segunda-feira, 21 de maio de 2012

827 Era Galáctica - Isaac Asimov

Sinopse: Aborda as promessas e ameaças de uma Era futura em que a Terra não é mais do que uma pedrinha no céu e onde o século XX já é pré-história.

Qualificação: Surpreendentemente bom!!!

Resenha: E a verdade é que não poderia mesmo ser diferente. Estava curiosa sobre a obra de Asimov, pois é comum alguém citá-lo como referencia em todo universo sci-fi, por essa razão escolhi um título aleatório sem qualquer noção do que poderia ler.

Antes de mais nada confesso que iniciei a leitura um pouco apreensiva por se tratar de um livro mais antigo do que aqueles que costumo e gosto de ler. Esperava algo rebuscado e chato que eu precisaria filtrar com imaginação para entender e poder apreciar a história, mas... não foi o que aconteceu, para minha alegria!!!

Me identifiquei de imediato com Schwartz, sendo transportada para um tempo e espaço totalmente diverso daquilo que conheço, ficando confusa, perdida, deslocada. Parecia que eu não ia conseguir entender o que estava acontecendo, nem encaixar peças tão distintas. Por outro lado, a apresentação dos personagens e do contexto geral feito de forma separada acabou sendo bem dinâmica e abrangente, acentuando o clima de mistério e prendendo a minha atenção.

Depois do estranhamento inicial, comecei a compor aquele quadro galáctico e acompanhar o desenrolar dos acontecimentos com crescente interesse. Enquanto Schwartz ia entendendo o que se passava com ele, eu ia me localizando naquela Era e soltando pequenas exclamações cada vez que as coisas encaixavam na trama maior e minha massa cinzenta dava um clique de entendimento.

Gosto de assistir histórias de ficção científica, mas só há pouco tempo passei também a ler obras do gênero. Sabe quando você vê um cientista explicando teorias complexas com toda autoridade e fica absolutamente convencido apesar de não entender nadinha? Isso é muito mais divertido no vídeo do que no livro e foi realmente o único ponto que achei chato de ler. O bom é que sempre tem um Carter Ennius da vida, que também é leigo e precisa de uma tradução.

Esperava que a viagem temporal fosse melhor explicada e explorada e fiquei um pouco decepcionada por não ter tido maior relevância na trama. Até houve uma breve referência para a gente saber que o assunto não foi esquecido e que sua abordagem não era mesmo relevante.

Recentemente li “Matched”, da Ally Condie, então me peguei pensando “Olha só aquela idéia dos Sessenta!”, o que reforçou muito aquilo que eu já sabia: referências pipocando pra todo lado. Imagino que deve ser sempre assim e me preparo para ir, aos poucos, me envolvendo com outros títulos do autor e toda sua genialidade.

Este foi o último livro que lí até aqui, então resolvi começar as postagens por ele. Espero que gostem!!

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