiquei um pouco surpresa com o rumo dos acontecimentos,
mas de forma positiva!! Foi nesse ponto que a história assumiu sua identidade e
justificou a retomada de algo antigo que estava vivendo um momento de confronto
com o novo.
Não ficaram
claras as motivações de Puck para incentivar Meghan a seguir com ele para
Nevernever sabendo que seria castigado. Isso me faz crer que ele pode ser o fey
por trás da troca de Ethan. Anda houve uma leve insinuação de que ele estaria
interessado na nossa heroína, mas não há dúvidas de que ela nem cogita a
possibilidade e só tem olhos - boca, mãos, coração - para Ash. Talvez ele ganhe mais espaço no próximo volume e balance o coração dela, mas acho bem difícil isso acontecer.
A memória tirada
ainda deve proporcionar algo interessante. Já percebemos que ela esqueceu o pai
de criação que sumiu. Estava apostando que ele seria o Iron Fey, mas depois que
ele resolveu casar com a moça descartei a possibilidade, pois seria muito
estranho (ou não?).
Será que mais
alguém se lembrou do gato de Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton,
quando Grimalkin entrou na história? Até fui buscar uma imagem pra colocar
aqui.
Por fim, mas não menos crocante e saboroso, Ash está
inteirinho e volta para cobrar a dívida. Não temos a menor idéia do que a
espera, com certeza muitos problemas e perigos fazem parte, mas largar tudo e
seguir com ele foi de longe a promessa mais fácil de cumprir, hein??
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