Sinopse: Nora Grey é uma aluna exemplar que se orgulha de não ceder
às distrações de um romance. Patch é o aluno novo que parece disposto a
atrapalhar seus planos e fazer com que Nora perca todo bom senso pelo qual é
conhecida. No entanto, além das atitudes imprevisíveis de Patch, uma série de
acontecimentos aterrorizantes contribui para desestabilizar Nora até o ponto em
que ela se vê no meio de uma antiga batalha entre imortais, sem saber em quem
confiar.
Qualificação: Bom.
Resenha: Confesso que fiquei, equilibradamente, entre surpresa e
incomodada com esse livro. Surpresa com o rumo dos mistérios, a
imprevisibilidade de certos acontecimentos e o romance interessante, por outro
lado, incomodada com a maneira simplória de apresentar alguns momentos e a
pobreza no desenvolvimento da mitologia até o final deste volume (é, mais uma
série de livros!). Ainda não decidi se lerei a sequência.
Apesar do pseudo mistério, acredito que não chega a ser spoiler dizer que estamos falando de anjos e até mais, de anjos
caídos. Anjos são seres sobrenaturais tão interessantes e estranhos para compor
uma boa história, quanto vampiros, lobisomens e outras tantas criaturas, SE
alicerçados por uma boa mitologia. Foi nesse ponto que a autora não conseguiu
me convencer, apresentando argumentos fracos e forçados que invalidaram boa
parte de tudo que é apresentado.
Os mistérios e o suspense em
torno dos acontecimentos que aterrorizam Nora foram bem elaborados e
conseguiram sair do óbvio, nos deixando perdidos, assustados, trocando de
suspeitos a toda hora e realmente em dúvida quanto ao papel de Patch.
Patch é muito intrigante,
perigoso e desconcertante, além de extremamente charmoso (obvious!!! #Todasama!!). É muito fácil entender como faz o mundo de
Nora balançar. No entanto, o contrário não é tão fácil de compreender e soou
meio falso, mas não dá pra explicar sem spoilear,
ok?
SPOILERS!!!!!
O que eu mais gostei nesse livro
foi a divisão na responsabilidade dos acontecimentos. Muita coisa aconteceu e
não havia um único culpado, mas vários, cada um por uma pequena parcela,
fazendo com que fosse muito mais difícil descobrir a verdade e saísse do óbvio.
Achei muito fraca a explicação
sobre a perda das asas de Patch, muito vaga e estranha. Não dá para aceitar
muito bem que ele não sabia o que iria lhe acontecer ou não associar possessão
com algo demoníaco. Também achei meio forçado as informações entre os anjos
serem tão desencontradas. No entanto o que mais me desagradou mesmo foi o fato de que, embora as explicações possam fazer algum tipo de sentido no geral, parece
tão improvável você se apaixonar sem sentir nada. Talvez amar, vá lá, mas
atração, paixão, se você nem tem um coração para bater mais rápido, uma veia
para pulsar, nem pode sentir um frio na barriga? Parece algo gelado, totalmente
racional, do tipo que ninguém quer! Imagine isso em dobro, pois seria o caso de
dois anjos se relacionando como é sugerido haver acontecido entre Patch e
Dabria?
Nora tinha boas razões para
desconfiar de Patch, mas é muito difícil acreditar que ela simplesmente sairia
acusando e perguntando a ele de forma tão direta. Fora isso, é muito divertido
acompanhar a forma como ele brinca com ela e estimula o interesse tão
explicitamente que a embaraça.
Patch me lembrou (demais!!!) os
irmãos Salvatore de The Vampire Diaries. Ele é tão charmoso e irresistível
quanto Damon, mas seu lado “evil”
acaba sendo um tipo “nem tanto assim”
quanto o de Stefan. Em resumo, não tem como não imaginar o sorrisinho de canto
sem um suspiro, né não? Então, abstraindo um pouco do fato que ele não sente
absolutamente NADA, dá pra sentir de tudo por ele e é por essa razão que eu
consigo entender a paixão da parte de Nora, mas não da parte de Patch.
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