quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Song of Ice and Fire - Book One - As Crônicas de Gelo e Fogo - Games of Thrones - A Guerra dos Tronos - George R. R. Martin


Sinopse: Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, conspiração e morte. Convidado a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei, ele aceita apenas para entender a morte de seu antecessor e proteger o rei de seus inimigos, que parecem estar muito mais próximos do que deveriam.

Qualificação: Excelente!!!!!!!!

Resenha: Sou mais uma daquelas pessoas que conheceu essa ma-ra-vi-lho-sa coleção através da série, adaptada pela HBO. Ainda lembro de assistir ao episódio piloto e ficar absolutamente chocada com aquele final, em cólicas pra saber o que iria acontecer na sequência. Assim, tão logo tomei ciência do livro, providenciei um exemplar para leitura. A essa altura tinha visto três episódios da série e acelerei (não pulei, isso seria inconcebível!) a leitura inicial para saber os desdobramentos de tantas intrigas que já tinham me envolvido completamente.

Os acontecimentos são narrados do ponto de vista de diversos personagens, colocados em pontos estratégicos da trama, entretanto, logo percebemos que esses personagens na maior parte do tempo apenas acreditam estar dando as cartas do jogo, sendo meros peões nas mãos de mestres na arte da manipulação.

Como meu primeiro contato com a história foi através da série, já iniciei a leitura com uma imagem definida para vários personagens e locais e devo dizer que foi algo positivo, pois o número de personagens e seus vínculos é muito grande e continua crescendo, de forma que a certa altura senti que começava a confundir algumas situações, precisando parar e voltar um pouco antes de prosseguir. Para facilitar, os livros contam com mapas das principais regiões e descrições detalhadas de todos os personagens segundo as casas a que pertencem e os graus de parentesco entre si.

Vale ressaltar que na sua primeira temporada, a série seguiu muito fiel ao livro, o que acredito favoreceu muito o seu sucesso e impulsionou ainda mais os outros livros da coleção que deverá contar com sete volumes no total.

Aviso aos navegantes: O gênero literário desta obra é fantasia e o autor está sendo comparado a Tolkien - autor de “O Senhor dos Anéis” -, então elementos fantásticos são esperados e totalmente previstos.

Winter is comming!!!!

Esse primeiro livro inteiro tem a finalidade de introduzir uma complexa rede de intrigas, personagens e mitologias que gravitam em torno do reino de Westeros. No entanto, ele não é nem um pouco morno, ao contrário, é recheado de tantos acontecimentos interessantes e reviravoltas surpreendentes que você só percebe que a história está só começando quando chega ao final.

O nome original do inglês - cuja tradução fiel seria Jogos de Tronos – é muito apropriado, uma vez que a disputa pelo trono acontece muito mais através de jogadas de bastidores do que em luta aberta. Quase posso imaginar um enorme tabuleiro de xadrez com as peças dispostas e as jogadas audaciosas dos participantes.

Começamos com um mistério sobrenatural e horripilante sobre o qual não temos nenhuma pista. Mudamos de cenário e logo somos completamente envolvidos pela família Stark. A relação entre os membros da família, suas personalidades marcantes, seu senso de honra e dever e seus lobos gigantes me conquistaram totalmente. Então, do outro lado do reino, acontece um fato que vai mudar tudo e colocar toda engrenagem em movimento: o rei Robert perde o seu principal conselheiro e vem em busca da única pessoa em quem confia para substituí-lo, seu melhor amigo Ned Stark.

“Far, far way” conhecemos os irmãos Targaryen e seus planos para voltar a Westeros, bem como suas pretensões de retomar o trono que um dia pertenceu à família. Fiquei sensibilizada com Daenerys em sua inocência e, embora não apostasse muito nessa trama, fui gratamente surpreendida com algumas das partes mais envolventes do livro.

A chegada da comitiva real nos apresenta aos Baratheon e Lannisters, bem como todo conflito que envolve o casal real, cujas ramificações vão envolvendo e envenenando tudo ao seu redor. Aos poucos vamos percebendo como o equilíbrio do reino está por um fio, concentrado essencialmente na forte figura do rei,  e nos damos conta de quantas pessoas tem pretensões ao trono - mesmo que nem todas sejam minimamente legítimas - e do que elas são capazes de fazer para obtê-lo.

