Sinopse: Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell,
recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar
que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de
tragédia, conspiração e morte. Convidado a assumir a prestigiada posição de Mão
do Rei, ele aceita apenas para entender a morte de seu antecessor e proteger o
rei de seus inimigos, que parecem estar muito mais próximos do que deveriam.
Qualificação: Excelente!!!!!!!!
Resenha: Sou mais uma daquelas pessoas que conheceu essa
ma-ra-vi-lho-sa coleção através da série, adaptada pela HBO. Ainda lembro de
assistir ao episódio piloto e ficar absolutamente chocada com aquele final, em
cólicas pra saber o que iria acontecer na sequência. Assim, tão logo tomei
ciência do livro, providenciei um exemplar para leitura. A essa altura tinha
visto três episódios da série e acelerei (não pulei, isso seria inconcebível!)
a leitura inicial para saber os desdobramentos de tantas intrigas que já tinham
me envolvido completamente.
Os acontecimentos são narrados do
ponto de vista de diversos personagens, colocados em pontos estratégicos da
trama, entretanto, logo percebemos que esses personagens na maior parte do
tempo apenas acreditam estar dando as cartas do jogo, sendo meros peões nas
mãos de mestres na arte da manipulação.
Como meu primeiro contato com a
história foi através da série, já iniciei a leitura com uma imagem definida
para vários personagens e locais e devo dizer que foi algo positivo, pois o
número de personagens e seus vínculos é muito grande e continua crescendo, de
forma que a certa altura senti que começava a confundir
algumas situações, precisando parar e voltar um pouco antes de prosseguir. Para
facilitar, os livros contam com mapas das principais regiões e descrições
detalhadas de todos os personagens segundo as casas a que pertencem e os graus
de parentesco entre si.
Vale ressaltar que na sua
primeira temporada, a série seguiu muito fiel ao livro, o que acredito
favoreceu muito o seu sucesso e impulsionou ainda mais os outros livros da
coleção que deverá contar com sete volumes no total.
Aviso aos navegantes: O gênero
literário desta obra é fantasia e o autor está sendo comparado a Tolkien -
autor de “O Senhor dos Anéis” -, então elementos fantásticos são esperados e
totalmente previstos.
Winter is comming!!!!
Esse primeiro livro inteiro tem a
finalidade de introduzir uma complexa rede de intrigas, personagens e
mitologias que gravitam em torno do reino de Westeros. No entanto, ele não é
nem um pouco morno, ao contrário, é recheado de tantos acontecimentos
interessantes e reviravoltas surpreendentes que você só percebe que a história está
só começando quando chega ao final.
O nome original do inglês - cuja
tradução fiel seria Jogos de Tronos – é muito apropriado, uma vez que a disputa
pelo trono acontece muito mais através de jogadas de bastidores do que em luta
aberta. Quase posso imaginar um enorme tabuleiro de xadrez com as peças
dispostas e as jogadas audaciosas dos participantes.
Começamos com um mistério
sobrenatural e horripilante sobre o qual não temos nenhuma pista. Mudamos de
cenário e logo somos completamente envolvidos pela família Stark. A relação
entre os membros da família, suas personalidades marcantes, seu senso de honra
e dever e seus lobos gigantes me conquistaram totalmente. Então, do outro lado
do reino, acontece um fato que vai mudar tudo e colocar toda engrenagem em
movimento: o rei Robert perde o seu principal conselheiro e vem em busca da
única pessoa em quem confia para substituí-lo, seu melhor amigo Ned Stark.
“Far, far way” conhecemos os
irmãos Targaryen e seus planos para voltar a Westeros, bem como suas pretensões
de retomar o trono que um dia pertenceu à família. Fiquei sensibilizada com
Daenerys em sua inocência e, embora não apostasse muito nessa trama, fui
gratamente surpreendida com algumas das partes mais envolventes do livro.
A chegada da comitiva real nos
apresenta aos Baratheon e Lannisters, bem como todo conflito que envolve o
casal real, cujas ramificações vão envolvendo e envenenando tudo ao seu redor.
Aos poucos vamos percebendo como o equilíbrio do reino está por um fio,
concentrado essencialmente na forte figura do rei, e nos damos conta de quantas
pessoas tem pretensões ao trono - mesmo que nem todas sejam minimamente
legítimas - e do que elas são capazes de fazer para obtê-lo.
