Sinopse: Incarceron é uma prisão futurista
selada, inteligente e cruel, cujo paradeiro apenas uma pessoa no mundo conhece:
o Diretor. Finn é um prisioneiro que tem estranhas visões e acredita ter vindo
do lado de fora. Claudia é a filha do Diretor, cujo triste destino impulsiona a
descobrir mais sobre os segredos da prisão. Cada um deles vai encontrar um artefato
capaz revelar segredos extremamente surpreendentes.
Qualificação: Ótimo!!
Resenha: Confesso que fui convocada
pela capa (mais uma vez!), mas saber
que se tratava de outra distopia aumentou meu interesse consideravelmente. Começa
brutal, e não poderia ser diferente em se tratando de Incarceron, uma prisão
terrível, onde impera a lei do mais forte na busca pela sobrevivência.
Incarceron é
fantástica! Quanto mais conhecemos, mais queremos entender como funciona, como
foi criada, onde está, o que é verdade e o que é mito. Por outro lado, o mundo
fora da prisão vive um estranho protocolo, atrelado a um passado medieval e
impedido de evoluir (muito intrigante), em que objetos absurdamente avançados
são relíquias antigas ilegais que dividem espaço com anáguas e espartilhos.
Confuso? Talvez, mas no começo a sensação é essa mesma, de “o que é que está acontecendo?”
Inside. A esperança de escapar da prisão
acaba unindo Finn, Keiro, Gildas e Attia e nos proporcionando uma aventura
sombria, perigosa e imprevisível. Durante a jornada, encontramos paisagens estranhas,
outros agrupamentos de prisioneiros, as diferenças e semelhanças entre alas e
vamos conhecendo a lenda de Sapphique, supostamente o único prisioneiro a fugir.
Outside. A
esperança de escapar de seu destino leva Claudia a desafiar o protocolo e se
arriscar para ajudar Finn em sua fuga. Suas ações e descobertas apresentam um
mundo sufocante e estático, em que as pessoas estão presas ao século XVII.
A confluência
dos mundos revela que a liberdade é um sonho comum a ambos e, portanto, o outro
não é exatamente aquilo que se espera.
Fui
influenciada na composição dos personagens. Ao ler algumas notas sobre a
adaptação do livro para o cinema, logo comecei a imaginar Finn realmente como
Taylor Lautner e apesar de não ter certeza sobre outros personagens, Keiro
virou Alex Pettyfer e Attia virou Emma Watson, com aquele cabelo curtinho tão cute (embora acredite que a Emma esteja
sendo cotada para fazer o papel de Claudia)!
Gostei muito
dos personagens, de como foram construídos. A dureza e percepção daqueles que
precisavam sobreviver à prisão e a astucia e dissimulação dos que precisavam
sobreviver na corte. Claro que os mocinhos possuíam um diferencial, uma consciência,
senso de justiça e/ou honradez que nos faz aderir à sua causa.
Spoilers!!!!
Aquele cubinho
microscópico foi realmente uma descoberta chocante. Por mais que a verdade estivesse
se desenhando e chegássemos a cogitar a possibilidade, ainda me senti assustada
com isso. Dá uma sensação de impotência enorme e um desejo de que o experimento
Incarceron pudesse dar certo de alguma maneira. Quem sabe isso possa acontecer
na sequel?
O diário de
Lord Callister é assustador! A decadência de Incarceron não era o resultado
esperado do experimento, mas a concepção do experimento em si foi muito ingênua
– típica de sábios arrogantes apoiada por políticos astutos, talvez? Incarceron
foi concebida para manter-se e ela faz isso espantosamente, reaproveitando
tudo, absorvendo tudo, aprimorando suas táticas carcerárias com a própria
maldade e degradação do ser humano que a habita.
Descobrir que
Keiro era um “meio-homem” também foi uma coisa inesperada para mim. Não
desconfiei, em momento nenhum!! No grupo, Keiro é aquele que melhor personifica
a Escoria, por isso apesar de sua conduta nem sempre louvável, é o personagem que
dá credibilidade a historia e tem o maior potencial de crescimento e a trama
ganha muito com a sua presença por vezes contraditória e antagônica.
Bem, especulando total agora, quero saber o que o
Diretor pretende fazer em Incarceron. Eu achei que ele fosse Sapphique, que
tivesse saído e depois resgatado sua filha, além de elaborar todo aquele plano
para conseguir tomar o poder e enfim fazer alguma coisa pelos prisioneiros que
deixou para trás e pelo mundo em que passou a viver. E qual o papel de Maestra? Porque ela tinha
conhecimento da chave? Seria a mãe de Claudia?
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