O reino é delimitado ao norte por uma imensa muralha de gelo, monitorada por uma corporação independente, que serve ao reino, mas não se envolve em política. O local está precário, cheio de problemas e suas preocupações envolvem o outro lado da muralha, à parte de toda intriga pelo poder.

A mitologia também é inserida aos poucos. Logo no início, não damos muita atenção aos sinais, como as histórias da velha ama em Winterffell, mas não demora para descobrirmos que existe muito mais verdade do que as pessoas querem acreditar e todos fariam muito bem em prestar mais atenção. Outro detalhe interessante é que as estações climáticas não seguem um padrão de tempo, podendo se estender indefinidamente, o que faz com que o rigoroso inverno que se aproxima seja motivo de constante apreensão.

SPOILERS!!!!

Ok. Espero ter convencido você a ler com o texto acima (se você ainda não leu, claro!), porque agora quero falar de algumas coisinhas!!!!!!!!! E, depois de ter lido, acho que você também quer...

Meu primeiro susto foi praticamente na largada com a morte daqueles patrulheiros e a volta dos mortos. Fiquei ansiosa por saber mais sobre isso e... bem, terminei ainda ansiosa, porque esta parte pouco avançou.

Se conhecer os Stark me fez amar quase todos eles (Catelyn e Sansa nem tanto), conhecer os Lannister fez praticamente o oposto (só Tyrion me inspirou simpatia, embora ainda com desconfiança). Meu coração foi na boca enquanto Bran escalava aquela torre e quase parou quando Jaime o jogou lá de cima. Foi tão surreal, que eu não podia acreditar, apesar de ser completamente plausível diante da cena que ele presenciou e que foi tão surpreendente quanto.

Um incesto e uma tentativa covarde de assassinato tão prontamente, me obrigaram a considerar que essa história estava sendo feita para adultos e qualquer coisa poderia acontecer. Entretanto, nada me preparou para o assassinato de Ned Stark ou a morte prematura de Kahl Drogo.

Petyr Baelish: guarde esse nome. Ele afirma a Ned com todas as letras “Não confie em mim” e é somente por essa frase que eu não consigo odiar o personagem pela sua traição. Como se não bastasse isso, é sabido que ele sempre foi apaixonado por Catelyn, tendo até mesmo duelado e quase morrido por ela! Por que ele ajudaria Ned se tinha uma ótima oportunidade para se livrar dele?

Catelyn, no entanto, parece amaldiçoada com o dom de fazer besteira: Convence Ned a seguir com o rei, faz Ned confiar em Petyr, prende Tyrion como refém, resolve levar Tyrion para o Ninho da Águia. Mas devo dizer que não gostei dela foi pela maneira como tratou Jonh Snow, o bastardo.

Sansa é uma tola. Um dia tive sua idade e ainda hoje gosto de ler romances, mas ignorar a índole perversa de Joffrey é uma façanha que eu não conseguiria realizar. Foi a única Stark nesse livro que eu quis ver realmente se dar mal e nem o seu sofrimento despertou minha pena. Joffrey também conseguiu se fazer odiável praticamente desde o início, e se ainda houvesse qualquer esperança para ele, acabou no incidente com Arya que culminou com a morte de Lady. Momento vingancinha pensar que eles se mereceram.

Acompanhar os Stark sendo espalhados foi um sofrimento, especialmente porque as perspectivas não parecem animadoras. A única coisa positiva entre eles, inclusive uma das partes mais emocionantes, foi a aclamação de Robb como Rei do Norte. Engraçado como foi tão natural e inesperado, porque era exatamente o que deveria ser, mas achei que eles iriam ficar lá discutindo quem apoiar.

Por fim... Dragões! Minha nossa, dragões??!! Claro que era esperado desde que a Dany ganha aqueles lindos ovos, mas ainda foi um baita acontecimento e me deixou louca pra ver na tv. O fato é que Kahl Drogo e seu Kalasah pareciam a ponto de conseguir o trono e os ovos não pareciam mais tão importantes, então ele morre, tudo se acaba e renasce a esperança. Sim, minha gente a coisa toda está só começando...

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