segunda-feira, 25 de junho de 2012

Beautiful Creatures – Dezesseis Luas – Kami Garcia & Margaret Stohl


Sinopse: Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos, com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece... Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações.

Qualificação: Ótimo!

Resenha: Estava passando por uma livraria e fiquei apaixonada pela capa desse livro, foi amor à primeira vista!! O critério de escolha não foi dos mais racionais, mas quem disse que a intuição também não conta??

Amei poder acompanhar tudo pelos olhos de Ethan (esse nome já não é perfeito??). Um jovem atleta que sonha em conhecer o mundo para poder expandir seus horizontes, pois está cansado de toda rotina e visão restrita de seus conterrâneos. Ele também esconde de todos o seu lado mais romântico, culto e estranho, no qual figuram livros, críticas sociais e uma garota desconhecida que o fascina em sonhos muuuito realistas.

Deliciei-me com a ambientação ao sul dos EUA e tudo que uma cidadezinha sulista tem direito. Todo lado fofoqueiro, paranóico e unido da população; o valor atribuído à batalha vencida no local, com direito a desfile, turismo e representação; as histórias do passado convergindo com os dados do presente; o corporativismo e diversos grupos de senhoras; os laços de família e genealogias; a mansão mal-assombrada e toda superstição popular; o jardim de pedra, as plantações, os casarios servindo de cenário perfeito para um romance digno de Scarlett O’Hara (sentiu a vibe??).

Lena aparece na cidade e começa a bagunçar a ordem natural de todas as coisas. Ethan precisa se aproximar da misteriosa garota que povoa seus sonhos constantemente, mesmo que isso signifique confrontar antigos e novos medos. Ao tomar essa decisão ele descobre uma cidade totalmente diferente daquela em que tem vivido toda sua vida, uma aventura no lugar em que ele nunca poderia imaginar.

Ao sair da sua zona de conforto, Ethan começa a enxergar a sociedade em que vive de outra maneira e fazer descobertas interessantes sobre si mesmo, aqueles que o cercam, as tradições locais e mesmo a Guerra Civil e os sentimentos que ela ainda suscita ao sul do país, por mais absurdos que possam parecer.

Os personagens são um show à parte. Conhecemos, entendemos suas motivações e passamos a amar ou odiar com prazer. A maioria é bem peculiar e marcante do seu próprio jeito.

A parte sobrenatural é inserida aos poucos. Vamos conhecendo Lena e o seu mundo junto com Ethan e chega um momento em que as coisas são novidade até para Lena, que pouco sabe sobre o passado, a maldição e o futuro que a espera. Estou motivada para descobrir mais sobre a mitologia.

Spoilers!!!

Que coisa mais interessante aquelas viagens com o medalhão? Ficava torcendo para voltarem mais e poder descobrir todo aquele passado e sua implicação naquilo que estava acontecendo no presente. O romance épico e trágico de Ethan e Genevieve foi muito bonito e os limoeiros deram um toque tão especial!

A comunicação especial entre Ethan e Lena faz com que nos sintamos tão íntimos deles quanto eles sentem um do outro. Começa a ser natural e agradável de acompanhar o diálogo à distância. É comum a gente conhecer os pensamentos dos personagens, mas isso também ser comum entre eles torna a experiência diferente.

Que dizer sobre a mansão Ravenwood? Ficava na expectativa a cada vez que Ethan se dirigia para lá. Alguns dos melhores momentos do livros aconteceram lá e a casa não era só o lugar em que estavam, mas o reflexo de tudo, cheia de significados.

“As Irmãs” são figuras ótimas!! No começo fiquei meio “duh, qual é a desse garoto visitando as velhinhas?”, mas elas são personagens fantásticas, que passamos a gostar tanto quanto ele. O mesmo acontece com a família de Lena, tão peculiar e assustadora. Como não se comover quando Macon vai ao ginásio com Marion defender a sobrinha? Eles brigam, mas se amam e é possível constatar isso sem que eles precisem dizer.

Por fim, a escolha foi adiada, mas aqueles olhos, um verde e um dourado, ficaram meio assustadores. Achei que a Invocação aconteceria e não suspeitei desse final, mesmo sabendo que haveria continuação, achava que se dariam diante das novas circunstâncias, entre Trevas ou Luz.

Gostaria de poder ouvir a canção da Lena, sentir o cheiro do alecrim e dos limoeiros, tocar os flocos de neve caindo (só porque ele desejou), ver a mansão... será que é pedir muito??

Ps: Só eu achei o começo muito High School Music?? Basquete, Wildcats, esconder o que realmente gosta...

Ps 2: Bibliotecas com corredores de livros a perder de vista... Vontade de estar lá?? o/

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