O reino é delimitado ao norte por
uma imensa muralha de gelo, monitorada por uma corporação independente, que
serve ao reino, mas não se envolve em política. O local está precário, cheio de
problemas e suas preocupações envolvem o outro lado da muralha, à parte de toda
intriga pelo poder.
A mitologia também é inserida aos
poucos. Logo no início, não damos muita atenção aos sinais, como as histórias
da velha ama em Winterffell, mas não demora para descobrirmos que existe muito
mais verdade do que as pessoas querem acreditar e todos fariam muito bem em
prestar mais atenção. Outro detalhe interessante é que as estações climáticas
não seguem um padrão de tempo, podendo se estender indefinidamente, o que faz
com que o rigoroso inverno que se aproxima seja motivo de constante apreensão.
SPOILERS!!!!
Ok. Espero ter convencido você a
ler com o texto acima (se você ainda não leu, claro!), porque agora quero falar
de algumas coisinhas!!!!!!!!! E, depois de ter lido, acho que você também
quer...
Meu primeiro susto foi
praticamente na largada com a morte daqueles patrulheiros e a volta dos mortos.
Fiquei ansiosa por saber mais sobre isso e... bem, terminei ainda ansiosa,
porque esta parte pouco avançou.
Se conhecer os Stark me fez amar
quase todos eles (Catelyn e Sansa nem tanto), conhecer os Lannister fez
praticamente o oposto (só Tyrion me inspirou simpatia, embora ainda com
desconfiança). Meu coração foi na boca enquanto Bran escalava aquela torre e
quase parou quando Jaime o jogou lá de cima. Foi tão surreal, que eu não podia
acreditar, apesar de ser completamente plausível diante da cena que ele
presenciou e que foi tão surpreendente quanto.
Um incesto e uma tentativa
covarde de assassinato tão prontamente, me obrigaram a considerar que essa
história estava sendo feita para adultos e qualquer coisa poderia acontecer.
Entretanto, nada me preparou para o assassinato de Ned Stark ou a morte
prematura de Kahl Drogo.
Petyr Baelish: guarde esse nome.
Ele afirma a Ned com todas as letras “Não
confie em mim” e é somente por essa frase que eu não consigo odiar o
personagem pela sua traição. Como se não bastasse isso, é sabido que ele sempre
foi apaixonado por Catelyn, tendo até mesmo duelado e quase morrido por ela!
Por que ele ajudaria Ned se tinha uma ótima oportunidade para se livrar dele?
Catelyn, no entanto, parece
amaldiçoada com o dom de fazer besteira: Convence Ned a seguir com o rei, faz
Ned confiar em Petyr, prende Tyrion como refém, resolve levar Tyrion para o
Ninho da Águia. Mas devo dizer que não gostei dela foi pela maneira como tratou
Jonh Snow, o bastardo.
Sansa é uma tola. Um dia tive sua
idade e ainda hoje gosto de ler romances, mas ignorar a índole perversa de
Joffrey é uma façanha que eu não conseguiria realizar. Foi a única Stark nesse
livro que eu quis ver realmente se dar mal e nem o seu sofrimento despertou
minha pena. Joffrey também conseguiu se fazer odiável praticamente desde o
início, e se ainda houvesse qualquer esperança para ele, acabou no incidente
com Arya que culminou com a morte de Lady. Momento vingancinha pensar que eles se mereceram.
Acompanhar os Stark sendo
espalhados foi um sofrimento, especialmente porque as perspectivas não parecem
animadoras. A única coisa positiva entre eles, inclusive uma das partes mais
emocionantes, foi a aclamação de Robb como Rei do Norte. Engraçado como foi tão
natural e inesperado, porque era exatamente o que deveria ser, mas achei que
eles iriam ficar lá discutindo quem apoiar.
Por fim... Dragões! Minha nossa,
dragões??!! Claro que era esperado desde que a Dany ganha aqueles lindos ovos,
mas ainda foi um baita acontecimento e me deixou louca pra ver na tv. O fato é
que Kahl Drogo e seu Kalasah pareciam a ponto de conseguir o trono e os ovos
não pareciam mais tão importantes, então ele morre, tudo se acaba e renasce a
esperança. Sim, minha gente a coisa toda está só começando...
Nenhum comentário:
Postar um comentário