sexta-feira, 29 de junho de 2012

Incarceron – Catherine Fisher


Sinopse: Incarceron é uma prisão futurista selada, inteligente e cruel, cujo paradeiro apenas uma pessoa no mundo conhece: o Diretor. Finn é um prisioneiro que tem estranhas visões e acredita ter vindo do lado de fora. Claudia é a filha do Diretor, cujo triste destino impulsiona a descobrir mais sobre os segredos da prisão. Cada um deles vai encontrar um artefato capaz revelar segredos extremamente surpreendentes.

Qualificação: Ótimo!!

Resenha: Confesso que fui convocada pela capa (mais uma vez!), mas saber que se tratava de outra distopia aumentou meu interesse consideravelmente. Começa brutal, e não poderia ser diferente em se tratando de Incarceron, uma prisão terrível, onde impera a lei do mais forte na busca pela sobrevivência.

Incarceron é fantástica! Quanto mais conhecemos, mais queremos entender como funciona, como foi criada, onde está, o que é verdade e o que é mito. Por outro lado, o mundo fora da prisão vive um estranho protocolo, atrelado a um passado medieval e impedido de evoluir (muito intrigante), em que objetos absurdamente avançados são relíquias antigas ilegais que dividem espaço com anáguas e espartilhos. Confuso? Talvez, mas no começo a sensação é essa mesma, de “o que é que está acontecendo?”

Inside. A esperança de escapar da prisão acaba unindo Finn, Keiro, Gildas e Attia e nos proporcionando uma aventura sombria, perigosa e imprevisível. Durante a jornada, encontramos paisagens estranhas, outros agrupamentos de prisioneiros, as diferenças e semelhanças entre alas e vamos conhecendo a lenda de Sapphique, supostamente o único prisioneiro a fugir.

Outside. A esperança de escapar de seu destino leva Claudia a desafiar o protocolo e se arriscar para ajudar Finn em sua fuga. Suas ações e descobertas apresentam um mundo sufocante e estático, em que as pessoas estão presas ao século XVII.

A confluência dos mundos revela que a liberdade é um sonho comum a ambos e, portanto, o outro não é exatamente aquilo que se espera.

Fui influenciada na composição dos personagens. Ao ler algumas notas sobre a adaptação do livro para o cinema, logo comecei a imaginar Finn realmente como Taylor Lautner e apesar de não ter certeza sobre outros personagens, Keiro virou Alex Pettyfer e Attia virou Emma Watson, com aquele cabelo curtinho tão cute (embora acredite que a Emma esteja sendo cotada para fazer o papel de Claudia)!

Gostei muito dos personagens, de como foram construídos. A dureza e percepção daqueles que precisavam sobreviver à prisão e a astucia e dissimulação dos que precisavam sobreviver na corte. Claro que os mocinhos possuíam um diferencial, uma consciência, senso de justiça e/ou honradez que nos faz aderir à sua causa.

Spoilers!!!!

Aquele cubinho microscópico foi realmente uma descoberta chocante. Por mais que a verdade estivesse se desenhando e chegássemos a cogitar a possibilidade, ainda me senti assustada com isso. Dá uma sensação de impotência enorme e um desejo de que o experimento Incarceron pudesse dar certo de alguma maneira. Quem sabe isso possa acontecer na sequel?

O diário de Lord Callister é assustador! A decadência de Incarceron não era o resultado esperado do experimento, mas a concepção do experimento em si foi muito ingênua – típica de sábios arrogantes apoiada por políticos astutos, talvez? Incarceron foi concebida para manter-se e ela faz isso espantosamente, reaproveitando tudo, absorvendo tudo, aprimorando suas táticas carcerárias com a própria maldade e degradação do ser humano que a habita.

Descobrir que Keiro era um “meio-homem” também foi uma coisa inesperada para mim. Não desconfiei, em momento nenhum!! No grupo, Keiro é aquele que melhor personifica a Escoria, por isso apesar de sua conduta nem sempre louvável, é o personagem que dá credibilidade a historia e tem o maior potencial de crescimento e a trama ganha muito com a sua presença por vezes contraditória e antagônica.


Bem, especulando total agora, quero saber o que o Diretor pretende fazer em Incarceron. Eu achei que ele fosse Sapphique, que tivesse saído e depois resgatado sua filha, além de elaborar todo aquele plano para conseguir tomar o poder e enfim fazer alguma coisa pelos prisioneiros que deixou para trás e pelo mundo em que passou a viver.  E qual o papel de Maestra? Porque ela tinha conhecimento da chave? Seria a mãe de Claudia?

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