segunda-feira, 11 de junho de 2012

Hush Hush – Sussurro – Beccka Fitzpatrick


Sinopse: Nora Grey é uma aluna exemplar que se orgulha de não ceder às distrações de um romance. Patch é o aluno novo que parece disposto a atrapalhar seus planos e fazer com que Nora perca todo bom senso pelo qual é conhecida. No entanto, além das atitudes imprevisíveis de Patch, uma série de acontecimentos aterrorizantes contribui para desestabilizar Nora até o ponto em que ela se vê no meio de uma antiga batalha entre imortais, sem saber em quem confiar.

Qualificação: Bom.

Resenha: Confesso que fiquei, equilibradamente, entre surpresa e incomodada com esse livro. Surpresa com o rumo dos mistérios, a imprevisibilidade de certos acontecimentos e o romance interessante, por outro lado, incomodada com a maneira simplória de apresentar alguns momentos e a pobreza no desenvolvimento da mitologia até o final deste volume (é, mais uma série de livros!). Ainda não decidi se lerei a sequência.

Apesar do pseudo mistério, acredito que não chega a ser spoiler dizer que estamos falando de anjos e até mais, de anjos caídos. Anjos são seres sobrenaturais tão interessantes e estranhos para compor uma boa história, quanto vampiros, lobisomens e outras tantas criaturas, SE alicerçados por uma boa mitologia. Foi nesse ponto que a autora não conseguiu me convencer, apresentando argumentos fracos e forçados que invalidaram boa parte de tudo que é apresentado.

Os mistérios e o suspense em torno dos acontecimentos que aterrorizam Nora foram bem elaborados e conseguiram sair do óbvio, nos deixando perdidos, assustados, trocando de suspeitos a toda hora e realmente em dúvida quanto ao papel de Patch.

Patch é muito intrigante, perigoso e desconcertante, além de extremamente charmoso (obvious!!! #Todasama!!). É muito fácil entender como faz o mundo de Nora balançar. No entanto, o contrário não é tão fácil de compreender e soou meio falso, mas não dá pra explicar sem spoilear, ok?

SPOILERS!!!!!

O que eu mais gostei nesse livro foi a divisão na responsabilidade dos acontecimentos. Muita coisa aconteceu e não havia um único culpado, mas vários, cada um por uma pequena parcela, fazendo com que fosse muito mais difícil descobrir a verdade e saísse do óbvio.

Achei muito fraca a explicação sobre a perda das asas de Patch, muito vaga e estranha. Não dá para aceitar muito bem que ele não sabia o que iria lhe acontecer ou não associar possessão com algo demoníaco. Também achei meio forçado as informações entre os anjos serem tão desencontradas. No entanto o que mais me desagradou mesmo foi o fato de que, embora as explicações possam fazer algum tipo de sentido no geral, parece tão improvável você se apaixonar sem sentir nada. Talvez amar, vá lá, mas atração, paixão, se você nem tem um coração para bater mais rápido, uma veia para pulsar, nem pode sentir um frio na barriga? Parece algo gelado, totalmente racional, do tipo que ninguém quer! Imagine isso em dobro, pois seria o caso de dois anjos se relacionando como é sugerido haver acontecido entre Patch e Dabria?

Nora tinha boas razões para desconfiar de Patch, mas é muito difícil acreditar que ela simplesmente sairia acusando e perguntando a ele de forma tão direta. Fora isso, é muito divertido acompanhar a forma como ele brinca com ela e estimula o interesse tão explicitamente que a embaraça.

Patch me lembrou (demais!!!) os irmãos Salvatore de The Vampire Diaries. Ele é tão charmoso e irresistível quanto Damon, mas seu lado “evil” acaba sendo um tipo “nem tanto assim” quanto o de Stefan. Em resumo, não tem como não imaginar o sorrisinho de canto sem um suspiro, né não? Então, abstraindo um pouco do fato que ele não sente absolutamente NADA, dá pra sentir de tudo por ele e é por essa razão que eu consigo entender a paixão da parte de Nora, mas não da parte de Patch.

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